Teodoro…
Após buscar meu irmão no aeroporto e tomarmos um belo e agradável café da manhã em família, passo pelo apartamento que comprei recentemente, para ver como está indo o trabalho.
Estão fazendo uma reforma, ampliando alguns lugares que pedi, esse apartamento vai servir para trazer as mulheres com quem me divirto. Estou cansado de ter a minha privacidade invadida por paparazzis a cada vez, que eu estou com uma mulher diferente.
Por ser uma das famílias mais ricas da região, sempre estão fiscalizando as nossas vidas e jogando nas revistas e jornais, por eu ser o diretor, não posso estar envolvido em polêmicas, por isso optei por comprar esse apartamento, para ter minha privacidade.
Os funcionários dizem que num mês fica tudo pronto.
Vou para o hospital.
Como sempre, toda vez que entro chamo a atenção das funcionárias, que olham-me de cima a baixo com olhar de cobiça.
— Bom dia, gato! — sussurra assim que passa por mim.
— Bom dia! — digo seco.
Paola é chefe das enfermeiras aqui no hospital, é uma mulher linda, cheia de vida e me proporciona muito prazer. Contudo, não passa de sexo, não quero compromisso com ninguém e ela sabe muito bem disso, ela aceita numa boa, pois eu a banco em tudo.
Chego em meu escritório e Lúcia vem ao meu encontro, me cumprimenta com um beijo no rosto. Tenho ela como uma pessoa da família, era a secretária do meu pai e quando assumi quis preservá-la em seu cargo. Além de ser competente, conhece tudo por aqui. Era amiga da minha mãe e madrinha da nossa irmã Lavínia. Ela é a única no hospital que tem a liberdade de conversar conosco e aconselhar.
Não concorda com minha vida de playboy e sempre deixou isso claro.
Entro em meu escritório com ela passando os relatórios e minha agenda de hoje, assim que deixa as pastas em minha mesa, se retira.
Ligo o meu computador e aguardo os responsáveis dos outros dois hospitais entrarem para iniciarmos a reunião. Além da sede principal que é aqui em Porto Alegre, temos um hospital em Canela e outro em Gramado.
Recebo um e-mail de um dos jornais da cidade, querendo entrevista sobre um recente caso que sucedeu-se no hospital de Canela. Fico possesso, pois não sabia do que se tratava, abro o link da notícia que ele mandou.
“ Famoso hospital na cidade de Canela, recebe denúncias sobre negligência hospitalar e omissão de socorro por um dos médicos. O hospital Virginia Beker, é o hospital particular mais bem-conceituado de Rio Grande do Sul, mas passará por uma investigação, após negarem socorro há um homem de 43 anos, que deu entrada no hospital com crise, o paciente precisa de uma cirurgia urgente de revascularização do miocárdio.”
Assim que termino de ler toda a notícia, desfiro um soco na mesa.
— Que porra é essa?! — pergunto entre os dentes.
Assim que os dois entram para a reunião, Ivan já é questionado por mim, sobre tais notícias.
— Não foi omissão de socorro, o caso era grave, necessitava de cirurgia, mas o nosso cardiologista havia se demitido dois dias antes e não conseguimos substituir!
Desfiro outro soco na mesa.
— Escuta aqui, Ivan! Eu sou o diretor e dono desses hospitais, eu contrato os funcionários, decido o que tem que ser feito e sempre devo ser o primeiro a saber dos ocorridos dentro dos meus hospitais! Se não tinham um cardiologista aí, devia ter me ligado imediatamente, deviam ter encaminhado esse paciente para o nosso hospital mais próximo! Nada justifica a sua irresponsabilidade, esse paciente podia ter morrido e agora o hospital pode ser processado por sua culpa! — digo em tom alto de voz.
Sinto até as veis do meu pescoço, saltando.
— Desculpe…
— Desculpas não resolvem o problema! Foi negligência sua, entende a gravidade do problema e não digo apenas pela fama do hospital, mas porque a vida de uma pessoa estava em risco!
Sei que mortes ocorrem o tempo todo em hospitais, mas minha equipe sempre faz o impossível para salvar. E saber que por negligência isso quase ocorreu, fico possesso.
— Hoje vou entrevistar…
— Não vai entrevistar ninguém! — digo asperamente. — Como disse, eu contrato os funcionários dos meus hospitais, vou mandar um dos meus cardiologistas daqui para aí!
Encerro a chamada, entro em contato com meus advogados, marcando uma reunião com eles após o almoço.
Fico tão irritado e tentando buscar ideias de como solucionar o problema, que nem almoço.
No horário marcado os advogados vem até aqui e com meu pai temos uma conversa para solucionar o problema, irão atrás da vítima, tentar um acordo para não processarem o hospital. Daremos toda a assistência necessária a ele e sua família. Meu pai acredita que eu mesmo devo ir falar com essa família, saber o que realmente aconteceu e entrar num acordo, pois assim serei mais humanitário, acabo concordando.
Ao sairmos da sala, todos os cardiologistas estão a nossa espera, inclusive meu irmão. Seguimos para a sala de reuniões, assim que todos se acomodam dou início ao assunto principal, explico-lhes a situação e um será mandado para Canela.
— Alguém se prontifica? — pergunto e todos olham uns nos outros.
— Eu vou! — diz Augusto.
— Irmão, não precisa… é o dono e...
— Eu quero! Me formei para salvar vidas, ajudar quem precisa… se estão precisando nessa cidade, faço questão de ir!
Sinceramente, não gostei dessa ideia, não gosto de ter meu irmão tão longe. Encerro a reunião dispensando os outros profissionais e ficamos apenas eu e Augusto.
— Porque quer ir? Não tem obrigação, só te chamei para essa reunião, porque também é cardiologista e não quis fazer diferença, mas não concordo com você trabalhando longe!
— Cara, deve ser o quê?… de duas a três horas até lá, não vejo problema nenhum nisso! Tenho obrigação de salvar vidas, me formei para isso e se não faz diferença entre mim e os outros funcionários, não sei por qual motivo ficou assim!
— É o meu irmão e não gosto que fiquemos separados…, sabe que depois que a nossa mãe morreu, só temos um ao outro+
— Tem o papai e a Lá!
— Sabe o que quero dizer!
— Cara, sempre estarei por perto, posso ir e voltar todos os dias!
— Você que sabe! — digo organizando os papéis na pasta.
Não sei esconder quando algo me incomoda.
Percebendo que não fiquei bem com isso, decidi me deixar sozinho.
… Hoje o dia foi tenso, preciso sair para beber!…
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Atualizado até capítulo 122
Comments
Josigg Gomes Galdino
É bem capaz de encontrar a Paola e transar com ela, ela vai enlouquecer, quando ele conhecer a Olívia e se apaixonar por ela, vai querer compromisso, e não vai querer perder as mordomias, que esse idiota lhe dar
2025-03-21
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Josigg Gomes Galdino
Não é só porque ele é um dos donos, que não pode ir, e porque quer , o irmão por perto, lá Augusto vai conhecer a flora e menina
2025-03-21
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Josigg Gomes Galdino
É o que você pensa, é só aparecer outra, que te chame a atenção, que a cobra dá o bote
2025-03-21
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