Capítulo 17 Superando O Trauma

•Saimon•

Após ter pegado a mala no carro, entro em casa, e não vejo a minha mãe na sala. Será que já está lá em cima?. Não sei se fiz certo permitindo ela a passar uns dias aqui. Mas, a presença dela aqui, vai ajudar me manter na linha, e não ultrapassar os limites com Isabella.

Não posso fazer isso com ela, ceder ao desejo, ou seja lá o que for que sinto.

Aquele beijo foi tão intenso. Hmf!

Penso enquanto subo a escada e me deparo com a minha mãe, na porta do meu quarto que está aberta.

_ Onde está Isabella?

Pergunto ao não vê-la.

Núbia: Falou que iria para o quarto dela, algo assim...

Disse ela, desviando o olhar.

_ Estranho... Disse que esperaria por mim... Sobre o quê conversaram?

Pergunto com desconfiança ao ver como a sua expressão mudou de repente.

Núbia: Nada de mais... Me desculpei, e falei pra ela, que poderia contar comigo, como uma amiga. Apenas isso.

_ Tá bom, aqui está a sua mala... Sabe onde fica o quarto.

Falo, entregando a não tão pequena mala a ela.

Núbia: Sei exatamente onde fica. Obrigada por trazer, meu filho...

Disse ela.

_ Hff! Vou lá falar com Isabella.

Falo, e de imediato me viro e caminho rápido até a escada.

Núbia: Espere... Saimon!

Ouço ela me chamar, mas, preciso ver por mim mesmo se Isabella está bem.

Desço com pressa a escada, após sigo até o quarto dela. Já de frente a porta. Dou duas batidas, para informar que sou eu, e tento abri-la, mas, está trancada. Ela nunca tranca a porta, o quê será que aconteceu? Penso, me sentindo apreensivo.

_ Isabella... Trancou a porta? Está tudo bem?

Pergunto, me sentindo preocupado.

Isabella: Sim eu tranquei, mas, estou bem...

Ouço ela dizer, e sua voz está estranha. Como se estivesse chorando.

_ Pode abri-la? Precisamos conversar.

Digo, me sentindo culpado. Não deveria ter cedido ao beijo...

Isabella: Ham..?! Se é referente ao que aconteceu lá no seu quarto, é melhor esquecermos. Foi erro meu... Eu sinto muito! Me desculpa, não deveria ter pedido isso a você. Me desculpa, Saimon...

Disse ela, num tom de voz estranho.

_ O quê? Abra a porta Isabella. Precisamos falar com calma sobre esse assunto.

Digo, ao ouvi-la dizer que foi um erro dela?... Eu que não deveria ter... Hunf!

Isabella: É melhor não. Eu quero ficar sozinha agora...

_ Hunff! Tudo bem...

Digo, me sentindo um imbecil. Decerto ela deve estar arrependida do que houve entre nós.

E, se é de espaço que ela precisa agora, eu darei. Penso e subo novamente para o meu quarto.

As horas parecem que não passam!... A todo o momento a tenho nos meus pensamentos, o gosto dos seus lábios voltam na minha boca...

...Um tempo depois......

Desci e prepararei o almoço, e minha querida mãe, me fez companhia, falou o tempo todo que eu precisava de uma boa mulher, que gerencie a casa, sei que se referia a Denise. Mas, falei a ela, que contrataria uma boa empregada, algo assim... Eu não quero outra mulher... Penso eu, já tendo os meus pensamentos novamente em Isabella. Mas, talvez seja bom contratar alguém para ajudar nas tarefas de casa.

Já com o almoço pronto fui chamar por Isabella. E, de imediato disse estar sem fome, e não quis sair do quarto. Passou dia todo trancada lá dentro. Será que está chateada comigo?... Fui para o escritório, e passei o restante do dia preso nos meus pensamentos. E, a todo instante sinto o gosto doce dos seus lábios nos meus, e a sua voz vem na minha cabeça...

..."É melhor esquecermos. Foi erro meu... Eu sinto muito! Me desculpa, não deveria ter pedido isso a você. Me desculpa, Saimon'......

Ando de um lado a outro. Não sei porque estou-me sentindo tão chateado.

Afinal, pensei em dizer a Isabella, exatamente as palavras que ela disse pra mim. Que havia sido um erro! E, não iria se repetir... Mas, porquê estou me sentindo tão... Hunff!

