Lavínia…
Confesso, que quando vi aquele gatinho no bar, fiquei radiante.
Ele vestia uma calça jeans, camiseta branca e uma jaqueta preta que o deixava ainda mais lindo.
Assim que o nosso olhar se encontrou, ele saiu apressado, obviamente corri atrás dele e agora estou eu aqui indo para sei lá onde, na garupa de sua moto, com meu corpo colado ao seu e mãos agarradas em sua cintura.
— Para onde quer ir?
— Que tal para o parque farroupilha?! Já foi até lá?!
Hugo é um homem misterioso e surpreendeu não gostar do movimento do bar, onde havia várias mulheres lindas dançando sensualmente. Então optei em levá-lo num lugar mais tranquilo, que possamos conversar.
— Não!
Indico o caminho e segue até lá.
Logo que chegamos, estaciona e seguimos caminhando, ele passa por uma barraquinha e compra sorvete para nós, achei muito fofo da parte dele, pois mesmo tendo esse jeito áspero no fundo, sinto que tem um homem diferente do que demostra.
— Bom, acho que agora podia me dizer seu nome, assim não fico te chamando de Everest!
— Everest? — pergunta com uma das sobrancelhas arqueada.
— Nem queira saber!
— Agora fiquei curioso!
— Quem sabe um dia eu não te conto! — digo divertida e ele sorri.
— Sou Hugo!
— Lavínia!
Continuamos caminhando.
— Você mora naquele lugar, atrás do posto de gasolina?
— Sim, o dono me deu abrigo e trabalho!
— Estuda, além de trabalhar?
— Não, mas tenho pesquisado algumas coisas, pretendo fazer algum curso futuramente! E você?
— Faço gastronomia, meu sonho é ser uma grande chefe de cozinha! Hoje havia ido em Gramado, no restaurante do meu professor, quando o meu carro deu defeito!
— Levou num mecânico!
— Não achei necessário, confiei em seu trabalho!
Ele sorri, nos olhamos fixamente, mas ele desvia o olhar, não compreendo porque toda vez foge.
— Nunca veio nesse parque, mesmo?
— Não! Desde que passei a morar nos fundos do posto de gasolina, não saí de lá, não conheço Porto Alegre e nem as cidades vizinhas…
— De onde é?
— Por que não me conta a história daqui…
Ele muda de assunto e percebo que esconde algo.
— Sinto que esconde algo, não estou saindo com um serial killer não é? — digo divertida e arranco mais um sorriso de seus lábios.
— Se eu for, nunca saberá! — responde divertido, mas em seguida, fica sério. — Tem muitas coisas que nem eu sei…, talvez tenha sido um erro ter vindo até aqui!
— Espera! — digo segurando a manga de sua jaqueta. — Se veio é porque, algo mais forte te trouxe, então vamos aproveitar…, por favor!
Ele assentiu com a cabeça.
Voltamos a caminhar e conversar.
— Me fale um pouco sobre esse parque! E por que escolheu ele?
— Esse parque é um dos mais visitados de Porto Alegre, até mesmo pelos moradores, ele também é conhecido como Redenção! É cheio de lugares lindos, como Orquidário, Recanto Alpino e conta com 38 monumentos!
— Por que Redenção?
— Foi uma proposta da Câmara que o parque passasse a ser denominado de Campos de Redenção, em homenagem à libertação dos escravos do terceiro distrito da Capital!
Vou contando tudo o que sei sobre a história do parque e ele ouve tudo atentamente, nos sentamos num banco e ele fixa seu olhar em meus lábios. Meu coração acelera, passo a ponta da língua molhando meus lábios, Hugo leva a mão até o meu queixo e o segura, aproxima seu rosto do meu.
Meu coração acelera, a respiração fica levemente ofegante e trocamos olhares intensamente, nosso olhar vai dos lábios um do outro aos olhos em questão de segundos.
— Quero muito te beijar, Lavinia! Posso? — sussurra.
— Beijo não se pede, se rouba, Everest! — sussurro e mordo meu lábio inferior.
