Capítulo Nove

Barbara

É sério mesmo que aquele filho da puta me enforcou, tudo bem que passei dos limites porque estava nervosa, mas elas estavam erradas, só porque a vadia dá a buceta pra ele, agora quem tem que apanhar sou eu. Deveria ter matado ele ali mesmo, esse merda, que liderança de merda, não sei como o morro dele ainda tá de pé.

— Prima pelo amor de deus, você não pode mais fazer isso, ele podia te matar Barbara. —Naty diz toda preocupada.

— desculpa Naty, eu fiquei nervosa com aquelas três. — falo olhando pra ela me sentindo arrependida.

— Eu sei prima, você pode se defender, mas não pode falar daquele jeito com ele, ele é o dono disso tudo e pode matar qualquer um. — realmente ela tinha razão. — já pensou se você morresse, seu pai me matava. — ela estava apavorada.

— calma prima já passou, vamos descansar que mais tarde você esfria a cabeça. — falei ajudando ela a subir até o quarto dela.

— tá bom, eu vou dormir, me acorda 20h tá bem ? — disse com uma voz triste.

— prima, olha aqui. — parei e olhei para ela — desculpa mesmo, vou ficar mais tranquila e vou até fingir que ele não existe tá bom ? — sigo dando uma risada.

— você é doida, sabia? — Naty fala me abraçando e dando risada — vamos descansar agora, que a noite tem bailão.

— vamos sim — dei um beijinho na testa dela e desci pra cozinha de novo.

Peguei um pouco de água e me sentei no sofá pra relaxar um pouco. Não deu nem cinco minutos sentada e alguém bateu na porta. Me levantei e fui devagar até a mesma. Assim que abri fiquei até sem acreditar.

— o'que você quer ? — perguntei olhando pra ele.

— posso falar com você ? — diz carioca com semblante sério.

— pode né. — disse dando passagem para ele. — se caso for me matar, deixa eu pelo menos ligar para meu pai pra se despedir. — digo em um tom irônico.

— Está muito engraçadinha pro meu gosto. — falou se sentando no sofá.

Me sentei do lado dele e fiquei olhando esperando ele falar algo.

— Naty tá lá em cima ? — ele perguntou.

— Sim, ela tá dormindo, ficou mal com a situação, ela achou que eu ia morrer. — falei dando uma risadinha pra ele.

— olha vei, vim aqui te pedir desculpa, mas se não tá merecendo não. — falou me encarando.

— ok… ok não está mas aqui quem falou. — levantei as mãos em rendição. — Pode falar, tá.

— se me estressa garota, serião.

— pode ser um dom. — dei risada — parei.

— foi mal por te enforcar, não gosto disso, e que realmente você me deixou nervoso. — falava olhando fixamente em meus olhos.

Olha eu não tinha problema com isso, apanhei muito na minha vida até aqui, ser mulher no meio da máfia não é fácil, ainda mais com as pessoas sabendo que sou a próxima a ser chefe da maior máfia da história, tive que me preparar até aqui, desde quando era pequena, já apanhei, já fui torturada, já matei, eu não era uma simples mulher.

— fica em paz Carioca, você só está fazendo seu trabalho. — falei colocando uma de minhas mãos em sua coxa e dando um tapinha. — eu estava nervosa também e acabei sendo ignorante com você.

— me desculpa mesmo ? — ele realmente estava arrependido. — nunca mais vou tocar a mão em você, falou?

— Eu desculpo sim, e fica tranquilo.

— e vem cá onde se aprendeu a lutar daquele jeito, se derrubou três mina caralho.

— eu fazia luta na itália, desde que eu era criança.

— agora eu entendi, deu uma surra nas mina — diz dando risada.

— Fiz nada. — ri também.

Nem percebi, mas ainda estava com a mão na coxa dele e quando olhei o mesmo percebeu dando um sorrisinho safado. Olhei pra ele e ele também me olhou e ficamos ali olhando um pro outro.

Ele era lindo, e seus olhos também, eu tava quase pulando em cima dele mais tinha que me controlar.

Estava tão afundada em meus pensamentos que nem percebi quando o mesmo se aproximou colocando seus lábios no meu, nem pensei duas vezes e dei abertura pro beijo e meus amigos que beijo, aquela boca carnuda, ele começou com um beijo lento mas logo aprofundou pra algo mais desesperado, uma de suas mãos estava em meu cabelo, senti meu corpo se inclinando e minhas costas encontraram o sofá macio. Minhas mãos foram até seu pescoço o puxando para mais perto. Ficamos sem ar e paramos o beijo, ele olhava pra mim com desejo, o puxei novamente para mais um beijo, dessa vez ele me pegou no colo e me colocou sentada em cima dele.

Senti uma de suas mãos apertar forte minha bunda o'que me fez soltar um gemido em meio ao seu beijo. Ele parou de me beijar e foi chupando de leve meu pescoço o que me fez arrepiar todinha.

— Caralho italiana, você é gostosa demais. — sussurrou em meu ouvido.

Na hora levantei sua camiseta tirando a mesma, e mordi os lábios ao ver aquele corpo, passei minhas unhas pelo seu abdômen, oque fez ele soltar um gemido.

Aquilo tava ficando bom, mas lembrei que não podia fazer aquilo. Me levantei rápido e vi ele ficar com uma cara de assustado.

— Fiz alguma coisa po ? — perguntou se levantando ofegante.

— não Carioca. — falei me afastando. — acho melhor a gente não fazer isso.

— porque não? — perguntou sem entender. — Você tava mostrando que estava gostando.

— eu estava, mas é melhor não, não quero ser mais uma marmita sua e outra você tem a Sthefany. — que merda eu tava falando, eu queria sim foder com aquele homem ali e agora, aí como sou idiota.

— Ta Barbara, se você acha que eu ia fazer isso com você, é isso então. — ele fechou a cara, pegou a blusa. — e outra a porra da Sthefany, não é nada minha. — virou as costas e bateu a porta.

Que merda, um lado meu queria correr atrás dele e puxar ele de volta pra dentro e o outro não deixava.

E eu acabei ficando, não sei oque era, mas fiquei chateada por aquilo. Mas tinha que ser forte, eu precisava aguentar até meu pai voltar para irmos embora de uma vez por todas.

Subi as escadas e fui até meu quarto, deitei na cama e apaguei.

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