Capítulo Dezoito

Barbara

Estávamos quase terminando quando vemos Crystal e Elena entrarem.

— Oiê meninas, nossa que cheiro maravilhoso é esse? — Elena vem em direção a cozinha.

— Nossa tá bom mesmo em — diz Crystal.

— Oiê gatinha, como vocês estão ? — falo abraçando Elena e indo em direção a Crystal para abraçá-la.

— Estamos bem, minha pequena. — diz Elena.

— Oie tia, oiê Crystal. — Naty comprimenta elas.

— Estamos fazendo lasanha. — digo dando um sorrisinho.

— parece estar maravilhosa. — elena fala.

— trouxemos a sobremesa em. — diz Naty colocando uma travessa na bancada. — eu e minha mãe fizemos mousse de limão.

— Mentira? — Naty diz animada. — prima essa é a melhor sobremesa de todas.

— Já quero experimentar. — digo dando uma espiadinha.

— Cadê a Flávia ? — Crystal pergunta.

— Não sei, já era pra ela ter chegado. — diz Naty — ela tá meio distante esses dias, será que tá tudo bem ?

— Parece que ela tá se envolvendo com alguém, mas ninguém sabe quem é. — diz Crystal.

O almoço estava quase pronto, montamos a mesa e arrumamos tudo em cima da mesma.

Assim que terminamos, Flávia chegou.

— oie minhas piranhas favoritas, disse vindo pulando em nossa direção.

— demorou em vagabunda — Crystal vai em sua direção a abraçando.

— Tá abandonando nosso grupinho dona Flávia? — Naty pergunta cruzando os braços.

— Claro que não, é que estou resolvendo umas coisas. Estava com saudades de todas. — diz abraçando cada uma.

— Não liga pra Naty não, ela é ciumenta com as amizades. — digo dando risada. — Agora vamos comer meninas, estou morrendo de fome.

— Somos duas então. — Crystal diz correndo pra mesa.

Todas se sentaram à mesa e começaram a se servir.

Eu estava feliz de estar ali me divertindo com pessoas novas. Todos ali formavam uma família e isso era muito bom ver. Tenho certeza que Naty sempre se sentiu bem com todas.

— Meu deus que lasanha é essa, nunca tinha provado desta forma. — diz Crystal soltando um gemidinho de prazer.

— Nossa é verdade, minha filha. — diz Elena saboreando oque estava na boca.

— parabéns para as duas em, está incrível. — diz Flávia.

— obrigado meninas, mas a receita da lasanha e da italiana. — diz Naty.

— Mas fomos nós duas que fizemos prima, por isso está bom. — dei um tapinha no ombro dela. — obrigada meninas.

Terminamos de comer e ficamos conversando por um bom tempo. Pegamos a sobremesa e quando estávamos comendo Flávia correu pro banheiro do nada.

Fui atrás dela para ver se estava tudo bem e a mesma estava vomitando. Peguei seu cabelo para ajuda-la.

— Tá tudo bem Flávia? — perguntei.

— Tá sim Barbara, só um mal estar. — ela disse.

— Mal estar nada menina, conta logo o'que houve. — diz Elena.

E logo vejo que todas estão no banheiro.

— E que eu… tô… — ela não conseguia falar e vi lágrimas escorrerem por seu rosto.

— Ei, calma, não precisa falar se não estiver confortável. — digo ajudando a mesma a levantar.

— Flávia, você sabe que somos como irmãs, nós amamos você, e queremos o seu bem amiga. — diz Naty vindo e abraçando ela.

Assim todas fizeram também o'que fez Flávia chorar mais ainda.

— Eu estou grávida meninas. — disse e todas ficaram assustadas.

— Como assim Flávia ? — diz Crystal.

— Eu estava afastada porque estava ficando com um carinha no asfalto. — ela chorava mais ainda — só que assim que descobri a gravidez o mesmo surtou e mandou eu embora.

— Já me passa o endereço desse maldito que vou atrás dele. — diz Naty.

— Deixa ele lá meninas, eu não preciso dele pra cuidar do meu bebê. — ela diz secando as lágrimas.

— Isso mesmo Flávia, você tem as meninas que são pessoas que amam muito você, então fica tranquila. — digo abraçando a mesma. — e pode contar comigo sempre também, tá bom. — dou um beijinho na testa dela.

Todas ficaram do lado dela, conversamos bem sobre tudo, até marcamos quem iria com ela nos ultrassons, estava sendo uma tarde incrível.

As meninas estavam assistindo tv, então decidi ir lavar louça e Elena me acompanhou.

— Você vai amanhã na minha casa Barbara? — pergunta Elena.

— Vou sim, posso ir que horas ?

— Pode ir para o almoço, aí ficamos conversando. — ela diz pegando o pano de prato.

— Já estou ansiosa para saber um pouco mais sobre minha mãe. — digo animada.

— Seu pai não fala muito dela ? — ela pergunta.

— Fala sim, mas só sei que ele era apaixonado loucamente por ela, e quando ela faleceu ele preferiu ir embora. Até hoje ele sofre com a morte dela. — digo ficando um pouco triste.

— realmente ele era, e ela também era por ele. — ela disse abaixando a cabeça. — depois que sua mãe foi embora, ela sempre falou comigo sobre o bebê e tudo, ela veio me visitar várias vezes e ficávamos conversando. A única coisa que não entendia foi o afastamento dela com a irmã.

— Que estranho, mas acho que nem posso falar nada sobre, porque nem minha tia eu conheci.

— as duas eram pessoas muito boas, sinto falta delas. — diz Elena e vejo uma lágrima correr por seu rosto.

Vou até a mesma e abraço ela.

— Deve ser difícil perder pessoas que amamos.

— e muito minha menina.

Ficamos ali abraçadas por um tempo, se soltamos e continuamos limpando as coisas.

— você e meu filho ficam lindos juntos, sabia ? – nesse momento quase me engasguei.

— Somos só amigos Elena, mas ele é uma pessoa bem legal. — digo e a mesma me encara.

— Uma mãe sabe quando o filho gosta muito de algo dona Barbara. — ela dá risada.

Aquilo me deu um arrepio pelo corpo, não queria me envolver com ninguém, mas não podia negar que o Vitor de alguma forma me dava uma sensação estranha.

— Acho que não deve ser nada. — digo rindo.

— Vamos ver então. — ela ri.

Quando eram umas 18h as meninas já haviam ido embora então decidi ir tomar um banho e dormir, estava bem cansada.

Assim que deitei na cama apaguei.

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