Ele sorri de canto, cola sua boca na minha, saboreia meus lábios lentamente, desenhando com a ponta da língua, minha respiração se descompassa ainda mais.
… Que sensação é essa? Por que não reajo a esse beijo?…
Eu deixo ele conduzir todo o beijo, como se eu nunca tivesse sido beijada antes, não compreendo que sensações são essas. Dou passagem para aprofundar o beijo, nossas bocas se encaixam perfeitamente, nossas línguas bailam em sincronia, o movimento de nossos lábios parecia nos deixar inebriados de prazer em um único beijo. Levo uma das mãos em sua nuca e a outra seguro firme em sua jaqueta no peitoral. Hugo adentra a mão que segurava meu rosto pelos meus cabelos. Não tínhamos a intenção de parar, mas o ar se fez necessário, encosto a minha testa na dele e roçamos o nariz um no outro, apenas curtindo aquela química entre nós.
No entanto, ele se afasta sério.
— Lavínia! Eu preciso ir…
— O que? Não gostou do beijo, Hugo?
— Não é nada disso! Não posso deixar o posto muito tempo sozinho…, é o meu trabalho!
— Que pena! Pensei que a nossa noite seria mais longa!
— Não vão faltar oportunidades! Vamos, vou te deixar no bar…
Confesso que fiquei muito frustrada, tudo parecia correr tão bem e jogou um balde de água fria.
No caminho de volta para o bar, fico em silêncio e percebo que a todo momento ele olha pelo retrovisor e eu forço um sorriso.
Logo que chegamos, desço da moto e entrego-lhe o capacete.
— Obrigado pelo passeio, a noite foi ótima! — diz ele.
— Não há de quê! — mais uma vez forço um sorriso.
O problema é que sou muito transparente, e ele deve ter percebido isso.
Quando estou me afastando, segura a minha mão e me puxa para perto dele. Toma meus lábios num beijo, imediatamente correspondo, nossas bocas movimentam lentas, mais num beijo profundo, nosso beijo me faz perder o chão, pareço flutuar naquele momento a cada movimento.
— Me desculpe, eu realmente preciso ir! — diz depositando beijos, no canto da minha boca.
— Está perdoado! — digo sorrindo.
E dessa vez meu sorriso foi verdadeiro, pois esse beijo foi magnífico.
Nos despedimos com um selinho demorado, ele coloca o capacete e vai embora. Entro no bar, com um sorriso largo no rosto.
Procuro por minha amiga Olivia, mas não há encontro, vejo apenas nossas colegas de faculdade, sentadas na mesa bebendo, me aproximo.
— Oi, meninas! Onde está Olivia?
As duas se entre olham e fico preocupada com aquele olhar.
— Não queremos fazer fofoca, mas Olivia saiu com o gato do seu irmão!
— O Teodoro?
— Acredito que sim, porque nunca vemos o outro por aqui!
— Não acredito! — digo passando a mão por meus cabelos.
… Droga! Mas Olivia não seria idiota a ponto de ir para a cama com meu irmão, ela sabe que o Téo é um mulherengo… ou seria? — me pergunto.
Pego meu celular e tento ligar para ela, mas não atende, tento ligar para o Teodoro, mas, também sem êxito e fico agoniada. Sei que meu irmão não a obrigaria a nada, mas ela bebeu e tenho medo que tenha bebido mais e durma com ele e depois se arrependa.
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Atualizado até capítulo 122
Comments
Cleise Moura
Te preocupa não gatissima ela está melhor que vc que ficou só no beijo com gosto de quero mais kkkk
2024-11-16
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Patricia Sousa
vai se arrepender da melhor noite da vida dela kkkkkkkkk vai nada mulher 😍😎
2025-01-25
1
Leda ❤️
o ruim é ela dormir demais e passa da hora de volta pra casa kkkk aí q e ruim mas o resto tá tudo bem tudo ótimo tudo maravilhoso kkkkkkkk
2024-12-27
1