Capítulo 10

Narradora...

São levadas para um dos quartos, para terminarem a conversa e decidir o que farão com elas.

As jogam em cima de uma cama e trancam a porta assim que saem.

Alyssa chora compulsivamente, enquanto Evelyn tenta se desamarrar.

Assim que consegue se desamarrar, tira a mordaça de sua boca, desamarra suas pernas e ajuda Alyssa a se soltar.

— O que faremos? — sussurra Alyssa, secando as lágrimas.

— Temos que fugir!

Elas procuram um lugar para fugir, mas todas as saídas são muito pequenas. Escutam passos, Evelyn faz sinal com o dedo para que sua irmã faça silêncio, pega um vaso que havia numa mesinha e fica atrás da porta. Logo que o homem entra no quarto, Evelyn quebra o vaso na cabeça dele, o fazendo perder a consciência.

— O que está fazendo, Evelyn? Vamos sair daqui, antes que mais alguém volte! — diz, enquanto Evelyn procura algo na roupa do homem.

— Estou procurando um celular, vou ligar para alguém!

Assim que encontra, liga para Luis.

Ele pede para que ela deixe o celular ligado para que rastreiam onde estão, manda elas se esconderem em algum lugar, porém ao ouvirem alguém se aproximando saem correndo.

O iate está repleto de bandidos que as perseguem.

Quando um deles, as encontra, Alyssa acaba caindo.

— Levanta! — diz ajudando sua irmã.

Ao tentar se levantar, os homens alcançam elas. O delegado se aproxima.

— Pensaram mesmo, que podiam fugir?

— Façam o que tem que ser feito! — diz o delegado.

— O que vão fazer com a gente? — pergunta Evelyn.

— Por favor, deixe a gente ir! — implora Alyssa.

— Sabem de mais! Não posso deixar vocês viverem!

— Não vamos contar nada para ninguém, apenas nos deixe ir... por favor!

— Não posso confiar em ninguém, se alguém descobrir sobre nós, muitos poderosos vão cair, a nossa vida nunca estará nas mãos de ninguém!

— Não pode relevar dessa vez? São jovens ainda e... — diz o deputado chegando.

— Não temos culpa, se estavam no lugar errado na hora errada!

— Não tem consciência?

— Consciência é para os fracos, deputado! Essas duas, tem parentesco com o diretor do FBI, sabe o que pode acontecer se derem com as línguas nos dentes.!

— Não vamos dizer nada! Não temos nada com isso! — diz Evelyn.

— Já ouviram falar que o seguro morreu de velho?! — diz com sarcasmo. — Já sabem como fazer, tudo tem que parecer que foi um acidente!

Os homens, as levam de volta para o quarto, Alyssa não parava de chorar, Evelyn tentava soltar-se, no entanto, era mais forte que ela.

— Tirem o restante das coisas do porta-malas! — diz um deles. — Depois Coloquem elas lá dentro do carro!

Colocam um pano na boca delas, fazendo com que percam a consciência, a deixam num quarto e começam a limpar todo o barco e o porta-malas do carro de Matt. Não deixando nenhum vestígio, colocam o corpo do deputado no porta-malas do carro.

Logo que terminam de limpar todo o local, levam elas para o carro, colocam Evelyn na direção e Alyssa no banco do motorista ao seu lado, soltam o freio de mão e empurram o carro, o fazendo cair na água.

Evelyn acorda antes do carro cair, porém, está meio zonza e quando se dá conta do que está acontecendo, já estão dentro da água.

Desesperada, olha para a sua irmã e tenta acordá-la, mas é inútil. A porta do seu lado está emperrada a impossibilitando de sair, desferi socos no vidro, então ela tenta abrir a porta do lado de onde sua irmã está, assim que consegue retira o seu cinto e o da sua irmã, com um pouco de dificuldade a puxa para fora do veículo.

Ao chegar no alto exausta, olha para todos os lados e para o seu desespero não tem ninguém que possa ajudá-las.

— Por favor, Alyssa... por favor não pode morrer! — diz entre lágrimas.

Evelyn vê quando carros estão chegando no local, por mais que tenha medo de que seja os bandidos, não pode deixar que sua irmã morra. Grita desesperadamente por socorro, então vê que é Luis, os homens pulam na água e as ajudam.

Luis e um policial iniciam o procedimento de primeiros socorros, Evelyn assisti tudo ajoelhada chorando. No meio do desespero, faz uma promessa de que se sua irmã viver, nunca mais vai entrar em encrencas.

Alyssa tosse, cuspindo toda a água.

Evelyn a abraça e chora compulsivamente.

— Precisamos levá-las para a delegacia!

— Não pode, vô! Por favor... eles vão tentar nos matar de novo!

Se olham espantados.

Seguem para os carros e Evelyn conta tudo o que sucedeu-se, desde o momento que chegaram até ao acordar dentro do carro.

— Nos leve para um local seguro no departamento do FBI, já ligue para o promotor também! — diz Luis, para o seu colega.

— Sim, senhor!

— O que vai acontecer, com a gente?

— Não se preocupem com isso agora!

Luis, faz algumas ligações importantes durante o caminho, estão tão abaladas que nem se atentam a nada.

Assim que chegam, há vários homens.

Assim que descem do carro, as cobrem e encaminham para uma sala reservada. Uma policial leva roupas secas para elas e recebem ordens para ficarem ali.

Ambas estavam traumatizadas com o ocorrido, não deram uma só palavra.

Luis não sabia o que fazer, pois a única certeza agora, era que as duas teriam que entrar no programa de proteção a testemunha. Tudo que viram e ouviram, entregaria todos os corruptos acima deles, porém um detalhe importante, tudo isso as tornavam alvo dos bandidos.

Se souberem que estão vivas, provavelmente serão alvos de matadores de aluguéis, que trabalham para esses poderosos. Enquanto não conseguirem prender todos, elas não estariam a salvo. Sua melhor opção, seria o programa de proteçãoa testemunha, pois envolver máfias poderia prejudicar o FBI. Continuam sendo investigados pela suposta ajuda a máfia, num caso há algum tempo.

Com a chegada dos promotores e o juiz, passam a madrugada toda reunidos, enquanto elas permanecem trancadas na sala.

Fabrício e Aline, estavam preocupados com suas filhas, pois ainda não haviam chegado. Ambos sentiam uma angústia, um pressentimento ruim desde que saíram de casa.

Ligaram para a polícia, mas tinham que esperar vinte e quatro horas.

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