...• Chloe Stenfield Lacerda...
Bastou um único dia para Tom e Noah organizarem o que funcionava como um escritório se tornar o meu quarto, enquanto o Noah organizava o lugar, e Tom assumiu a função de ser meu segurança, quando disse que iria até o apartamento buscar as minhas coisas.
— Você quer ajuda?
Ele pergunta ao entrar no no closet, no momento em que estava com a gaveta de lingeries aberta. Os olhos dele vão para a peça vermelha e rendada na minha mão, ele tempera a garganta e sorri de lado.
— Não, eu já estou quase terminando.
Fecho a gaveta e levanto rápido ainds segurando a calcinha na mão, e quando percebo que ele não tira os olhos fico morrendo de vergonha e viro de costas, mas logo sinto ele atrás de mim, meu corpo inteiro amolece e esquenta com sua aproximação, seus dedos deslizam pelo meu ombro, afastando o meu cabelo para o lado, ele se inclina, e beija o meu pescoço, mordo os lábios em transe com o toque dos lábios dele na minha pele, Tom me gira, e pega a calcinha que estava na minha mão.
— Eu gostei dessa.
Ele diz num sussurro antes de atacar os meus lábios, Tom me suspende e me coloca em cima da penteadeira, ficando entre as minhas pernas, a pergunta que fiz anos atrás é respondida nesse momento, ele devorava os meus lábios em um beijo que era capaz de me desmontar inteira, como se há muito tempo quisesse fazer isso, o meu corpo queimava, uma das suas mãos subiu pelas minhas costas e agarrou os meus cabelos, senti seus lábios no meu pescoço e tudo que podia fazer era gemer, sentia sua virilidade se tornar dura e pulsante. Não é loucura dizer que só teve uma pessoa que causou a mesma sensação ao me beijar, e é idêntico a ele.
Atordoada, era exatamente como estava quando ele encerrou o beijo, e com um sorriso sacana guardou a calcinha no seu bolso.
— Tom?
Mal consigo elaborar algo pra dizer, principalmente vendo protuberância que se formou na calça dele.
— Eu vou ficar com essa.
Ele pisca, e me deixa no closet, eu sento no chão, ainda trêmula, ainda fora de órbita, tento me puxar de volta para a realidade, me perco por um instante do que vim fazer aqui, até que olho a mala no chão, guardo a maior parte das coisas na mala. O restante eu coloquei em caixas que seriam levadas depois.
Tom estava jogado no meu sofá quando saí do quarto empurrando a última mala.
— Nós... nós... é.. Nós...
Minha língua embola, parece que esqueci como se fala. Meu Deus!
— Podemos ir?
— Isso! Podemos ir.
— Eu levo isso para você.
Ele sai empurrando quatro malas para fora do apartamento, eu nem mesmo consigo olhar para ele sem ficar ruborizada, sem pensar no que aconteceu algum tempo atrás, ainda sinto a frescor da menta presente em seu beijo.
Ele deixa as malas no meu novo quarto e sai. Passo os olhos pelo lugar, pensando na decisão que tomei de vir morar aqui, e sabe? Eu sinto falta deles na minha vida, sempre senti. Parece que não funcionou me manter afastada deles, nenhum de nós é o mesmo. É como se faltasse algo.
Meus pensamentos são interrompidos quando Noah bate à porta e entra logo em seguida.
— Só falta tirar as caixas ali do canto, eu faço isso amanhã.
— Você teve muito trabalho. Poderia ter deixado as suas coisas, eu não quero atrapalhar.
— Você nunca atrapalha, Chloe.
Olho para a escrivaninha, uma foto de anos atrás, de quando fomos esquiar. Eu estava com medo, e quase desisti de ir. Enquanto Noah me acalmava, Tom segurou a minha mão e deu o impulso que precisava para descer a montanha.
É o que eu mais amo neles. Todos podem enxergar somente as semelhanças, mas eu sempre vi as diferenças. Noah sempre vai passar segurança, tranquilidade, ele é como um porto seguro, compreensível e sempre sabe o que falar. Tom é caos, adrenalina e agitação, é aquele que desafia cada limite, primeiro morde e depois assopra.
Encaro o Noah, ele ainda estava a alguns passos de distância, que logo é diminuída, meu corpo se enche de expectativas, ele acaricia o meu rosto e enlaça a minha cintura, seu beijo é calmo, como se estivesse matando a saudade, mas ainda assim é intenso e faz meu corpo borbulhar enquanto sua língua dança na minha boca, ele me puxa para mais perto, e desce a mão que até agora estava na minha cintura, meu gemido sai sôfrego e abafado entre os lábios dele, sua mão na minha bunda me empurrando para frente, me fazendo sentir a sua virilidade completamente dura.
E deveria me sentir estranha e culpada por ter beijado ambos os irmãos? Por que culpa é a única coisa que não sinto, não. É como se estivesse vivendo algo que esperei por muito tempo.
— Vou deixar você se organizar.
Ele diz já deixando o quarto, tudo o que penso nesse momento é que preciso de um banho frio, para aplacar esse fogo que está me consumindo.
