Contatos obscuros

***Narradora***

Mari se encolheu no chuveiro e chorou de dor, seu sangue escorria, mas precisava se lavar, depois olhou pelo espelho percebeu que precisava de uns pontos, mas teria como dar um jeito nisso.

Na casa de Chupim, após ter combinado com Joana, Lúcia já trabalhava e, ao mesmo tempo, deixava transparecer sua preocupação com Mari, ela pegou o celular, olhou e colocou no bolso novamente.

— Algum problema, Lucia?

— Não, a Mari estava um pouco resfriada, disse que ia no médico e não falou mais nada.

Chupim chegava em casa, após passar o final da tarde com Marcela, ele agora poderia enfim começar sua busca por vingança, pois faltavam poucos dias para chegar as armas que havia encomendado.

Ele escuta a conversa de Lúcia com a mãe, em seguida envia uma mensagem para os vapores para saber se Maria havia saído da comunidade naquela tarde e eles confirmam.

Em seguida ele vai para o quarto, tomar um banho antes de se encontrar com os parceiros na praça onde ficavam quase todas as noites, mas naquela algo de diferente o incomodava, Emily apareceu informando que não tinha conseguido falar com Mari, então ele pede que um dos vapores passe de moto na casa para ver.

***Narrado por Chupim ***

Após alguns minutos um dos vapores informou que a luz da casa estava acessa, então chamei Emily de canto e avisei para ela que pediu para o DG a levar até lá, os dois estavam saindo e resolvi ir junto, aquela gringa de certa forma já perturbava minha mente.

Em poucos minutos paramos na frente, Emily chamou por várias vezes e nada, então tomei a frente.

— Eu vou pular o muro e ver se está tudo bem, fiquem aqui.

— Mano não faz isso, a mina não vai gostar.

— Vai, sim, Chupim, ela estava mal, vai que aconteceu alguma coisa.

Pulei o muro e a porta estava aberta, entrei e caminhei devagar, puxei minha arma e ao entrar no quarto, Mari estava deitada de bruços, quando toquei em seu ombro ela puxou uma pistola se levantando rapidamente e se cobrindo.

— Eita porra, que arma é essa?

— Como entrou na minha casa?

— Emily estava preocupada contigo, mas pelo visto está muito bem.

— Estou, sim, cansada mais bem.

— Que foi isso no seu ombro?

— Me machuquei arrumando as coisas, em casa. Agora por favor saia estou exausta.

Porém, eu sabia que Emily estava na porta com o DG e precisei avisar, então ela caminhou e abriu o portão.

— Amiga, pelo amor de Deus, por que não atendeu o celular?

— Desculpa, estava sem bateria, não vi.

— Amanhã espero você cedo na lanchonete heim?

— Estarei lá.

— Como assim?

Então elas explicaram que a gringa iria trabalhar om a mãe de Emily, mas eu ainda estava bolado com essa dela ter uma arma em casa. Aproveitei o momento que ela foi na cozinha e fui atrás, cobrar uma explicação, claro.

— Posso saber que parada foi essa de ter arma em casa?

— Já pensou se fosse um bandido? Ainda acha que não preciso de uma?

— Se fizer merda, vou te cobrar, entendeu?

— Não tenho medo de você, agora vai embora, porque não te convidei para minha casa.

— Mina folgada da porra.

***Narradora ***

Chupim irritado chama DG para irem embora e Emily pergunta o que teria acontecido, apenas comento sobre ter apontado uma arma para ele.

— Está doida Mari, apontar uma arma para Chupim?

— Ele não pode entrar assim na casa dos outros não.

— Ele só fez isso, porque eu estava preocupada, ele não é uma má pessoa, Mari e pareceu preocupado com você também.

— Está certo, eu devo ter exagerado mesmo, depois eu falo com ele, pode deixar. E aí o que achou da casa?

