Capítulo 10: Teodoro Olívia

Teodoro…

Após conversar um pouco com a minha irmã Lavínia, subo para o meu quarto, tomo um banho demorado, me arrumo e vou responder alguns e-mails.

Paola manda mensagem querendo se encontrar comigo, acabo aceitando e combinamos de nos encontrar no restaurante e depois no bar Kiss night.

Esse bar fica no centro da cidade, além de ser muito bem frequentado, com música ao vivo, é de um casal de amigos, eles têm esse bar e um excelente restaurante na cidade. Fazem muito sucesso com seu restaurante, pela variedade em seu cardápio e por colocar pratos típicos de diversas cidades que conheceram ao longo de suas viagens. Cada sexta-feira, fazem uma noite especial de um país diferente, mas na última sexta-feira do mês fazem a do nosso país, hoje é a noite do samba.

Ao anoitecer, me arrumo e vou para o restaurante esperar por Paola, meu amigo senta-se por um tempo comigo e ficamos conversando, ele e sua esposa estão muito felizes, por estar grávida de seu primeiro filho.

Paola, começa a demorar demais, então peço a minha comida, pois uma hora de atraso é muita coisa e nem satisfação deu, odeio quando ela faz isso, gosta de fazer joguinhos para eu correr atrás, mas se esquece que eu não faço esse estilo de homem.

Meu amigo Bruno, me acompanha, me sinto mal, por ter que ajudar a sua esposa, e também não querer me deixar sozinho. Logo que termino o jantar, me despeço e vou embora.

Em meu carro, ligo para Paola, pede mil desculpas, pois o pneu de seu carro furou, quer que eu vá buscá-la. Obviamente cancelo a nossa saída, não vou para o outro lado da cidade atrás de mulher, sendo que posso ter qualquer uma que eu quiser, bem aqui onde estou.

Nem me despeço, encerro a chamada, desligo o celular e vou até o bar.

Ao chegar, o local está lotado, acabo esbarrando numa garota que estava de saída do lugar.

— Me desculpe! — diz ela.

Fico admirado com sua beleza, cabelos longos ondulados, lábios carnudos, olhos esverdeados, um corpo lindo, num vestido que o moldava muito bem, parecia até uma modelo com seu 1,75 de altura, mas com o salto, ficava um pouco mais alta.

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Olívia…

Saio escondida dos meus pais, deixando o meu quarto trancado.

Hoje eu quero curtir a noite, fazer algo que jamais fiz em toda a minha vida, ter novas experiências e esquecer que a minha vida toda foi uma verdadeira frustração.

Encontro com Lavínia na rua de trás, ela levou um vestido preto e maquiagem para que eu me arrumasse, paramos numa lanchonete e me arrumei, confesso que fiquei impressionada de como eu fiquei bonita, usando aquele vestido e maquiagem.

Fomos para o bar e Lavinia, não parava de falar do rapaz que conheceu e de como ele era lindo. Ela pediu bebidas para nós e alguns aperitivos, duas colegas da faculdade sentam-se conosco.

O rapaz a quem ela não parava de falar, entra no bar e Lavínia fica surpresa o olhando, porém, ele saiu do bar e ela vai atrás dele. Quando volta, diz que vai dar uma volta com ele, que volta logo e saí toda feliz.

— Vamos dançar, Olivia? — pergunta uma delas.

— Não, estou bem!

Elas vão dançar, fico apenas as observando, quando um rapaz se aproxima e fica me cantando, incomodada peço licença e sigo para o lado de fora para tomar um ar.

Esbarro num homem e quando vejo fico estática, tenho a impressão de conhecê-lo, mas não me recordo de onde. Ele é lindo, musculoso, com um olhar charmoso, peço desculpas e não disfarça seu olhar de cima a baixo, me deixando sem jeito.

— Eu que peço desculpas, estava distraído! Posso te pagar uma bebida, para me desculpar?

— Aceito!

Nos sentamos no bar, ele pede dois whisky e fico apreensiva, pois nunca tomei e Lavínia diz que é muito forte.

— Qual o seu nome? — pergunta ele.

— Olivia...

— Teodoro…

— Teodoro Beker? — pergunto lembrando de onde o conheço.

— Sim!

Não o conheço pessoalmente, mas assim que diz seu nome, me recordo que sempre está nas capas das revistas por ser mulherengo, sua vida é sempre exposta por ser dono do hospital.

Eu não sei se fico tensa, ou aliviada de estar perto dele, por um lado é irmão de Lavínia, mas por outro fico preocupada de acabar com meu rosto estampado na capa de uma revista.

— Algum problema?

— Não sei se é um problema…, mas, sua fama não é a das melhores!

— Conversa!

— Ah, por favor! Vai dizer que as fotos com diferentes mulheres é montagem?

— Não, mas alguns fatos eles aumentam e em outros inventam! Não sou um homem volúvel, como todos pensam!

— Me convença! — digo divertida e ele sorri.

— Os paparazzi exageram! Para falar a verdade, nem gosto de ser o assunto da semana, é muito chato ter a vida invadida e não ter liberdade de fazer o que quero, sem me preocupar com o que vão falar! — diz e sinto verdade em suas palavras.

— Te entendo! — digo lembrando dos meus pais. — Está tudo bem? — pergunto, notando que não, falaria algo do tipo para alguém que não conhece.

— Nada de mais!

— Se quiser falar…, sou excelente ouvinte! Às vezes, precisamos conversar com alguém! Ou é importante demais, que não possa desabafar?

— Que tal irmos para um lugar mais tranquilo?

— Lugar?

— Tenho um apartamento aqui perto, está em reforma, mas já dá para ficarmos a vontade, longe dos holofotes!

Sei que posso me arrepender, mas hoje estou para cometer loucuras, sei que esse convite, não é apenas para uma simples conversa.

Teodoro, é um homem lindo que chama a atenção de todas as mulheres, as nossas colegas de faculdade, ficaram nos observando, mas pude perceber a inveja em seu olhar.

— Está bem, eu aceito!

Nem chegamos a tomar a bebida, ele paga e saímos com sua mão pousada em minha cintura, aquele simples toque, me arrepiou dos pés a cabeça. Abre a porta para eu entrar e vai para o seu lado do motorista.

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