| Sensação de liberdade

...•Serena Miller...

Depois que eu desci do táxi, parei para comprar um café, e decidi andar, mesmo pensando qual talvez não fosse uma boa ideia depois do que aconteceu ontem.

— Eles não poderiam se sentir orgulhosos? Ou pelo menos se alegrar com a minha conquista?

Resumungo baixinho, falando sozinha enquanto continuava caminhando.

— Mas também? Eu joguei na lata. O que mais eu poderia esperar?

Sabe, se meu avô ainda estivesse aqui ele seria um bom aliado, sinto tanta falta dele, queria que ele ainda estivesse aqui.

Foi nesse momento que senti meu corpo ser agarrado, ouvi o barulho do pneu no asfalto, fechei os olhos enquanto caia, esperei pela dor, mas acho que quem sentiu foi quem estava em baixo.

— Ai!

Era ele? Virei o rosto para ter certeza.

— Você, de novo?

— Esta sempre se metendo em confusão?

Eu estava em cima dele, algumas pessoas a nossa volta me ajudam a levantar. O motorista desceu do carro muito preocupado.

— Você se machucou? Eu vou leva-la ao hospital.

— Não é necessário. Me desculpe, fui descuidada ao atravessar sem olhar.

Ele me encara parecendo que tinha tirado dos ombros dele um peso enorme. E depois de se desculpar novamente seguiu seu caminho.

— Obrigada... de novo?

Como em menos de vinte e quatro horas me meti em tantas confusões? E se Bruno não tivesse sido rápido o bastante eu teria sido atropelada.

— Eu deixo você em casa.

— Não quero ir para casa.

Falo muito rápido. Ainda estava muito chateada, ir para casa significa talvez começar outra discussão.

— Problemas no paraíso, burguesinha?

— Não me chame assim.

Dou as costas para ele, ainda tremendo pelo susto.

— Para onde vai burguesinha?

— Eu não sei.

— Esta tremendo, eu levo você. Anda, vamos?

— Eu já disse que estou bem. Foi só um susto, eu já te agradeci, pode ir embora.

E ele foi.

Olhei para trás mais uma vez, enquanto vejo ele se afastar, um pouco frustrada por ele ter ido embora, sendo que eu mesmo o mandei ir.

E enquanto esperava o sinal fechar para atravessar, ele parou ao meu lado em sua Harley Davidson, estendendo um capacete para mim. Ver ele ali trouxe a tona a mesma cascata de sentimentos da noite anterior, era inevitável não pensar naquele beijo.

— Eu já disse que não vou para casa, Bruno.

— Acho que precisa pensar, eu conheço um lugar.

Encaro o capacete um tanto indecisa, na minha cabeça as inúmeras recomendações do meu pai sobre segurança, Mas Bruno não era um estranho, não é? Na verdade havia algo que me fazia sentir a vontade com ele, já que a maioria das pessoas a minha volta estavam mesmo que inconscientemente esperando que eu não cometesse erros, ele não tinha nenhuma expectativa em mim, e isso me agradava.

Ignorei a voz do Sr. Lewis na minha cabeça, peguei o capacete e subi na moto. Bruno acelerou, fazendo com que sentisse o vento no meu rosto e uma sensação liberdade que nunca tive na vida, abracei a cintura dele enquanto ele acelerava, tudo o que sentia quando ele estava perto era quase como uma droga viciante.

Era loucura me sentir segura com ele mesmo sem saber onde ele iria me levar? Pouco a pouco vamos nos afastando da agitação da cidade e ele pega uma estrada de terra estreita, um carro certamente não passaria por aqui, havia alguns pontos onde até a moto passava, mais com grande dificuldade. A recompensa estava bem a frente, um lago de águas cristalinas escondido no meio daquela densa vegetação.

— Esse lugar é incrível.

Tirei o capacete e desci da moto, apreciando a beleza daquele lugar. Bruno estava logo atrás de mim, perto, perigosamente perto, o vento estava contrário e eu sentia perfeitamente o perfume dele.