Enquanto as duas conversavam sobre a casa, Chupim descia de moto com DG o acompanhando, eles entram na casa de Marreco, precisavam combinar o recebimento das armas que seria um dia antes do chá de bebê.

— Então, parça como vamos fazer para trazer essas armas para a comunidade?

— Esse cara vai trazer, fez questão dele mesmo fazer a entrega, esse cara é um gringo, até convidei para o chá de bebê, fechar uma parceria, tá ligado?

— Boa, já tem ideia do próximo carregamento de drogas?

— Sim, mas vou mudar o local de entrega, assim não corremos risco.

Marreco, vai na cozinha e pega uma cerveja, eles se sentam no quintal onde DG comenta sobre o que teria acontecido na casa de Mari.

— Mano que aconteceu entre você e a Mari, parecem cão e gato.

— Aquela gringa é muito folgada, tá ligado, ela me apontou uma arma parça.

— Como assim ela tem arma em casa?

— Tô falando, que essa mina deve ser uma X9 infiltrada.

Ao comentar, Lívia, que colocava uns petiscos na mesa, escuta e mesmo prometendo a Mari manter o segredo sobre o pai, não poderia deixar o irmão suspeitar dela daquela forma.

— Está errado, Samuel, Mari não é uma X9, o pai dela era agente do FBI, ele e a mãe dela  foram assassinados na frente dela. E por isso atira tão bem, ele que ensinou.

— Pelo visto, isso explica o jeito dela.

No condomínio de luxo, Fred chegava e percebia uma movimentação e sua casa, do lado de fora um carro do IML levava um corpo, mas logo ele vê Beatriz que conta o que houve.

— Que aconteceu aqui?

— Alguém entrou em nossa casa, matou o Felipe, preciso agir rápido ou podem descobrir o que escondemos no porão.

— Deixa comigo, vou acionar o nosso contato, mas precisamos descobrir quem foi.

Fred pega seu telefone e faz uma importante ligação, em seguida com a autorização da polícia eles entram e começam a procurar por pistas e já desconfiam de quem poderia ter entrado lá, mas não acreditavam que a mesma poderia ter matado alguém.

— Olha só, os documentos da piranha sumiram, acho que ela esteve aqui com alguém.

— Puta que pariu, se ela viu a criança, vai querer denunciar.

— Quanto a isso, não se preocupe, se ela o fizer estará morta.

— De qualquer fora descubra onde ela está.

Mais uma vez os contatos eram acionados, agora Mari precisava mais que nunca tomar cuidado, mas ela nem imaginava no que estaria se metendo na busca por justiça.

**Fique por dentro: **

Nos Estados Unidos, 31% das residências têm ao menos uma criança e uma arma, segundo dados de 2012 do Centro Law para Prevenção de Violência Armada.

Para muitos pais, a posse responsável de armamentos passa por ensinar crianças a atirar - e a respeitar as armas - desde cedo.

O envolvimento infantil na cultura de armas americana é tão comum que, em algumas regiões, as escolas liberam os alunos no primeiro dia da temporada de caça de veados.

A empresa Crickett Firearm é uma das companhias de armas voltadas especificamente para o mercado infantil. O produto batizado de "meu primeiro rifle" tem menos poder de fogo que a versão adulta e é redimensionado para caber em mãos pequenas.

https://www.terra.com.br/noticias/mundo/estados-unidos/entenda-por-que-as-criancas-sao-ensinadas-a-atirar-nos-eua,64d0d838d3228410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html?utm\_source\=clipboard

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Comments

Clea Moraes

Clea Moraes

País do primeiro mundo é outra coisa não é igual o Brasil que desde o descobrimento começou errado e cheio de corrupção.🤔

2024-05-06

1

Carmilurdes Gadelha

Carmilurdes Gadelha

Tô amando a história

2024-05-03

1

Celma Rodrigues

Celma Rodrigues

Mari entrou em um esquema perigoso de tráfico e explorava sexual.

2024-03-27

1

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Atualizado até capítulo 56

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