Noto agora a sacola em cima da cama, para Chloe, é o que está no cartão. Na sacola a caixa de um celular, sorrio como uma boba apaixonada. Talvez seja isso mesmo que eu seja. Já estava configurado, ele teve o cuidado de conseguir o número anterior.
Organizo parcialmente as minhas coisas no closet, perco a noção do tempo. Meu celular vibra, Kate estava desesperada atrás de notícias minhas, chamo ela para vir aqui já que ela veio do outro lado da cidade apenas para me ver.
Quando a campainha toca, eu levanto e saio do quarto, o Tom ja estava na porta, e quando eu vejo o olhar dela para o Tom fico desconfortável.
— Katy!
— Meu Deus Chloe, soube que estava no apartamento quando aconteceu.
Ela passa pelo Tom, e vem na minha direção.
— Foi assustador, eu pensei que era você. Mas já passou.
Puxei ela para o quarto, e assim que ela entrou suspirou.
— Vai mesmo ficar aqui?
— Depois do que aconteceu não queria ficar sozinha. Os meus pais queriam que eu saisse do complexo, e andasse com um segurança para cima e para baixo. Só temos um semestre pela frente, e no final eu estaria sozinha em outro apartamento. Aqui eu estou segura.
— Não tem outro quarto por aqui? Meu Deus Chloe!
Ela se abana, e eu quase reviro os olhos, o que eu posso dizer? Depois que o Tom pegou cada uma das minhas "amigas" do colégio, não apresentei mais nenhuma a ele. Ciúmes? Claro. Eles também sentem e nunca esconderam isso.
Quando ela saiu do quarto, e viu os dois na cozinha sem camisa quase caiu para trás, ainda teve a audácia de me pedir o número deles, e que viria me visitar mais vezes, muito mais vezes.
Voltei para o quarto no intuito de terminar de arrumar tudo, como não quis sair do quarto o Tom trouxe pizza para mim, já era madrugada quando eu terminei e finalmente segui para um banho. Estava exausta e esperava que o cansaço não me deixasse ter pesadelos. E por sorte isso funcionou.
Quando acordei mesa do café já estava posta, e isso devemos ao Noah, por que o Tom não tem a mínima habilidade para algo assim.
— Bom dia Tom e Noah.
— Bom dia, Chloe.
— Olha, vocês não precisam fazer isso só porque eu estou aqui.
— Temos uma funcionária que vem de dois em dois dias, mas já estamos vendo a possibilidade dela vir diariamente.
— Noah...
— É isso ou ter que arriscar tomar o café do Tom quando eu precisar sair mais cedo.
— Pensando assim...
Eles são risada.
— À propósito, obrigada pelo celular.
— Você dormiu bem?
Tom corta o assunto anterior.
— Sim, muito bem.
— Que pena.
Ele sorri, Noah se senta ao meu lado, e eu encaro o Tom indagando que merda ele estava fazendo.
— Por que?
— Esperava dormir com você de novo.
Ele me faz engasgar com o café. Em outra época eles disputavam a minha atenção, mas não agora, e isso era tão estranho.
— O que ele quis dizer, é que estamos aqui para você, não hesite em pedir ajuda sempre que quiser.
— É, não queremos ver você tensa.
Meu Deus! O que deu neles?!
Depois do café eu me ofereço para lavar a louça, Tom disse que iria secar e Noah guardaria a louça. Estava tão nervosa que esqueci completamente da máquina de lavar louças, eles também não se opuseram ao me ver colocando o avental.
Noah traz as louças, sempre dando um jeito de esbarrar ou me tocar, deu várias viagens da mesa até a pia, o meu coração estava acelerado, esperando pelo confronto deles, eu não teria forças para apartar uma briga entre esses dois.
— O seu cabelo não está atrapalhando?
Tom disse, já atrás de mim, puxando as mechas que caiam pelo meu rosto, eu podia sentir o calor que emanava da pele dele, e quando ele decidiu assoprar a minha pele eu fechei os olhos, a xícara que estava na minha mão caiu, quebrando dentro da pia, e no instinto de tentar ser mais rápida evitar acabei me cortando.
E agora os dois estavam ao meu lado, Noah inspecionando o corte para ver se era fundo, enquanto Tom tira os cacos de porcelana da pia.
Foi nesse momento que olhei e vi à lava louças. Então é isso? Eles vão ficar me provocando? Eles me conhecem, e sabem que se vão jogar já precisam estar preparados para me ver vencer.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Sereia Ruivinha
É nojento o que ela está fazendo, com os dois ao mesmo tempo. O pior que vai fazer os irmãos que eram unidos, brigarem ainda mais por que ela não se decide. É repugnante isso que ela está fazendo com os dois
2024-05-10
0
Sereia Ruivinha
isso já é ridículo da parte dela, não tem nada com nem um e ainda se dar o direito de ter ciúmes?
2024-05-10
0
Brendah
ansiosa pelos próximos capítulos 🤭
2024-04-16
1