Capítulo 15

ELINA

Um quarto que servia como escritório, isso poderia descrever o quarto do duque. Havia uma cama no centro do quarto, enquanto do lado direito uma mesa de madeira coberta por pilhas e pilhas de documentos. O duque me surpreendeu usando óculos, o que o tornava ainda mais atraente.

Edward — Por que não esperamos uma semana? Assim eu posso acompanhá-la — mexe em alguns papéis em cima da mesa.

— Você ainda se preocupa quando eu saio sozinha?

Edward — Não ver a esposa partir seria tão doloroso — suspira fundo enquanto estava sentado na poltrona do seu quarto.

— Ainda não somos casados e você já me chama de esposa? — tento esconder minha risada; ele às vezes parecia uma criança de três anos.

Edward — Ainda não, mas iremos em breve. Tens que acostumar com a ideia.

— Se você está tão preocupado, você poderia fazer algo por mim, Oh grande brilho do império? — sabia que o irritava quando o chamava por esse apelido, mas nunca me cansava de ver sua reação.

Edward — Sim, minha noiva — beija minha mão.

— Me encontre na mansão Woods ao final de três dias — sussurro em seu ouvido como se fosse o maior segredo.

Edward — O que?! — se surpreende — Desembucha logo o que você está aprontando? — enrola seus dedos nos meus cabelos negros.

— Se o própria grã-duque viajar de surpresa para a mansão Woods, isso vai enlouquecer os servos e também os parentes intrometidos e chatos. Não seria divertido?

Edward — Esse é o único motivo? — pergunta parecendo decepcionado com a resposta.

— E saber que você irá me buscar, vai me ajudar a me manter firme — digo por fim e saio ruborizada.

(...)

Fico olhando para meu prato enquanto penso na última vez que vi meu noivo. Concordamos que ele viria me buscar, porém meus dias estavam sendo muito entediantes. Olhar para a cara dessas pessoas era o cumulo.

O que me distraía mesmo era o humor ácido da guia do ar. Ela era muito engraçada e estava me ajudando a drenar minha mana, apesar de termos sido interrompidas pela loira oxigenada. Havia doze pessoas à mesa, muitos convidados e apenas três parentes sanguíneos do duque Woods.

Diana — A notícia do falecimento do duque foi mal propagada, mas mesmo assim muitas pessoas chegaram — comenta a marquesa.

— Meu pai, apesar de ser menosprezado por vocês, querida prima, era muito conhecido por mudar as táticas de guerra e até inventar um poderoso golpe de espadas. — olho fulminante para ela, a mulher sempre quis estar por cima.

Diana — Oh, mil perdões! Não quis dizer dessa forma, só fiquei impressionada. — finge ficar ofendida.

Elizabeth — Embora o renome de minha irmã seja um fator importante — sai em defesa da marquesa — Tenho certeza de que isso se deve, em grande parte, à sua popularidade.

Ofélia — Minha menina só fala coisas adoráveis — toca suavemente a bochecha de sua filha mais nova — Muitas vezes penso como fomos afortunados de tê-la como prometida do príncipe herdeiro.

— Não entendi o que você insinuou, irmã? — paro de comer — Minha popularidade?

Elizabeth — Sim, minha irmã ficou extremamente popular, pois após o príncipe da coroa te dar um fora, logo depois você anunciou o noivado com o duque. — me encara. — O boato que surge é que você é uma caça dotes; todos ficaram curiosos em saber como era o rosto da maga interessaira.

— Engraçado que não faz muito tempo alguém quis trocar de noivos comigo — cruzo os braços. — Nossa mãe querida sabe que você tentou beijar meu noivo?

Ofélia — Como assim? Isso é uma acusação muito grave! — grita comigo. — Quer acabar com a reputação de sua irmã?

— Nunca tive tal intenção, entretanto, acredito que ninguém aqui seja tolo o suficiente para me acusar de falsa alegação, para saber quem eu sou.

Diana — Oh, meu Deus, Elina, por favor perdoe sua irmã, afinal ela será futura princesa herdeira. — tenta amenizar a situação, pois todos os convidados à mesa parecem ter começado a dar mais importância às minhas palavras. — Acho que o novo posto de noiva do duque subiu à sua cabeça, e acha que devemos dirigir a você exclusivamente como "sua graça, a grã-duquesa Millaner"?

— Sim, eu ficaria muito grato se fizesse isso. — bebo um gole de água e olho letalmente para ela. — Marquesa Kalien. — a coloco em seu lugar e a mesma se cala, e saio da mesa, o jantar de qualquer maneira não iria mais descer.

Saio e volto ao jardim. As pessoas tinham ido embora, e a neve estava começando a cair; finalmente o inverno tinha chegado. Passos atrás de mim entregaram que alguém vinha em minha direção. O barulho de saltos afundando na neve me fez perceber quem era.

Elizabeth — Gostou de me provocar após passar tanto tempo longe de casa? — a garota parecia que gostava de me desafiar a todo momento. Após uma discussão, já emendava outra.

— Eu não provoquei ninguém, apenas me defendi. — respirei fundo; nem no enterro do próprio pai ela respeitava. — O que quer de mim, Beth?

Elizabeth — Esse colar, onde você conseguiu? — aponta para o colar de rubis que ganhei do duque como presente de noivado. De fato, era uma peça rara, mas algo tinha por trás de seu interesse.

— Meu noivo me deu, mas o que tem a ver com essa conversa?

Elizabeth — O dê para mim, quero um desses. — fica fascinada pelas pedras que estão em volta do rubi.

— Isso me pertence, não o darei. — me afasto rapidamente.

Elizabeth — Vai me dar, sim. — pula em cima de mim, e eu a empurro, fazendo-a se cair no chão.

— Por que estou destinada a sempre ser a vilã dessa história? — falo comigo mesma. — Mas por que está criando uma cena? Quer me tornar a pessoa errada?

Elizabeth — Se não me der por bem, vai me dar por mal. — joga um frasco no chão e começa a subir um ar tóxico, me fazendo tossir.

— O que é isso? — questiono, detectando alguma falha.

Elizabeth — É incenso demoníaco. — dá uma risada tenebrosa. — Tem a capacidade de sugar sua mana vital. — apita um apito, e lobos aparecem. — Meninos, façam bom proveito do jantar de vocês.

É assim que irei morrer, virando comida de lobos? Minha magia não estava funcionando, não consegui chamar Amália, o duque estava muito longe. O que me restava era correr pelo bosque, pois a mansão tinha desaparecido, talvez aquele incenso tivesse criado uma ilusão.

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