...Algumas Horas Depois......

Minha mãe veio até a mim. Disse que estava pensando em chamar Isabella para tomarem um chá. A princípio pensei em dizer que não, mas, ela não havia comido nada o dia inteiro. E, eu já estava ficando muito preocupado com isso.

Então, disse que seria bom, que a minha mãe pudesse conversar um pouco com ela.

Ela sorriu, e saiu parecendo estar animada.

_ Hunf! O quê será que aconteceu com ela? Não pode ter sido por causa do beijo... Ou será que foi?

Digo para mim mesmo, pensando nela, me sinto confuso.

Ouço o toque do meu celular, pego de cima da escrivaninha e vejo que recebi uma mensagem de Fábio, me avisando que amanhã o detetive que pedi, entrará em contato comigo, e, ele também já está com o contrato de casamento.

Hunf! Após aquele dia que Isabella me perguntou por quanto tempo estaríamos casados, pedi à Fábio para redigir um contrato, no qual, ficaríamos casados por seis meses, e após seguiremos as nossas vidas separados, mas, poderemos ser amigos. Após o término desse contrato. Darei total respaldo a Isabella para viver uma vida tranquila e independente. Isso é o melhor a se fazer!

_ Vou lá dizer isso a ela. Quem sabe assim, não fique mais tranquila.

Falo, me levantando da cadeira.

Saio do escritório e sigo em direção a sala, e em seguida vou a copa, e vejo que elas não estão aqui.

Pra onde foram? Mal concluo os meus pensamentos e ouço a voz em desespero de isabella e percebo que vem da área externa. E, corro até lá...

...- Alguém! Me ajuda......

Ouço os seus gritos apavorados.

Isabella: Alguém Pôr favor me ajuda! Saimon!!

Ao adentrar a área, a vejo submergir as águas da piscina, e se debate tentando voltar pra cima.

_ Isabella!

Falo, ao vê-la imergir nas águas novamente. Meu coração bate rapidamente acelerado, não consigo sair do lugar. E, logo os meus pensamentos são tomados pelo momento em que encontrei o corpo sem vida de Keila flutuando nas águas do lago...

Isabella: Me Ajuda!! Saimon...

Ouço a sua voz me chamar, me tirando do transe em que estava e novamente a vejo submergir as águas.

_ Isabella! ....

Digo seu nome, ao voltar a mim.

_ Não! Ela vai se afogar!

Falo, já correndo em direção a borda da piscina, e salto para dentro. E, nado o mais rápido que posso, até chegar nela. Ao pegá-la, a trago para cima. Ela passa os seus braços em volta do meu pescoço, e se mantém agarrada a mim.

Isabella: Conf! Conf! Obrigada...

Ouço ela tossir em seguida ela me agradece.

_ Está tudo bem! Respira, bem devagar. Você vai ficar bem!

Digo, e respiro fundo, me sinto aliviado.

Isabella: Hmmmf! Saimon... Você entrou na água... Por mim?

Disse ela, e ergueu as suas sobrancelhas demostrando estar surpresa.

_ É... Eu entrei por você...

Falo, e, sorrio, enquanto olho para essa mulher, que acabou de me fazer superar o trauma no qual vivia há dois anos. E, finalmente me dou conta ao encarar dentro dos seus lindos olhos verdes. Eu poderia te-la perdido hoje. E, o que tenho feito? Negando o que sinto por ela, feito um idiota! Chega... Não posso mais Ficar preso ao meu passado. Pular dentro dessa piscina e ter salvado Isabella a tempo. Me mostrou que há sempre uma segunda chance... E, estou pronto para a minha...

Isabella: Me desculpa!

Disse ela, encostando sua testa na minha.

_ Pelo, o quê?

Pergunto com ansiedade.

Isabella: Por hoje... Eu estava-me sentindo muito confusa. Mas, de verdade. Não acho que o beijo foi um erro. E, não queria morrer sem que você soubesse disso...

Disse ela, suspira profundamente.

_ Eu também, não acho que foi um erro... Na verdade, eu gostaria muito de te beijar agora...

Falo, com os nossos nossos lábios quase se encontrando....

Isabella: Saimon... Hmf!

Fala o meu nome e mordisca levemente o seu lábio inferior. Acho que foi um convite... Penso, já alcançando seus lábios.

Núbia: Oh! Meu Deus!

...O Quê Houve Aqui?...

.........

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