Capítulo 05 Case-se comigo?

•Saimon•

Despertei, já tem um tempo. Assim que abri os meus olhos. Após dois anos, me vi numa cena que pensava que não voltaria acontecer depois de keila. Eu dormi ao lado de uma outra mulher.

Isabella...

Ainda a olhando, me recordo de como isso aconteceu..

_ O prazer é todo meu, Isabella.

Falei após desenhar com a minha mão o seu tão delicado rosto.

Isabella: Então, agora conseguiu entender, como é pra mim? É assim que eu vejo... Atravéz do toque, crio uma versão da sua imagem nos meus pensamentos.

Ouço a sua doce voz, e abro os meus olhos devagar. Estamos tão perto, que até respiramos o mesmo ar.

_ Eu... Rum.. Mh!

Digo, limpando a garganta, sinto a secura em minha boca, enquanto os meus olhos se vão aos lábios rosados dela.

_ Já está tarde...

Falo, olhando ao relógio no meu pulso, vejo que são 22h da noite.

Tem algum lugar, que queira que eu te leve?

Isabella: Hmmm. Pode me dizer como está o céu agora?...

Disse ela, com um leve sorriso em seu rosto, se abaixa e senta sobre a grama verde da praça.

_ O céu? Está escuro e brilhante...

Isabella: Hmmmf! Que lindo! Ainda parece que o vejo.

Quando menina, eu e a minha mãe, sempre íamos para o quintal da nossa pequena casa, a gente sentava na grama, adorava o cheiro que ela tinha, como se fosse cheiro de chá misturado a terra molhada.

Fala, enquanto sua mão desliza pelo chão, na grama.

Eu me deitava com a minha cabeça nas pernas da minha mãe. Enquanto olhava as estrelas dançante no céu.

_ Estrelas dançante?

Repito curioso, ao que ela disse, enquanto me sento ao seu lado.

Isabella: É, a minha mãe sempre dizia, que as estrelas brilhavam, por estarem dançado uma para as outras...

Disse ela, e se deita sobre a grama úmida com o sereno.

_ Sua mãe parecia ser muito divertida.

Isabella: É, ela era...

Disse e logo seus lindos olhos brilharam com as lágrimas formando neles. Decerto deve sentir muita falta dela.

_ O meu pai também.

Disse ela, e assim, passamos algumas horas, falando sobre a sua mãe e o meu pai. E, como eles eram pessoas incríveis...

E, adormecemos ali mesmo. Acordei com raios do sol tocando o meu rosto, trazendo incômodo aos meus olhos. E, quando enfim se acostumaram com a claridade, procurei com pressa por ela.

Que permanecia dormindo, com sua cabeça no travesseiro que fez com o meu paletó.

E, logo estou pensando, dormi no chão de uma praça?! Porque não a levei para, outro lugar, o restaurante ou um hotel...

...........

Isabella: Saimon!

Chama por mim, vejo em seu rosto uma expressão de medo? Talvez pensa que a abandonei aqui e fui embora.

_ Estou aqui...

Disse e de imediato a vejo dar, um dos se não o mais lindo sorriso que recebi.

Isabella: Bom Dia! Saimon...

_ Bom dia! Isabella.

Hmf! Ainda não acredito que adormecemos no chão da praça.

Digo, e me levanto, sinto o meu corpo doído, me estico todo tentando fazer os ossos voltarem aos seus lugares. Após pego em sua mão e a ajudo se levantar. Ainda bem que estamos em temporada de calor, se fosse no frio teríamos congelado aqui.

Isabella: Foi maravilhoso...

Disse ela, com certa animação.

_ Não se sente incômoda, por dormir no chão?

Isabella: Não! Estou bem... Muito mesmo.

Disse ela, e respirou profundamente enquanto um sorriso se colocou em seu rosto.

Franzo o meu cenho me sinto ainda mais intrigado com essa moça, ao ver que ela parece estar feliz por ter dormido num lugar como esse. E, logo o meu olhar vai em direção ao seu pescoço, e vejo que ainda há marcas nele. O que me faz lembrar do estado em que a encontrei ontem a noite.

_ Isabella, me diga estava fugindo de alguém? Era daquele rapaz... Foi ele, que te machucou?

Pergunto, e vejo seu sorriso se perdendo, e logo aquela expressão de felicidade e harmoniosa em seu rosto da lugar a uma expressão de medo.

Isabella: Não, não foi Kevin...

Disse parecendo ter se assustado.

_ Então, quem foi? Quem te agrediu Isabella...

Isabella: Foi...

Disse ela, parecendo está receosa em dizer. E, logo ouço um rugido vir do seu estômago.

Ah! Desculpa! Que vergonha...

Fala, aperta seus olhos, e vejo que ficou ruborizada, em seguida cobre seu rosto com suas mãos.

