Depois de amanhã já é o meu aniversário e também o meu casamento com o príncipe Fernando. Temos nos dado bem no decorrer dessas duas semanas. Mas, não o vejo com frequência. Ele está muito ocupado ultimamente com assuntos reais.
Hoje o Fernando vai à despedida de solteiro que os "amigos" dele prepararam-lhe.
— Até amanhã, querida — ele diz.
— Até, querido... — ele beija a minha testa e desaparece.
Tamiris me ajuda a trocar de roupa e a prender o meu cabelo. Em seguida, vou dormir.
Só saí apenas uma vez do quarto e fui castigada por isso. Eles não me permitem sair do quarto. Isso é sufocante. Embora, Fernando, me trate bem, eu me sinto uma prisioneira.
Não consigo pregar os olhos, estou ansiosa. Fernando e eu damos-nos muito bem, mas não queria casar-me agora.
Finalmente o sono vem e eu consigo fechar os meus olhos, pronta para dormir. De repente escuto o barulho de algo quebrar. Ligo as luzes... é ele, Fernando.
— Ainda acordada, querida? — a sua voz está atrapalhada.
— Você está bêbado? — pergunto com um sorriso sarcástico. — Nossa!
— Ajude-me a trocar-me! — ele diz abrindo os braços.
Ajudo ele a se despir. Ao pegar a sua blusa social vejo marcas de batom de cinco cores diferentes e o forte cheiro de perfume feminino.
— Fernando... você estava com...mulheres? — pergunto não querendo escutar a resposta.
— Você acredita que nas despedidas de solteiros nós temos o quê? — ele joga-se na cama. — só homens?
Não o respondo, apenas tiro os seus sapatos e o cubro.
— Deita aqui comigo... — ele sussurra.
— Por que você não chama as outras mulheres para dormirem com você? — digo a pegar um casaco no guarda-roupa — elas vão amar.
— Vão mesmo... — responde. — Elas beijam melhor do que você...
Ignoro-o e saio do quarto.
— Tamiris! — grito.
— Sim, senhora? — ela aparece num instante.
— Prepare um quarto para eu dormir, por favor! — peço a ela enquanto seguro minhas lágrimas.
— Tem algo de errado no seu quarto, senhora? — ela pergunta preocupada.
— Não, apenas faça o que lhe pedi, por favor... — ordeno.
— Ok, senhora... — ela diz se curvando. — Com licença!
Depois de um tempo, Tamiris volta e leva-me até o quarto. Agradeço, entro no quarto e tranco a porta. Em seguida, jogo-me na cama e choro até adormecer.
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*BUM*
Sento-me na cama e vejo ele olhar-me com raiva. Tamiris está atrás dele, assustada. Não ligo e volto a deitar-me. Escuto Tamiris cochichando com os outros empregados para saírem e deixar-nos a sós.
— Por que você saiu do quarto?! — ele aproxima-se.
— Eu só lhe dei espaço para chamar as suas outras mulheres para a cama — disse calmamente.
— Não tem outras mulheres, bobinha! — ele diz amigavelmente — Venha, volte para o nosso quarto!
— Eu não quero ficar no mesmo quarto que você, não quero olhar para a sua cara! Eu não quero que me encoste novamente e não quero casar-me com você! — grito — Não há outras mulheres? Não há? E as que você disse que beijavam melhor do que eu, hein?
— É só um mal-entendido, querida... — ele tenta se aproximar.
— Não encosta em mim! — o empurro — Não tem querida, nem amor! Princesa Stephany para você!
— Venha, ande! — ele tenta me puxar.
— Eu já disse que não! — grito.
— Se você não vem por bem, vem por mal... — ele diz. — Anda logo, Stephany!
— Eu já disse... não! — deito novamente. — Você é surdo?
Isso foi a gota d'água. Fernando me pega e joga-me por cima do seu ombro e nos leva para o quarto em questão de segundos.
— Eu disse que se você não viesse por bem, seria por mal! — ele grita jogando-me no chão.
— Você não pode forçar-me a ficar aqui para sempre! — grito furiosa.
— Você quer apostar? — ele pergunta-me com um olhar tenebroso. Eu levanto-me. Ele desaparece.
Estou assustada...da última vez que ele ficou furioso assim foi no casamento do meu irmão. E ele levantou a espada para me matar. Assustada, corro até a porta para tentar fugir, está trancada. Ouço um barulho de corrente atrás de mim. Viro-me e ele está
lá, como um louco acorrentando uma das pontas no pé da cama.
— Você não pode fazer isso... — aviso.
— Não? — ele pergunta com um tom de ironia.
Ele corre na minha direção e eu tento fugir. Mas, ele pega-me pelo pescoço e me impressa contra a parede, me tirando do chão.
— Você não devia ter me contrariado! — ele diz.
— Sol... solta... — tento falar, a minha voz não sai.
Ele me solta e eu caio no chão sem ar, tossindo. Ele me olha com aquele sorriso maléfico no rosto.
— Eu te odeio! — soluço.
— Eu também te amo, querida! — ele ri. — A partir de hoje você não terá mais permissão para conversar com a Tamiris e ficará acorrentada nesse quarto como se fosse um cachorro.
— Você sempre me viu como um cachorro, mesmo... — resmungo. — E não faz diferença se você me deixa trancada ou se me deixa acorrentada...desde que você e eu noivamos nunca saí desse quarto. As únicas duas vezes que saí foi para fugir do monstro que você é!
— Cala a sua boca! — ele grita — ou vou te espancar!
— Eu não me importo! Você, o seu pai...o meu pai...todos vocês são uns idiotas! Podem me bater a vontade... — grito — E você não espancaria sua noiva um dia antes do casamento...
Fernando para e fica me encarando por alguns minutos. De repente, ele caminha até mim. Ele para e fica me olhando com um sorriso maléfico no rosto. Ele retira sua blusa e sua calça. Desvio o olhar mostrando desinteresse.
Ele me pega e me joga na cama. Me levanto rapidamente e o chuto com toda a minha força.
— Eu já lhe disse...eu não sinto dor, querida... — ele sorri.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Regiane Pimenta
ERA SO UMA ESTACA DE MADEIRA NO CORAÇÃO
2024-04-03
1
Rosária 234 Fonseca
ele é um idiota não ouviu o que ela disse o pai dela a espancava
2024-02-21
3
Valda Martins
Ele não quer uma esposa quer uma escrava
2024-02-12
2