Lua de sangue

Já se passaram três dias desde que Íris me atacou... Ela e as suas cúmplices foram jogadas no calabouço e em breve serão decapitadas. Fernando ordenou que os guardas ficassem espalhados pelo castelo.

Desde que a Tamiris salvou-me, fiz dela a minha conselheira real. Ela tem um quarto no palácio e um título de nobreza, Duquesa Tamiris Marilyn.

— Tamiris... — sento-me na cama. — Digo...duquesa Marilyn! — Nós rimos.

— Rainha, tenho que ir para os meus aposentos agora... — ela brinca. — boa noite, rainha!

— Boa noite, duquesa! — rimos.

Tamiris se levanta e sai do quarto. Logo, vejo-me sozinha novamente. Vou até à prateleira e pego um livro. O império do Conde drácula - O início de um reinado. Vou a caminhar até a cama e jogo-me de bruços. Aquele livro é fascinante. Não só pelas informações, mas também pelo jogo de palavras. Quando chego na metade do livro acho uma foto antiga. Atrás dela está escrito:

"Rainha Sophia Yung, a primeira rainha do império do submundo. A única mulher que assumiu o trono e o posto de Condessa drácula, a rainha dos vampiros. Reinou durante cinco séculos, mas foi decapitada por um plebeu que logo, assumiu o posto de rei. O rei Jasper Yung, que deu fim ao terrível reinado da rainha Sophia. "

Sinto um par de mãos deslizarem na minha cintura.

— Está a aprender sobre o meu império? — ele diz pegando a foto da minha mão e jogando-a no livro. — Você não vai precisar!

— Eu estava a ler um pouco para me distrair... — viro-me para ele. — Sabe...me sinto muito sozinha nesse castelo gigante...

— Não, não, não! — Fernando tenta fazer eu parar de falar, me beijando. — Você viu o que aconteceu quando você saiu por aí sozinha!

— Mas, elas já estão presas e...eu poderia sair com a Tamiris que conhece o lugar! — resmungo.

— Não, eu não quero você andando por aí — ele discorda desamarrando o meu vestido.

— Fernando! — o empurro.

— O que foi?! — ele revira os olhos.

— Você mesmo poderia levar-me para sair, talvez para andar um pouco pelo jardim! — dou a sugestão. — por favor!

— Eu já disse que não! — ele diz se aproximando. Fernando beija-me e tenta tirar o meu vestido.

— Do que você tem tanto medo? — viro o rosto, impedindo o beijo. — Você tem medo de eu descobrir as suas amantes? Eu não ligo!

— Você não liga de ter outras mulheres possuindo o corpo que deveria ser só seu? — Fernando para e me encara seriamente.

— Não! Você sabe muito bem o motivo de eu ter me casado com você! — falo irritada. — Eu não ligo se você tem outras mulheres...

— Você se sente presa? — ele pergunta.

— Sim! Me sinto como se estivesse em um calabouço! — respondo.

— Ok... — ele diz me beijando. — Você vai ver como é estar em um calabouço!

Fernando continua a me beijar e eu tento afastá-lo.

— Fernando, saí! — grito, empurrando-o. — Não faz isso! — Ele tenta tirar o meu vestido novamente.

— Se você não aceita por bem, vai por mal! — ele rasga o meu vestido e morde o meu pescoço. — Desde que nos casamos não dormimos juntos...

— Você vai se arrepender por isso! — soluço. Ele me olha com a boca escorrendo sangue. Ponho a mão em meu pescoço e vejo o meu sangue escorrer. — você é um desgraçado!

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