Capítulo 14 Apostando Tudo! Kiss Kiss

•Saimon•

...Uma semana depois......

Há dias que estou tentando não pensar no que venho sentindo. Alguns diriam até que estou tentando fugir dos meus próprios sentimentos.

Deve ser porque prometi a keila que jamais amaria outra mulher além dela... Mas, essa promessa está cada vez mais difícil de cumprir.

Nos últimos dias, Isabella e eu temos estado mais juntos.

Nas aulas de digitação ela apreende com certa rapidez, logo estará pronta para trabalhar comigo.

Hmf! Também houve alguns eventos que nos aproximou... Há dois dias Isabella estava no banho e lavava o cabelo no momento, em que ficamos sem água num dos reservatórios.

a encanação da caixa d'água da casa quebrou, não sei como, mas isso rendeu algumas risadas.

Estava no meu quarto, terminando de me arrumar quando ouvi os chamados dela.

Desci as escadas, e segui até o seu quarto, a ouvi-me chamar novamente.

...💭💭💭...

...No Banheiro....

_ Isabella, me chamou?

Perguntei a ela, estando já em frente a porta do banheiro.

Isabella: Sim, me ajuda... Meu cabelo está cheio de espuma...

Disse ela, de dentro do banheiro.

_ Vou trazer água num balde.

Isabella: Tá ...

Disse ela, e sai do quarto fui até à cozinha, ao encontrar o balde o encho com água e sigo de volta até o quarto.

_ Hã... Está enrolada na toalha... Posso entrar?

Pergunto.

Isabella: Sim... E, pode sim...

_ Eu coloquei o balde em cima do sanitário, e tem uma chaleira dentro...

Falo, e já me viro pra sair.

Isabella: Saimon, pode jogar a água pra mim? Eu não consigo...

Disse ela, abrindo a porta do boxe do chuveiro. E, meus olhos são atraídos diretamente para ela. Respiro fundo.

_ Hmf! Tudo bem...

Falo, e pego a chaleira com a água, tento manter os meus olhos fora do alcance do seu corpo.

Isabella: Saimon, onde estar...

_ Estou Aqui..

Falo e sinto a mão dela tocar a minha, puxando de encontro a sua, ergo a chaleira e deixo a água derramar em seus cabelos, ela usa a outra mão para esfregar.

Logo estou sorrindo sem acreditar, que eu Saimon Alencar estou nessa situação.

Casado e ajudando a minha mulher a lavar os seus cabelos, escondendo o meu rosto com uma das minhas mãos, para não vê-la.

Isabella: Porquê está rindo?

Pergunta ela, colocando um sorriso no seu rosto.

_ Não é nada... Apenas a situação, é até engraçada.

Isabella: É mesmo...

Disse ela, alargando ainda o seu sorriso.

E, só consigo pensar, no quanto confia em mim, a ponto de não temer que eu sendo um homem, esteja aqui com ela num momento como esse, de agora.

Ah! Isabella... Obrigado pela confiança. Jamais lhe faria mal algum.

.........

No dia seguinte a levei para meu treino de Boxe, quase não resistir a vontade que tive de beija-la.

...💭💭💭...

.........

...Na academia....

Chegamos, e após trocar de roupas, sai do vestiário e fui para o ringue, notei a ausência dela, e de imediato os meus olhos correram a procurando em volta. Com uma imensa tensão, se espalhando pelo meu corpo. E, logo respirei aliviado quando eles a encontraram, ela também havia se trocado, e trazia nas suas mãos um par de luvas vermelhas. Vindo em direção ao ringue, ajudada por uma instrutora da academia.

_ Isabella... Me preocupei, quando não te vi aqui.

Disse a ela, em meio ao profundo suspiro de alívio. Vou até ela, enquanto a instrutora sai.

Isabella: Perdão, fui trocar de roupa. Eu quero praticar boxe também... Pode-me ensinar?

Disse ela, com sua voz doce, e sorriu, me fazendo esquecer o medo e temor que tive a pouco.

_ Não tem medo de se machucar? É um esporte um pouco pesado.

Falo, já a guiando até ao meio do ringue de treino.

Isabella: Não... Confio em você, sei que não me machucaria. Ou será que é você quem tem medo que se eu apreender, me torne uma campeã?

