Insegurança

***Narradora ***

Chupim, abre a porta e no portão estava Lúcia parecia preocupada com Mari, mas ao ver que ele estava ali parecia surpresa, ele vai até ela para dr notícias da jovem.

— Veio saber da gringa dona Lúcia?

— Não sabia que estava aqui, Samuel, ela está bem?

— Está dormindo, por isso acho melhor a senhora voltar amanhã.

Depois que dona Lúcia vai embora ele fecha a porta, e se deita ao lado de Mari, do outro da rua estava Marcela observando tudo e alimentando seu ódio contra sua rival.

No apartamento, era tarde, quando Fred olha no celular e recebe mensagens informando que sua ordem não teria sido cumprida, o que faz ele atirar um vaso na parede, chamando a atenção de Beatriz.

— Desgraçada.

— Que aconteceu? Está louco?

— Ela escapou de novo? Será que vou ter que explodir aquela favela?

— Só precisava contratar pessoas competentes rsrsrs

Irritado, Fred vai até Beatriz e a pega pelo pescoço, colocando contra a parede, ela mesmo sem conseguir respirar direito o recorda quem era o que mandava e ele a larga caminhando para o sofá.

— Acho melhor soltar, ou vai se arrepender.

— Não esqueça que a ideia de colocar um informante foi sua e pelo jeito não deu muito resultado.

— Ela é só uma moça sozinha e desesperada.

— E virgem, o líder daquele buraco deve estar louco para traçar ela.

— E quando o fizer descarta e será toda nossa, deixa de drama.

De volta a comunidade, as horas passavam e Chupim cai no sono, Mari começa a ter um pesadelo, ele desperta e toca seu rosto a acalmando, então ela abre os olhos e assusta ao vê-lo ali.

— Por que está aqui?

— Porque, não poderia te deixar sozinha depois do que aconteceu? Quer água?

— Yes, thanks (sim, obrigada)

Ainda com dor ela se senta para tomar a água, depois se deita novamente, fica observando quando Chupim fica ao seu lado, então ele pergunta como tudo aconteceu e Mari explica.

— Você não deveria ficar nessa casa sozinha gringa, pelo amor de Deus, por que essas pessoas querem contigo?

Então Mari conta que o homem procurava uns documentos sobre uma investigação, o que leva a crer que era algo sobre a tia dela que não poderia ser descoberto.

— Gringa, você pegou mesmo esses documentos?

— Estou cansada, meu braço está doendo demais. Pode ligar a luz do corredor, não gosto de ficar no escuro.

Amanhece e Chupim desperta antes de Mari, ele se levanta e vai ara o banho, quando retorna a desperta, sugerindo que vá para sua casa, pelo menos assim não correria risco.

— Eu estou bem aqui, não precisa de tudo isso.

— Pode por favor me ouvir?

— Está bem, mas só até eu sentir menos dor, não quero atrapalhar ninguém.

Mari tenta levantar, mas é pega nos braços por Chupim que avisa já ter pedido para um dos homens levar seu carro, onde ela percebe que ele já tinha pensado em tudo.

— Eu consigo andar, sabia?

— Tudo bem, é que estou pressa, tenho coisas para fazer.

Como a casa de Chupim não era longe, não demora muito para chegarem, ele novamente a pega nos braços e a leva para um dos quartos que sua mãe e Lúcia já tinham preparado, Mari muito sem graça agradece a Joana que ainda pareciam preocupadas.

— Mari, como isso aconteceu? Como esse homem entrou aqui?

— Eu não sei dona Lúcia, acho que queria assaltar sei lá.

— Melhor deixar ela descansar, eu vou para a boca, tenho coisas a fazer.

Chupim deixa os remédios de Mari e as coisas para trocar o curativo, ela não parecia se sentir bem em estar ali, queria a todo custo evitar as perguntas o que ele percebe, então espera que a mãe e Joana saiam e fala novamente com Mari.

— Uma hora terá que contar tudo que me escode gringa, se quer me ajuda e ficar protegida na minha quebrada acho melhor pensar nisso rápido, não gosto de não saber onde estou pisando sacou?

— Por que se preocupa tanto com isso?

— Talvez me preocupe mais do que devo e queira.

— Acho melhor você ir, eu preciso descansar.

Os dois se afastam, Mari se apoia na cama e Chupim caminhando observando a mulher a sua frente e desce as escadas, depois sai em direção a boca, no caminho Lívia e Emily estavam indo atrás de Mari e ele avisa que a teria levado para casa.

As duas correm até lá estavam super preocupadas com Mari, porem Emily ainda mais, pois sabia exatamente o que ela estava escondendo, na boca Chupim aparece e claro DG e Marreco comentam sobre o assunto.

— Mano, que parada foi aquela na casa da Mari? A mina meteu bala no maluco.

— Ainda bem né? Senão ele teria passado ela.

— Ixi está defendendo a autodefesa?

— Eu preciso descobrir como esse cara entrou aqui na quebrada, mas desconfio do Boliva, manda chamar o Cabeça, era ele ontem na entrada tomando conta não era?

— Era, sim, depois vamos puxar as câmeras nas casas perto da casa dela, sei lá tem uma muqueada

Na casa de Chupim, Lívia desce para falar com mãe, pois tinham combinado dela ficar lá quando o bebê nascesse, deixando assim Emily sozinha com Mari, onde poderiam conversar sobre o ocorrido.

— Amiga, estava preocupada com você.

— Preciso dar um jeito nisso, pelo que aquele homem falou foi minha tia quem mandou ele, estão atrás de documentos da investigação.

— Porque não conta para o Chupim, ele é o único que pode te ajudar.

— Eu, preciso me afastar dele, Emily, porque… eu não quero confundir as coisas e sinceramente ele me deixa confusa.

— Está gostando dele, é isso?

— Não sei mais o que sinto, nunca me apaixonei, passava os dias com meu pai nos treinos e os demais na escola, tudo isso é confuso, além dele não parecer ser alguém capaz de se relacionar sério, não quero mais problema, Emily, quero apenas olhar todos aqueles documentos e descobrir o que ela tanto teme.

— Eu te entendo, mas sinceramente acho que ele gosta de você, mas sobre ontem você precisa me ensinar mulher, sonho em aprender atirar, mas o DG não quer.

— Eu te ensino, pode deixar.

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