_ Não precisa se desculpar. Está com fome?

Falo, olhando para a hora no relógio em meu pulso. São 6h Da Manhã.

Isabella: Hum rum! Um pouquinho...

Disse ela, ainda corada.

_ Eu também! Vamos resolver isso agora mesmo. Você vem?

Pergunto e vejo na expressão do seu rosto, que está pensativa.

Me dá um voto de confiança, se não por mim, que seja pelo meu pai...

Isabella: Hum!?.. Tá bem...

Disse ela, oferecendo a sua mão para mim.

Pego em sua mão, e a guio até o meu carro, abro a porta para ela, e a ajudo a entrar, após fecho a porta do passageiro, entro ao lado do motorista e dirijo rumo a Cafeteria'.

...Mukli | Gramado...

Assim que chegamos, nos sentamos a mesa faço o pedido, após dizer o que havia no cardápio ela escolheu um chocolate quente e panquecas com doce de leite. Fiquei com um café puro mesmo.

E a observei comer com muito gosto, parecia que não comia há dias.

Me peguei pensando, se devia usar essa moça para dar uma lição em minha mãe. Ou seria melhor apenas ajudá-la. Mas como? Penso, com meus olhos presos aos seus que brilhavam agora ao devorar todas as panquecas. Um sorriso involuntário se coloca em meu rosto, ao ver as caras e bocas que faz.

Isabella: Hummmm! Está delicioso.

Disse ela, tampando a boca com a sua mão.

Quando terminou, paguei a conta. Percebo que sua blusa branca estava manchada pela grama em que dormimos ontem, então a levei a uma loja, e lhe comprei um vestido, lá mesmo ela se trocou, após seguimos para o restaurante. Pensava em conversar com Vitorino para a contratar em alguma área.

...Restaurante Felipo....

...9h Da Manhã...

_ Me espere aqui Isabella... Eu já volto.

Disse a levando até uma das poltronas da área do jardim que tem na área externa do restaurante.

Isabella: Tá bom...

Disse ela, sorriu em seguida, enquanto se sentou.

Chamo Vitorino, aproveito que ainda não está aberto, e vamos até o escritório.

Já sentados digo-lhe sobre contratarmos essa moça.

Vitorino: Acredita que ela possa mesmo ser garçonete?

_ Não sei, mas, podem a treinar, não?!

Vitorino: Podemos tentar...

_ Hmmmf! Obrigado! Ela precisa de ajuda. Não tem ninguém por ela.

Falo me levantando, ele também assim o faz.

Vitorino: Deveria dizer que não tinha, pois, agora tem... Tem um bom coração, igualmente ao seu pai senhor… Ou será que essa moça o cativou?!

Disse ele, enquanto saimos do escritório.

_ Que isso... Só me preocupo com o bem-estar dela...

Falo, já voltando ao salão do restaurante. E, ouço uma voz alterada, que conheço bem, mas jamais ouvia falar nesse tom, e muito menos esses tipos de palavras.

Núbia: Já te disse uma vez, e volto a dizer aqui é um ambiente familiar, e não local para pedir esmolas.

Fala, num tom de voz muito desagradável.

Isabella: Senhora, não estou pedindo nada, só estou esperando por uma pessoa.

Fala, e vejo que está assustada.

Núbia: Espera ao lado de fora. Anda garota, não me faça repetir. Vai embora!

Disse ela, com arrogância.

_ Mãe! Cada vez a conheço menos...

Digo, a encarando enquanto me aproximo.

Núbia: Saimon... Eu sinto muito por ontem. Estava-te ligando se não fosse por Vitorino me dizer que estava aqui, eu estaria louca de preocupação.

_ ... Como ousa, expulsar a Isabella.

Falo, enquanto me aproximo dela.

Núbia: Como disse... Essa moça se chama Isabella?

Pergunta com uma estranha expressão no seu rosto.

_ Sim, o nome dela é Isabella e não garota. Além disso, não acha que deve um pedido de desculpas a ela.

Isabella: Não, precisa eu vou embora.

Disse ela, e ameaçou sair em direção a porta.

_ Não é você que tem que sair...

Falo segurando sua mão. Vejo o olhar de desespero da minha mãe.

Núbia: Não pode voltar a ver essa moça... Está-me ouvindo. Deixa que vá embora!

Fala com rispidez.

_ Isso seria impossível. Como eu poderia não ver a mulher com quem eu vou-me casar!

Digo, já tomado em decisão. E, no rosto das duas, vejo a expressão de surpresa.

Isabella: O quê? Está brincando. Né?

Disse ela, enquanto se senta no sofá.

_ Não estou brincando. Estou falando muito sério...

Falo, me sentando ao seu lado, enquanto seguro firme nas suas mãos.

...Isabella, quer se casar comigo?...

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