Capítulo 16 Foi Um Erro?

§ Núbia §

Assim que subo as escadas, dou alguns passos até estar em frente ao quarto de Saimon. E logo a vejo sair pela porta do quarto dele.

Olhando para essa mulher! Parada na minha frente... Aceno com a minha mão em frente ao seu rosto. E ela nem sequer piscou. Hunf! Então é mesmo cega...

Penso, e logo me recordo de alguns dias atrás...

.........

Alguns dias, soube por Luciano, que Saimon há ia mesmo se casado com a tal de isabella. Então vim até aqui para confronta-lo nessa sua estúpida decisão.

Quando cheguei toquei a campainha. E, tão grande foi a minha surpresa ao ver essa mulherzinha aqui. Ela teve o atrevimento de atender a porta, como se fosse a dona desta casa. E, após eu ter questionado a presença dela aqui, o ingrato do meu filho, teve a ousadia de me expulsar daqui. Tudo por causa dela... Então, fui tomada pelo sentimento de muita raiva...

Tenho que me livrar dessa... Maldita! Cega morta de fome! O Quanto antes!

Pensei, enquanto buscava o meu celular, na minha bolsa de edição limitada da Lui Vuitton. O pegando liguei para o traste do Luciano. Hunf! Afinal não posso fazer tudo sozinha.

Depois de o que planejamos fazer. Essa cega morta de fome, nunca mais porá os seus pezinhos imundos aqui! Nunca Mais!

.........

...Ainda naquele dia....

...Uma hora depois....

O Ingrato do meu filho saiu em seu carro levando aquela mulherzinha com ele, e não havia retornado. E, nem ao menos sei para onde foram... Hunf!

Luciano chegou, e trouxe com ele, um pequeno relógio com uma câmera espiã, que continha um microfone. E, com isso pensamos assustar essa ceguinha, para que ela fosse embora daqui. Ao entrar no quarto, os meus olhos encontrou de imediato o simples relógio despertador no criado mudo que fica ao lado da cabeceira.

O substituí, e no lugar coloquei o que Luciano trouxe, esse tem uma câmera espiã, o posicionei de frente para cama. Saí e fomos embora...

Já na minha casa, vigiei o quarto dela, pelo aplicativo da câmera no meu celular o dia inteiro, e nada!. A noite, chegou e nem sinal da cega!

Já estava a ponto de perder a cabeça, pensando onde será que estavam, e se fosse tarde demais?... Será que ela estava no quarto do Saimon? Não é possível, eu vi o colchonete na sala. Não! Eles não dormiram juntos... Pensei, e logo os meus olhos a ver entrando no quarto, estava totalmente estranha, andou até a cama. E, assim que se deitou... Acessei o microfone da câmera. E, comecei a por o plano em prática.

_ Saía Dessa Casa! Ela É Minha! Ele Meu! Só Meu!

Falei, disfarçando a voz.

Isabella: Quem está aí? Pôr favor, eu...

Disse ela, se sentando rapidamente na cama, parecendo estar apavorada.

_ Ele é Meu! O Saimon é Meu! Meu Marido. E, não vou deixar que fique com ele. Vai embora Dessa Casa! Ou Vai Se Arrepender!

Isabella: Keila!

Grita ela assustada, e em seguida começa a chorar, abraçada as suas pernas.

_ Vá embora! Vá Embora!

Gritei por algumas vezes, tentando conter o riso. Pois estava muito divertido.

Isabella: Saimon... Saimon!

Começou a gritar pelo meu filho, em meio ao choro de desespero.

Então, decidi-me calar. Não poderia correr o risco do meu filho descobrir o novo relógio despertador.

E foi uma escolha acertada, em poucos minutos ele entrou no quarto.

Saimon: Isabella, estou aqui! O quê aconteceu? Teve um pesadelo...

Disse ele, e foi até ela, se sentou ao seu lado e a consolou. Até mais que isso. Hunff! Tive de presenciar meu filho dormir ao lado dessa cega!

Sorte a minha, que ele apenas dormiu...

.........

Pensei em repetir o susto, mas, Luciano me advertiu, que o Saimon poderia acabar visitando a cama dela de novo, e disse que era melhor esperarmos mais alguns dias.

.........

Foi uma acertada decisão.

Saimon não havia voltado ao quarto da cega, não até a dois dias atrás...

O vi entrar, enquanto ela estava no banho, ele foi até a porta do banheiro. Após saiu, minutos depois retornou com um balde. E, adentrou o banheiro, com ela lá dentro. Mas, não demorou e saiu vestido do mesmo jeito que havia entrado, já ela... Estava com roupão quando saiu.

Contei a Luciano, e nós dois decidimos dar um basta nessa situação. É óbvio que essa cega, está tentando seduzir o meu filho. Mas não vai conseguir!

.........

Essa ceguinha tem Atrapalhando os meus planos. Mas, agora vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho! Hunf!

_ Para que a pressa? Vamos conversar um pouco. Estou certa que vamos nos dar muito bem! Querida!

Falo, segurando o seu braço direito, enquanto sinto a raiva crescer em mim. E, tudo que sinto vontade é a de arrastar e a colocar pra fora da casa. Hunf!

Isabella: Ah! Sobre o quê quer falar? Senhora.

Pergunta ela, erguendo suas sobrancelhas.

_ Núbia... Querida! Só Núbia...

Digo, cerrando os dentes, essa mulher me dar nos nervos só no modo de falar, olhando para o nada com esses seus olhos mortos.

Isabella: Me desculpa. Núbia...

Disse ela, colocando um sorriso idiota em seu rosto.

_ Assim está melhor. Acho que começamos com o pé esquerdo. Acabei-lhe entendendo mal, por isso te peço desculpas.