Disse ela sendo sarcástica e até que engraçada, também.

_ É mesmo mocinha! Acontece que aqui, nesse lugar eu viro uma fera! Impossível que ganhe de mim, mesmo que eu a treine. Ainda vou ganhar!

Falo, confiante.

Isabella: Hum?! Que tal fazermos uma aposta?

Sugeriu ela, erguendo para cima sua sobrancelha, parecendo estar empolgada.

_ Uma aposta? O quê tem em mente?

Isabella: Se você ganhar... Hum?! pode-me pedir o que quiser...

Disse ela, mordiscando de leve o seu lábio inferior.

Pedi o quê eu quiser?... Penso, franzindo o meu cenho, enquanto encaro seus lábios.

_ Hmmmf! E, se ganhar, o quê vai querer?

Pergunto, e engulo seco.

Isabella: O mesmo! Posso-te pedir o que eu quiser... Fechado?

Disse ela, estendendo a mão direita com a luva de boxe na minha frente.

_ Fechado!

Digo, encostando a minha mão, também já com a luva, na mão dela.

Ela de imediato da um lindo sorriso, sorrio também já confiante. enquanto ergo a mão esquerda próximo ao meu rosto.

Em seguida começo a instrui-la, e ela distribui alguns socos no saco de areia. Até que ela leva jeito... Penso eu.

.........

Momentos depois a vejo a desferir os golpes contra mim, defendo, é claro que não vou golpea-la. Mas, temos uma aposta e só terá um vencedor. Penso e dou alguns passos para trás, evitando seus golpes.

Isabella: Saimon...

Ouço ela me chamar. E, vem em minha direção, em passos desorientados, tropeça e antes que caia, me jogo em sua direção e caímos os dois ao chão, ficando com ela por cima de mim.

_ Está bem?

Pergunto, encarando os seus lindos olhos verdes, que mesmo foscos, ainda consigo os verem brilhando ao parecer se encontrar aos meus.

Isabella: Estou bem... Me desculpa! Como sou uma desajeitada...

Disse ela, com sua voz falhada. Sinto a sua respiração quente e ofegante se juntando a minha, e pontinha do seu nariz encosta no meu. Suspiro profundamente, e não sei se vou conseguir resisti-la por mais tempo...

Respiro fundo, tentando conter o imenso calor que tomou conta do meu corpo. Vejo que suas orelhas estão vermelhas, e suas bochechas estão coradas. O quê será que está passando nos seus pensamentos sente o mesmo que eu? Isabella...

Isabella: Hmmmf... Eu ganhei, não é?

Pergunta ela, com sua voz baixa e falhada, enquanto ofega, rompendo o silêncio que tomava conta do ambiente.

_ É, você ganhou! E, eu...

Tento dizer que precisamos sair daqui, antes que algo mais surja, nas regiões baixas.

Isabella: Você? O quê? Saimon...

Pergunta ela, muito ofegante, e nossas respirações se unem cada vez mais.

_ Eu... Hmmmmf!

Nem ao menos consigo raciocinar, estou ofegando, só de pensar nessa vontade louca que estou de te beijar.

O quê está fazendo comigo? Isabella... Penso eu, com meu olhar preso aos seus tentadores lábios rosados.

- Então, vamos lá no ringue, vou acabar com sua raça! Rsrsrs...

Ouço vozes de outros dois homens, que me tira do transe que estava.

_ Temos que nos levantar, e sair daqui, outras pessoas vão utilizar o ringue...

Digo, e respiro fundo tentando me controlar.

Isabella: Ah! É mesmo... Me desculpa.

Disse ela, e se ergue se levantando, me coloco de pé rapidamente.

Até que foi muito divertido. Pode me trazer aqui de novo?

Perguntou, dando um sorriso.

E, como eu diria não? Após ver o quanto ela ficou feliz.

_ É claro!

Digo de imediato.

Isabella: Obrigada! Saimon...

Falou ela, enquanto me abraçou.

_ Uhm... E, o quê vai querer como recompensa?

Pergunto. Enquanto descemos do ringue e a guio até vestiário.

Isabella: Hum? Eu ainda não sei... Posso-te dizer depois?

Fala, parecendo estar envergonhada.

_ É claro. O que quiser eu farei.