— Obrigada por ontem, hoje e agora.

Me sento na grama e Bruno também se senta ao meu lado.

— Como encontrou esse lugar?

— Sai de casa sem rumo, com a cabeça atordoada, nem mesmo sei como vim parar nessa rodovia, ou como cheguei a esse lugar, então acabei me perdend, eu tive que passar a noite aqui, no dia seguinte eu fui tentando seguir os rastros que foram deixados e consegui chegar a saída. E depois comecei a vir aqui sempre que precisava tem um tempo, ou quando precisava pensar. Decorei o caminho de tanto vir, e a trilha, meio que foi feita por mim.

Quando olhava para ele eu conseguia ver un vestigio de tristeza em seu olhar, em um ato involuntário levei minha mão até o rosto dele, era tão estranho mas eu me sentia atraída, sabe quando tudo o que você quer é mais? Me aproximei um pouco mais, e o beijei e aquilo que começou calmo, logo tomou a forma de um furacão, intensamente letal, Bruno me puxou para o colo dele, descendo seus lábios para o meu pescoço, fazendo o meu corpo amolecer e se render a ele.

A sua mão subiu pela minha cintura arrepiando tudo por onde passava, até chegar a um dos meus seios, e assim como ontem eu sinto ele pulsar, eu também sinto um calor incomum, como se uma corrente elétrica passasse pelo meu corpo, mas no momento em que sua mão entra na minha blusa, eu me afasto, saindo do colo dele.

— Me desculpa eu não deveria ter feito isso.

Ele está pedindo desculpa por me tirar de órbita sem precisar tirar os pés do chão?

— Não é isso...

Eu sussurro envergonhada. Bruno é um pecado encarnado, e eu? Não me pareço em nada com as mulheres que ele aparece por aí.

— É exatamente por isso que não devia ter feito.

Ele respira fundo, já se levantando, arregalo os olhos ao ver ele tirar a jaqueta, e a camisa, expondo aquele corpo perfeito, bronzeado e musculoso.

— O... o que vai fazer?

— Calma Serena, eu não vou te devorar.

Ele dá uma risadinha com um sorriso cínico no rosto, sem saber que é exatamente isso que eu quero.

— Você precisa entrar na lago.

— Não... deve estar gelada.

Ele tira os sapatos e em seguida a calça, meu Deus do céu quando ficou tão quente? Meu Deus o que é tudo aquilo? Fecho os olhos ou dificilmente conseguiria parar de olhar.

— Santo Deus.

— Você vem?

Por que não? Eu estou sempre fazendo tudo o que querem, talvez seja a hora de fazer o que eu quero.

— Você pode se virar?

Ele faz o que eu peço, tiro a blusa, e a calça, estava vermelha de vergonha.

— Você pode começar a andar? Eu te sigo.

Ele vai na frente sem virar, e eu o sigo. Meus pés tocam o lago já se preparando para o choque térmico, mas ao contrário do que pensei a temperatura era muito agradável.

Em certo ponto, não havia mais terra firme para pisar, não que eu não saiba nadar, mas estava tão tensa que acabei me atrapalhando. Bruno me segurou pela cintura, e eu passei as pernas em torno da cintura dele, a água podia ser morna, mas ele? Ele estava fervendo, e agora estavamos em uma posição bem constrangedora.

— Não sabe nadar, burguesinha?

— Eu só... eu... eu me distraí.

Guaguejei ao sentir seu olhar queimar a minha pele.

— Droga, Serena, o que fez comigo? Eu não consigo evitar.

Bruno sussurra entre os meus lábios, não tive tempo de falar nada, os seus lábios devoram os meus. Nunca, nunca fui tocada por ninguém, nunca me senti desejada, eu nunca senti nada do que estou sentindo aqui com ele. É tão avassalador não consigo pensar em nada, mas ele para, e isso me deixa frustrada.

