O rosto do medo

***Narrado por Chupim ***

Mari tinha um corpo de tirar o fôlego, nunca imaginaria que por baixo daquelas roupas ela fosse tão perfeita, intendo que os seguranças estivessem a observando, mas de alguma forma aquilo me incomodou.

Depois ela me deixou falando e isso me deixou muito puto, fui atrás, olhava aquela bunda dela e estava ficando doido, na moral ela é gostosa demais.

A levei para ver as armas, pelo que entendi era o único jeito de me aproximar dessa gringa, nunca vi uma mulher tão empolgada com armas automáticas rsrsrs, seus olhos brilhavam enquanto manuseava cada uma das que pegava.

Acho que o jeito que a olhava a deixou sem graça, confesso eu a comia com os olhos, coloquei até as mãos sobre o pau que estava excitado, louco demais isso.

— Acho que é melhor eu ir embora.

Ela disse e então me levantei e me aproximei dela, Mari estava apreensiva, seus olhos me encaravam, sentia dentro de mim algo estranho, um frio percorria meu corpo, ela se encostou na bancada e refez o pedido.

— Podemos ir?

— Podemos.

Então ela saiu me deixando ali, louco por um beijo dela, passei a não no rosto, ajeitei minha roupa e saímos, Marcela estava descendo a rua, então Mari agradeceu e foi andando.

— Que está acontecendo aqui, Chupim? Por que está com essa gringa ai na casa de sua irmã?

— Desde quando lhe devo explicações, pega seu rumo, Marcela e não apareça na minha casa, está avisada.

Peguei minha moto e voltei a milhão para casa e claro fui cobrado o fato de Mari não ter voltado comigo…

— Hei, caralho, deixa eu falar, ela foi para casa se arrumar para a festa.

***Narradora ***

Mari andou apressada até sua casa, assim que fechou o portão pode enfim respirar aliviada, levando as mãos ao peito ela fala consigo mesma.

— Please, Mari, what was that? (Por favor, Mari, o que foi aquilo?)

Ela respirava ofegante, nunca tinha estado numa situação como aquela, entrou e foi para o banho, ficou o tempo todo com o pensamento em Chupim e falava para sí mesma que aquilo era uma loucura.

— O que está acontecendo comigo, não posso estar encantada por esse cara.

Ela coloca um vestido e um tênis e percebe que precisava comprar algumas roupas, faz um rabo de cavalo e esconde por baixo uma pequena faca.

Coloca seu perfume importado e desce a rua em direção à casa de Chupim, a essa altura seu telefone não parava de tocar, onde Emily e Lívia perguntavam por ela.

Mari entra na casa e alguns convidados já tinham chegado, ela vai até suas amigas e de longe vê Chupim que a observa e sorri.

— Onde você foi com meu irmão?

— Para não pensarem besteira, ele foi me mostrar as armas.

— Que encontro esquisito, credo.

— Não foi um encontro, nunca teria um encontro com um cara como ele.

— Por quê? Meu irmão é um cara muito legal viu?

— Um cara que pega qualquer mulher? Não seria mais uma na lista dele, só para dizer que pegou uma gringa virgem.

— Oi? Virgem?

Mari se levanta para pegar uma bebida, se aproxima do bar e não conhecia nenhuma das bebidas feitas pelo barman. Até que um rapaz se aproxima e se apresenta para ela.

— Dúvida na bebida?

— Mais ou menos.

— Sou Nathan, mas o pessoal me chama de “Th”.

— Mari, great pleasure (muito prazer).

A jovem americana pega seu copo e vai para o salão de jogos, as horas se passavam era noite, quando Emily decide fazer uma partida de sinuca, mas precisamente mulheres x homens.

Todos se divertiam quando um dos seguranças informa que um homem procurava por Chupim, ele sai, autoriza sua entrada, volta para dentro e avisa que precisava deixar a competição.

— Desculpa, mas preciso receber um convidado importante, vamos Marreco, o “Boliva” chegou.

Algum tempo depois, Mari resolve pegou outro drink, caminha pelo quintal, perto da churrasqueira estava Chupim com seus parceiros e um homem que lhe chamou a atenção.