Digo, e revirando os meus olhos.

Isabella: tá tudo bem...

_ Não querida, realmente sinto muito, por ser rude com você... Mas, de agora em diante gostaria muito que pudéssemos sermos amigas.

Digo, e após abro a minha boca, levando meu dedo indicador, faço o gesto de forçar o vômito. Até eu não acredito no que estou dizendo.

Isabella: ... Por mim tudo bem...

Disse ela, com um sorriso patético. como pode ser tão idiota assim? Rsrsrsrs.

_ Ah! Que tola que eu fui. Pensei que estava querendo pra se aproveitar da bondade do meu filho, algo assim... Ou até mesmo do meu filho estar te ajudando com outras intenções, você entende o que eu quero dizer?. Mas, havia-me esquecido que o Saimon, só pensa na keila.

Falo, olhando para ela, e vejo a mudança na expressão do seu rosto, ficou triste?. É evidente que está apaixonada por Saimon.

Isabella: Eu nunca me aproveitaria da bondade do Saimon. E, é ele nunca me faltou com respeito. E, também me falou sobre a keila. Que não entende o porque dela ter se matado. Isso é muito triste.

Disse ela, com uma enorme tristeza. Hum?! Então Saimon já falou sobre Keila... Hora de acabar com as suas esperanças de uma vez.

_ Ah! Muito triste mesmo querida! Pobre do meu filho. Jamais vai amar outra mulher além de Keila. Nunca haverá outra a ocupar o seu lugar no coração dele. Mesmo que já tenha passado dois anos que ela se foi, ele ainda a tem nos seus pensamentos. É uma pena! Hunf...

Digo, e vejo lágrimas se formando nos olhos da ceguinha. Rsrsrsrs!

Isabella: É mesmo uma pena...

Eu, preciso ir agora...

Disse ela, com os seus olhos mortos, cheios de lágrimas.

_ Tudo bem, vá. Querida! Conversamos depois... Hmf.

Falo, e um sorriso involuntário se alarga no meu rosto. Enquanto ela tateia as paredes em volta, e chega frente a escada, ando atrás dela. E penso, como seria fácil, a empurrar e fazê-la cair dessa escada... Não! Hoje não seria um bom momento. Penso, eu.

Logo, logo, essa mulher também vai sumir das nossas vidas!

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° Isabella °

Desço a escada, com certa dificuldade, me oriento pelo corrimão, ainda bem que tem um... Já alcançando o último degrau, respiro com alívio. E, sigo para o meu quarto. Assim que entro conto os meus passos, para chegar a cama, me jogo nela, já sinto as lágrimas molhando o meu rosto.

..."Saimon, jamais vai amar outra mulher além de Keila. Nunca haverá outra a ocupar o seu coração"....

Após ouvir da própria mãe do Saimon, que ele ainda ama a mulher morta, me sinto profundamente triste e sem esperança. E, mais do que óbvio que estou apaixonada por ele. Mas, eu sei que não deveria. Desde o começo, o Saimon foi sincero comigo, disse-me que a amava e sentia falta dela. Além disso, só me ver como uma garota cega que disse querer como 'amiga'. Eu deveria ir embora daqui. Penso, enquanto as lágrimas continuam molhar a minha face.

...Pouco tempo depois......

Ouço batidas na porta, e meu coração quase salta para fora do peito, ao ouvir a voz dele, me chamando.

Saimon: Isabella... Trancou a porta? Está tudo bem?

Pergunta ele, num tom de voz preocupado. Me levanto da cama, e em passos curtos chego a porta.

_ Sim, mas, estou bem...

Digo, enquanto as lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Saimon: Pode abri-la?. Precisamos conversar.

Ouço ele dizer, e em seguida respira pesado.

_ Ham..?! Se é referente ao que aconteceu lá no seu quarto, é melhor esquecermos. Foi erro meu... Eu sinto muito! Me desculpa, não deveria ter pedido isso a você. Me desculpa, Saimon...

Falo, tentando conter o choro que começa a ficar preso na minha garganta.

Saimon: O quê? Abra a porta Isabella. Precisamos falar com calma sobre esse assunto.

Ouço ele dizer, num tom de voz ansioso.

_ É melhor não. Eu quero ficar sozinha agora...

Digo, e suspiro profundamente.

Saimon: Hunf! Tudo bem...

Ouço ele dizer.

Volto a cama e novamente estou chorando feito uma idiota que eu sou...

.........

...Um Tempo Depois......

Permaneço no quarto, Saimon veio novamente, me chamar para almoçar com ele e a mãe, agradeci e disse que estava sem fome.

.........

Um tempo depois, na porta bateram de novo. Mas dessa vez era a mãe dele. Perguntando se eu queria ir tomar um chá com ela. Disse que o filho estava preocupado por eu não ter saído do quarto quase o dia todo. Agradeci e disse que estava bem... Mas, ela insistiu, sai e fomos juntas para uma área externa.

Contei os meus passos até chegar lá. Foram num total de 150 passos.

Ela me ajudou a me sentar na poltrona, ao lado sinto que tem uma pequena mesa passo minha mão por ela.

Núbia: Aqui está...

Disse ela, e em seguida pega em minha mão, e leva a alça da xícara com o chá.

_ Obrigada.

Digo e ergo até a minha boca, assopro por duas vezes e tomo um gole.

Núbia: Tem certeza que está bem? Querida...

Pergunta ela.

_ Estou sim. Esse chá é muito bom.

Falo, e tomo mais um gole, para evitar a conversar, afinal direi a ela que estou apaixonada feito boba pelo seu filho.

Núbia: Que bom que gostou é de...

Ah! Que cabeça a minha! Me esqueci de trazer as torradas. Me espere aqui, eu já volto.