Flora…
Já se passou alguns dias, desde que conheci a pequena Iris, essa semana consegui ir vê-la apenas na segunda e terça-feira.
Está bem corrido, conciliar trabalho, ir ao orfanato e ainda ir atrás de todas as burocracias, para dar entrada no processo de adoção.
Hoje finalmente é sexta-feira, acordo mais cedo, preparo um rápido café da manhã, termino rapidamente de me arrumar e vou para a escola.
Chego quando o sinal bate, acabei me atrasando, pois passei a noite toda estudando para prestar um concurso de um colégio particular. Amo a escola que trabalho, mas preciso de um emprego que ganhe um pouco mais, nesse colégio vou ganhar o que ganho aqui em dois períodos, mas trabalhando apenas em um.
Na entrada, encontro com a minha melhor amiga. Eu e Jade, somos melhores amigas desde a infância, estudamos juntas e sempre apoiamos uma a outra em tudo. Ela foi a primeira a saber tudo o que eu passava no casamento com Rubens, sempre me aconselhou a deixá-lo, mas insisti, acreditando que as coisas mudariam.
— Atrasada, também amiga? — pergunta divertida.
— Nem me fale, passei a noite toda estudando, dormi poucas horas, acabei me atrasando!
— Amiga, no que precisar sabe que pode contar comigo, se precisar de ajuda em casa com os afazeres para poder estudar, me fala que eu te ajudo!
— Na verdade, eu queria te pedir para me acompanhar para comprar as coisas para montar o quarto de Iris!
— Então quer dizer que logo a minha sobrinha estará em casa! Estou doida para conhece-lá!
Lara, apoio a adoção desde o primeiro momento que comentei com ela, diz que quer ter seus filhos, mas também pensa em adotar. Diz que adotar é um ato de amor e concordo plenamente.
— Conversei com Renato ontem e disse que tentaria conversar pessoalmente com o juiz, para adiantar o processo, talvez consiga a permissão para eu ficar com ela provisoriamente até que corra o processo!
— Isso é ótimo, pode contar comigo!
Entramos na escola conversando, seguimos juntas até o pátio, onde nossos alunos nos esperavam.
O período da manhã foi tranquilo, os alunos se comportaram e como sempre fico na porta me despedindo com um beijo e um abraço.
Vou até o refeitório almoçar com Lara.
Almoçávamos, quando recebo uma ligação do orfanato, entro em desespero quando a diretora diz que Iris está queimando em febre.
Preocupada comigo e com minha filha, Lara, diz para que eu vá ver como Iris está, que como ficou na escola para corrigir algumas provas, irá me substituir no período da tarde.
Entro em meu carro e sigo para o orfanato, estou muito preocupada e me sinto culpada, estive tão atarefada esses dias, que não consegui ir visitá-las, por mais que tudo o que tenha feito é por ela, para poder ficar comigo, não ameniza a culpa.
Assim que chego, a diretora vem falar comigo, diz que o médico examinou Iris e não tem nada, acredita que seja emocional, pois não parava de chamar pela mãe.
Vou até o quarto e minha princesinha está deitadinha, com os olhos arregalados. Ao me ver, senta-se.
— Mamãe! Voxe voltou, veio me buscar?
Meu coração aperta, sem saber o que responder, a ligação entre nós duas é muito forte, é como se Iris tivesse nascido de mim.
A abraço e peço desculpas por não ter ido vê-la antes, explico que estava cuidando dos preparativos para ir morar comigo, passo a mão por seus cabelos e logo percebo que a febre está baixando.
Sento-me ao seu lado, ela pega sua boneca a deita em meu colo.
Conto-lhe que seus avós e sua tia estão ansiosos para conhecê-la, a menina fica toda animada. Passo o restante do dia no orfanato, brinco com ela e com as crianças.
Conto-lhes histórias e no final da tarde, me despeço para ir embora. Não foi fácil despedir, Iris chorou um pouco, mas com muita conversa acabou aceitando.
Jurema, me acompanha até a saída, explico-lhe como está o processo da adoção e que estou aguardando a resposta do advogado e que não apareci, por estar cuidando disso tudo.
— Não vejo a hora de poder tê-la em casa! Meu coração fica apertadinho de ter que deixá-la…, sei que está sendo bem cuidada, mas…
— Eu entendo, amor de mãe é desse jeito! Mas não se cobre tanto, Flora! Tudo vai dar certo, também não pode querer fazer tudo ao mesmo tempo, logo Iris estará morando com você e as coisas serão mais fáceis…
— Em partes, né?
— Como assim?
— Fico preocupada, em não ser uma boa mãe!
— Quanto a isso, não tenho nenhuma dúvida, nunca conheci uma garota tão carinhosa, amorosa, que ama crianças como você, tem um dom lindo, minha querida! Será uma excelente mãe!
Me despeço e saio do orfanato, entro em meu carro e volto para casa.
Quando estaciono o meu carro em frente a casa de minha mãe, vejo o carro da polícia logo atrás de mim. Pelo retrovisor, vejo quando Rubens desce do carro.
— Não acredito! — digo revirando os olhos.
Pego a minha bolsa e desço do carro, Rubens se aproxima e cola o seu corpo ao meu.
— Minha nossa, Flora! Como está gostosa, essa gravidez está te deixando ainda mais linda!
— Se afasta, Rubens! — digo o empurrando.
No entanto, o canalha esfrega seu membro endurecido em minha barriga.
— Já disse para ficar longe, ou vou gritar! — digo o empurrando novamente.
Dessa vez, consigo o fazer se afastar.
— O que quer aqui?
— Vim te ver!
— Então pode ir, já viu!
Ao me afastar, ele segura em meu braço.
— Estou sabendo, que está tentando adotar uma criança daquele orfanato imundo que frequenta!
Irritada, desfiro um tapa em seu rosto.
— O único imundo aqui é você, seu estúpido, nojento! Não te devo satisfação da minha vida, o que faço ou deixo de fazer daqui para frente, não é da sua conta!
— Não vou permitir, que traga uma criança que não tem nosso sangue para dentro da nossa casa!
— Nossa? Ficou maluco?! Essa casa é dos meus pais… "a nossa casa"! — digo fazendo aspas. — É aquela, a qual leva suas vagabundas..., aquela foi a nossa casa, mas agora é sua!
— Ainda somos casados no papel, tudo o que conquistar…
— Não conquistei nada, essa casa era da minha avó, estou ficando aqui de favor, até que eles consigam vender! — minto. — Como pode ser tão canalha, Rubens? Além de me trair com aquelas vagabundas, tem a coragem de querer exigir algo que nem é meu!
— Flora, vamos conversar, eu ainda te amo tanto!
— Me ama? Não sabe o que é amor! Fica longe de mim, fica longe da minha casa e de toda a minha família!
Fecho o portão e entro em casa irritada, com o descaramento desse homem.
… Preciso relaxar…
Subo até o meu quarto, olho pela janela e ao constar que vai embora, me troco e vou até o quarto dos fundos, que montei para fazer algo que amo, algo que me relaxa e passo horas lá.
(Jade, melhor amiga de Flora)
(Rubens, ex-marido de Flora).
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Atualizado até capítulo 122
Comments
Josigg Gomes Galdino
Agora tenho mais certeza, que o Rubens, tem envolvimento, no desaparecimento, do irmão de Flora
2025-03-21
1
Patricia Sousa
mas esse rubens é um cafajeste ,escroto nojento 🤬🤬🤬🤬
2025-01-25
3
Josigg Gomes Galdino
Será que a jade vai ficar com o Renato
2025-03-21
1