Evelyn...
Confesso que ouvir a voz grossa de Luis Henrique contando sobre Brutus, me deixou toda arrepiada, não faço ideia do que está acontecendo comigo. Não vou mentir, que fiquei apaixonada por Brutus, nunca fui de gostar de animais e ele foi o primeiro animal em toda a minha vida que tive contado.
Bruna nos dispensa das outras atividades para tomarmos um banho e nos arrumar, pois depois do almoço iremos até a cidade comprar roupas.
Enquanto Alyssa toma banho, sento no chão para descansar um pouco, meu corpo estava todo dolorido e meu estômago roncando de fome. Decido fazer algo enquanto ela está no banheiro, vou até os armários e encontro macarrão, coloco a água para ferver e vou até a enorme horta que fica ao lado da nossa casa, pego cheiro verde e volto rapidamente. O macarrão cozinha e o faço alho e oléo, com cheiro verde.
— Nossa que cheiro bom!
— Fiz um macarrão!
— Parece delicioso, estou mesmo morrendo de fome!
— Vou tomar banho, me espere!
Entro no banheiro, retiro as minhas roupas e entro debaixo do chuveiro, lavo os meus cabelos e quando termino de tirar o shampoo dos cabelos, ainda com os olhos fechados pego o sabonte. Acho muito estranho, pois parecia mole e muito gelado, mas como tudo aqui é diferente não levo em consideração. Levo um susto quando a água fica fria, ao abrir os olhos o susto é ainda maior, grito desesperadamente ao me dar conta de que seguro uma rã na mão. Alyssa entra no banheiro segurando a toalha nas mãos e grita comigo ao ver a rã, a jogo no chão, pego a toalha me enrolo e saimos correndo do banheiro. Esbarro numa enorme parede de músculos que segura a minha cintura. Afago meu rosto em seu peitoral e não quero nem olhar aquele bicho nojento e frio, choro tremendo de medo. Seguro tão firme a sua camisa e o puxo para mais perto, que dava a impressão que queria entrar dentro dele. Eu reconheci o seu cheiro, sabia quem era, mas não me importava, apenas queria me abrigar.
— O que aconteceu? — pergunta ele com uma voz falha.
Sim, estou abraçada a Luis Henrique.
— Tem uma rã no banheiro! — diz Alyssa.
— Todo esse escândalo por conta de um bichinho inofensivo? — pergunta com uma voz diferente, rouca e falha.
Irritada e indgnada, me afasto.
— Eu quase esfreguei aquele bicho no meu corpo! E vem me dizer que estou sendo escandalosa?! — digo entre os dentes.
— Coitado do bichinho, deve estar assustado com essa gritaria toda!
Ainda com as mãos em minha cintura, o empurro.
— Seu escroto, cafajeste! Além de me chamar de escandalosa, se aproveita da minha fragilidade para me agarrar!
— O que?! Te agarrar? Foi você quem me agarrou sua maluca!
— Maluca é a... — cerro os lábios e os punhos para não dizer nenhuma besteira. — Pode tirar esse bicho do banheiro, seu cafajeste?
— Agora eu sou o cafajeste? Se insinua pra mim de toalha e ainda me ofende?!
— Seu imbecil, eu estava com medo e nem vi que era você!
— Quer dizer que se esfregaria desse jeito em qualquer um? — pergunta entre os dentes, parecendo irritado.
— Qualquer um que não fosse um grosseiro, bruto como você!
— Vamos parar com essa discussão boba! Rick, tire a rã de lá! — diz Samira.
— Eu? Eu não! Ela que peça para qualquer um que não seja grosseiro e bruto como eu!
— Quer saber? Isso mesmo que farei!
Esquecendo de que estava enrolada na toalha, vou em direção a porta, quando estou saindo sinto um forte aperto em meu braço me puxando de volta para dentro, uma corrente elétrica percorre meu corpo. Luis Henrique me coloca sentada no sofá.
— Eu vou tirar, fique quieta ai! — diz entre os dentes.
Ele vai até o banheiro e retira a rã, com a ajuda de uma pazinha, volta e diz que podemos ficar tranquilas que levou o animalzinho para bem longe dali. Alyssa agradece, já eu vou para o quarto sem olhar para a sua cara.
— De nada! — grita ele.
Assim que ele e Samira vão embora, Alyssa entra no quarto.
— O que foi que aconteceu aqui?
— Tinha uma rã no banheiro e...
— Engraçadinha! Eu percebi o olhar de vocês dois, e essa briga desnecessária?!
— Não fale besteiras, Aly! Vou terminar meu banho para almoçarmos!
Tomo um banho rápido, olhando para todos os lados, confirmando que não havia mais nenhum bicho.
Logo que termino, coloco um vestido simples me junto a mesa com Alyssa.
Ela havia preparado a mesa, e havia um prato com carne e uma jarra de suco.
— Foi Joana que trouxe! — diz percebendo a minha curiosidade.
— Que simpática!
— Não é! Está tudo bem?
— Tirando o trauma de quase ter passado um animal no meu corpo, estou bem!
Alyssa sorri.
— Ri mesmo, é porque não foi com você!
— Desculpa!
— Quero ir pra nossa casa!
— Eu também, mas teremos que ser fortes, agora!
Almoçamos em silêncio, depois retiramos a mesa, ela lava a louça e eu seco.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Karen Karoline
tá com ciuminho, tá com ciuminho 🤣🤌🏽
2025-02-16
1
Karen Karoline
kkkkk gente ri horrores
2025-02-16
0
Helena
ahhhh tbm tenho pavor desses bichos.kkkkkk
2025-02-15
1