— Acho melhorar parar, Serena. Isso é um erro, não deveria ter trazido você aqui.

Talvez seja um erro, uma loucura? Talvez, mas quem se importa? Coloco o indicador em seus lábios, fazendo ele se calar. Eu sei o que eu quero. E nesse momento eu quero mais, eu quero que todas as minhas primeiras sensações sejam com ele.

— Shi... só continue.

Pedi, já agarrando o seu pescoço, Bruno segurou firme a minha cintura, eu o sentia cada vez mais rígido, ele começa a dar passos para trás indo em direção a margem.

— Você é linda, burguesinha.

Bruno aperta um dos meus seios, me fazendo gemer e esconder o rosto em seu pescoço.

— Serena?

— Eu já disse para continuar.

Disse, deslizando as alças do sutiã pelo meu braço, eu ouço ele praguejar enquanto encara os meus seios desnudos, Bruno agarra a minha cintura voltando a me beijar com intensidade e luxúria até então desconhecidas por mim, ele desce pelo meu pescoço, agarrou um dos meus seios abocanhando e revezando entre, fechei os olhos extremamente excitada, agarrei seus braços como de precisasse desesperadamente de algo para me agarrar, Bruno esfregava o corpo dele no meu, e eu estava pingando, meus gemidos ecoavam pela mata.

Bruno me suspendeu e me levou em direção a sua moto.

— Eu deveria parar com isso, me mande parar Serena?

— Esta com medo Bruno? Não pareceu com medo quando me trouxe até aqui. Eu não vou mandar você parar, não quando tudo o que eu quero é que continue.

— Porr*a! Eu não a trouxe aqui com esse intuito.

— Eu sei, mas isso realmente importa?

Puxei ele de novo para mim, Bruno foi descendo seus beijos até estar de joelhos, arrancou a minha calcinha é encarou a minha virilha enquanto passava a língua nos lábios. Ele colocou uma das minhas pernas em seu ombro, agarrei o guidão da moto, enquanto ele aprofundada seu rosto na minha intimidade.

— Bruno!

Gritei de prazer quando ele mordiscou o meu ponto sensível, me rendi aquele prazer, explorando cada nova sensação que surgia no meu corpo, que tremeu em cima daquela moto enquanto desfrutava do meu primeiro orgasmo.

— Deliciosa, porr*a burguesinha você é deliciosa.

Bruno levanta, ficando entre as minhas pernas, sinto o meu gosto nos lábios dele, me aproximo um pouco mais, só a boxer dele continuava no caminho. Ele pulsava, e eu me esfregava completamente ensandencida pelo prazer. Bruno agarra a minha bunda, seu toque é duro.

— Não faz isso porr*a, não esfrega essa boc*eta no meu pau Serena.

Ele rosnou entre os meus lábios.

— Não fale como se não fosse isso o que você quer.

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Comments

joana Almeida lima

joana Almeida lima

Passou por tudo aquilo no dia anterior e não se situa , continua andando lesada pelas ruas.

2024-04-12

0

d4n1

d4n1

Não tem como não se render

2024-04-04

0

Marcia Valéria

Marcia Valéria

Já dei a dica pras outras autoras aprenderem: Vivi Fernandes!
Essa sim faz hot de qualidade!!!!!