***Narrado por Mari ***

Nem que passasse mil anos esqueceria daquela voz, fechei os olhos e voltei a casa de meus pais, senti um aperto no peito, parei e fiquei olhando assustada, Chupim me olhou e logo aquele homem se virou e me encarou, percebi no mesmo instante que ele tinha me reconhecido.

Olhava para os lados e parecia que tudo girava, as vozes se misturavam e não estava mais no controle de meus sentido, a voz de Chupim soou muito próximo, logo eu o senti tocar em meu braço.

 — Hei, gringa, está tudo bem?

— Eu… eu…

Eu simplesmente apaguei, pouco depois acordei, estava numa cama, paredes escuras, toquei minha cabeça e ouvi a voz de Chupim.

— Que aconteceu?

— Você desmaiou, não deveria misturar bebidas daquele jeito.

— Como vim parar aqui?

— Eu trouxe você, tem 5 minutos.

Que vergonha meu Deus, Chupim me olhando esperando uma explicação que eu não poderia dar, sentia uma enorme vontade de chorar, só queria ir para casa, mas ele insistiu que eu descesse, quando me levantei ele me entregou a faca.

— Por que está andando armada Mari?

— Não me faça perguntas que não poderei responder.

Antes que ele pudesse me pressionar novamente, Lívia abriu a porta, respirou aliviado e me puxou para descermos., passei pela porta e o olhei, parecia não entender nada.

— Olha quem acordou?

Lívia comentou e eu só olhava para ver se aquele homem ainda estava por ali, em seguida Chupim respondeu quase no meu ouvido.

— Está procurando alguém?

— Não. Gente, acho que vou embora, estou cansada.

***Narradora ***

Mesmo sob os protesto Mari estava decidida a ir para casa, mas não escapou da carona de Chupim, ela subiu na sua moto e eles seguiram até a casa da jovem, onde certamente seria cobrada.

— Vai Mari, me fala de uma vez, o que aconteceu, o que você viu para desmaiar daquele jeito?

— Aquele homem que estava com você, ele é quem?

— O Boliva?

— Boliva o nome dele?

— O que tem ele? Me conta?

Já na sala, Mari estava muito nervosa, se levanta e caminha de um lado para outro, Chupim não entendia nada do que estava acontecendo.

— Aquele homem estava na minha casa no dia que meus pais foram assassinados.

— Tem certeza disso?

— Tenho e acho que ele me reconheceu, preciso ir embora daqui, se ele voltar, virá atrás de mim.

Ela fala já indo para o quarto, Chupim vai atrás dela, pois precisava garantir que ali ele era quem comandava, então ele caminha até ela e a segura pelos braços.

— Tá doida, gringa, aqui ninguém faz nada se eu não mandar, entendeu?

— Ele é seu fornecedor de armas, Samuel. Como vai ser quando ele se recusar a te fornecer ou pedir minha cabeça en troca?

— Acha que eu faria isso? Pode confiar pô, aqui ninguém mexe com você, eu garanto.

Os dois se observam, Mari ainda com receio não sabe como se comportar, Chupim avisa que estaria indo embora e mais uma vez confirma que ali nada de mal poderia acontecer, porem pede que ela não esconda nada dele. Assim que ele sai ela tranca a casa, nitidamente não se sentia confortável ali sozinha, mas tinha seus receios e seu plano para descobrir a verdade sobre a morte dos pais e de alguma forma intervir nas maldades da tia.

** Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2022/06/10/brasil-mais-armado-entenda-como-o-aumento-nas-vendas-de-armas-de-fogo-alimenta-a-criminalidade**

Nos últimos anos, o Brasil viu a compra de armas de fogo aumentar consideravelmente e essa dinâmica vem alimentando a criminalidade. "É uma política irresponsável", na avaliação de Natalia Pollachi, gerente de projetos do Instituto Sou da Paz.

Um levantamento feito no Espírito Santo, por exemplo, revela que pelo menos 30% dos armamentos usados em crimes e apreendidos entre 2018 e 2019 têm registro no Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal (SINARM).

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Comments

Carmilurdes Gadelha

Carmilurdes Gadelha

Então acho que realmente tem a participação da Tia dela...

2024-05-03

3

Celma Rodrigues

Celma Rodrigues

Esse cara deve ter ido matar os pais da Mari enviado por Beatriz.

2024-03-27

1

Deia

Deia

Esse homem será que reconheceu Mari

2024-03-15

0

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Atualizado até capítulo 56

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