Digo e vejo, ela suspirar profundamente, e o seu rosto ficou corado.

_ Chegamos, a sua esquerda é o vestiário feminino.

Isabella: Tá bem... Vou ir tomar um banho.

Disse ela, se vira tateando a porta e entra.

_ Eu também vou, para irmos embora. Hmmmf!

Digo, e suspiro profundamente e adentro ao lado masculino.

Retiro minhas roupas, abro ducha fria, e me coloco debaixo dela deixando a água escorrer por todo meu corpo, enquanto respiro fundo, tentando conter o incêndio que está acontecendo em mim.

.........

Um tempo depois, após tomar banho e trocar de roupa. Saímos da academia, entramos no meu carro, e dirijo para casa, permanecemos em silêncio durante todo o trajeto.

Quando chegamos a casa do lago, já estava anoitecendo...

E, como sempre me debrucei em direção a Isabella para destravar o seu cinto. Meu olhar cruzou com os dela e em seguida desceu até os seus lábios.

Respirei profundamente e me afastei, abri a porta do carro e desci, fui ao lado do passageiro, abrir para ela.

Após entrarmos em casa Isabella seguiu para o quarto e não saiu mais de lá.

E, a noite mais uma vez foi longa, ela permaneceu nos meus pensamentos, deixando o meu corpo em brasas. Tive que ir ao banho por duas vezes, para me conter...

.........

...Dia Atual....

Ainda deitado em minha cama, vejo os raios do sol entrando pelas frestas das cortinas.

Pego o meu celular e vejo que já são 8h Da Manhã.

Como será que ela está? Será que já acordou...

Penso, enquanto me levanto, sigo para o banheiro e faço a minha higiene pessoal.

Após o banho me arrumo...

Ouço leves batidas na porta do meu quarto. Será que estou sonhando? Penso, ao me recordar de alguns dias atrás.

_ Pode entrar...

Digo e de imediato, vejo a porta se abrir, e de trás dela surge Isabella.

Isabella: Bom dia! Saimon...

_ Bom dia! Isabella...

Respondo, e fico surpreso por ela estar aqui em cima.

_ Estou na sua direita, há uns dez passos, o caminho está livre.

Falo a orientando, e logo ela caminha devagar na minha direção.

Foi fácil subir?

Pergunto.

Isabella: Foi sim... Na antiga casa em que eu morava, com meu pai... Eu tinha que subir duas escadas todos os dias.

Respondeu ela, enquanto se aproxima.

_ Entendi... Mas, você está bem?

Pergunto, apreensivo. Desde ontem a noite ela não saiu mais do quarto, nem mesmo para o jantar.

Isabella: Eu... Acho que sim... Hã, Saimon... Lembra da nossa aposta de ontem? Hmmmf.

Disse ela, e suspira profundamente, já estando em frente a mim.

_ Sim... Então, já sabe o que quer?

Pergunto, e sinto sua mão esquerda vir de encontro ao meu peito, enquanto sua mão direita repousa nas minhas costas e desce até a minha cintura.

Isabella: Já!... Eu sei o que eu quero.

Disse ela, com sua voz doce, trazendo sua mão esquerda no meu rosto, e o desenha com as pontas dos seus dedos.

_ Sabe...? Então, me diga.

Falo, com a voz arrastada, sentindo a minha boca secar, desejando muito os lábios dela.

Isabella: Eu quero você Saimon... Posso te beijar? Posso?

Perguntou ela, com sua voz falhada, e ofega com os seus olhos fechados, e umedece os seus lábios com a ponta de sua língua.

Como eu poderia dizer que não? Diante ao seu pedido, e sendo que eu mesmo anseio por isso. Penso eu, encarando seus lábios.

Tê-la tão próxima a mim, não consigo conter a vontade e o desejo que sinto por ela, e tomo a sua boca num beijo.

Me sinto eufórico, enquanto saboreio seus doces lábios nos meus. Seu beijo trás uma certa inexperiência, talvez seja seu primeiro? Ainda assim me sinto em chamas ao sentir a sua língua encontrar a minha.

Quando dou por mim, as minhas mãos estão nas suas costas, apertando o seu corpo ao meu.

...Ah! Isabella.... Estou certo que somente o seu beijo não será o bastante para saciar-me....

..........

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