2024-03-24

0

Ver todos
Capítulos
1 | Avisos da Autora
2 | Prólogo - Onde isso os levará?
3 | Um ponto crucial
4 | Estou dividida
5 | Não conta?
6 | Então é isso?
7 | Eu também precisava deles
8 | O que nós vamos fazer?
9 | Isso não é sobre ela!
10 | Isso é demais
11 | Propenso a violência
12 | Não consigo evitar
13 | Eu preciso falar com vocês
14 | Sensação de liberdade
15 | Aparência de um anjo
16 | Esse nome não combina com você
17 | Quanto tempo leva?
18 | Diferentes fases
19 | Alguém à parte
20 | Não sei o que fazer
21 | Eu sei o que eu quero
22 | Nunca fez isso?
23 | Eu já sei com quem vou
24 | Isso não vai acontecer
25 | Só continue tentando, Ok?
26 | Não consigo lembrar
27 | Não reaja!
28 | Eu já sabia que algo estava errado
29 | Só pode ser um pesadelo
30 | Uma eternidade
31 | Não vou ficar aqui esperando
32 | Eu vou ficar com você
33 | Eu não consegui reagir
34 | Devastado
35 | Sua ficha ainda não caiu?
36 | Me fez estremecer
37 | Não pode estar falando sério
38 | Tudo o que sempre quis
39 | Deixou um vazio
40 | Não posso ir atrás dela
41 | Repreendendo a viver
42 | Um dia após o outro
43 | Esse jogo é perigoso
44 | Tem certeza disso?
45 | Intenso
46 | Emaranhados
47 | Vai ter que esperar um pouco
48 | Não tem o direito
49 | Só estou retribuindo
50 | Voltou para infernizar
51 | Vai ter que confiar em mim
52 | Eu deveria ter acreditado
53 | Eu não vou sair daqui
54 | Eu preciso saber
55 | Não seja hipócrita
56 | Exausta o suficiente
57 | Mil torias malucas
58 | Como entrou aqui?
59 | Atração do próprio espetáculo
60 | RENDIÇÃO - Eu quero acreditar
61 | Você não entendeu ainda?
62 | RENDIÇÃO - É você
63 | Deixe-me tirar a prova então
64 | Estou tentando encontrar
65 | Não podemos
Capítulos

Atualizado até capítulo 65

1
| Avisos da Autora
2
| Prólogo - Onde isso os levará?
3
| Um ponto crucial
4
| Estou dividida
5
| Não conta?
6
| Então é isso?
7
| Eu também precisava deles
8
| O que nós vamos fazer?
9
| Isso não é sobre ela!
10
| Isso é demais
11
| Propenso a violência
12
| Não consigo evitar
13
| Eu preciso falar com vocês
14
| Sensação de liberdade
15
| Aparência de um anjo
16
| Esse nome não combina com você
17
| Quanto tempo leva?
18
| Diferentes fases
19
| Alguém à parte
20
| Não sei o que fazer
21
| Eu sei o que eu quero
22
| Nunca fez isso?
23
| Eu já sei com quem vou
24
| Isso não vai acontecer
25
| Só continue tentando, Ok?
26
| Não consigo lembrar
27
| Não reaja!
28
| Eu já sabia que algo estava errado
29
| Só pode ser um pesadelo
30
| Uma eternidade
31
| Não vou ficar aqui esperando
32
| Eu vou ficar com você
33
| Eu não consegui reagir
34
| Devastado
35
| Sua ficha ainda não caiu?
36
| Me fez estremecer
37
| Não pode estar falando sério
38
| Tudo o que sempre quis
39
| Deixou um vazio
40
| Não posso ir atrás dela
41
| Repreendendo a viver
42
| Um dia após o outro
43
| Esse jogo é perigoso
44
| Tem certeza disso?
45
| Intenso
46
| Emaranhados
47
| Vai ter que esperar um pouco
48
| Não tem o direito
49
| Só estou retribuindo
50
| Voltou para infernizar
51
| Vai ter que confiar em mim
52
| Eu deveria ter acreditado
53
| Eu não vou sair daqui
54
| Eu preciso saber
55
| Não seja hipócrita
56
| Exausta o suficiente
57
| Mil torias malucas
58
| Como entrou aqui?
59
| Atração do próprio espetáculo
60
| RENDIÇÃO - Eu quero acreditar
61
| Você não entendeu ainda?
62
| RENDIÇÃO - É você
63
| Deixe-me tirar a prova então
64
| Estou tentando encontrar
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| Não podemos

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