Mari retorna para a comunidade

No dia seguinte, antes de ir à casa da tia com Lúcia, ela vai ao porto, para retirar suas coisas, eram exatamente cinco caixas, que o homem com a ajuda as colocam na carroceria e volta para a comunidade.

Era quase hora do almoço quando chegam na frente da casa, Mari olha para as caixas e uma delas é levada para um dos quartos com piso de madeira.

Depois a jovem vai à casa da tia onde contaria sobre sua mudança, o que a deixa enfurecida.

— Como é morar sozinha? Quem você pensa que é garota?

— Por que não me fala o motivo de minha mãe nunca falar da senhora? Quem sabe não mudo de ideia?

— Como vou saber?

— A senhora nem ao menos me perguntou o que aconteceu.

— Onde pretende morar? É menor de idade, não pode ir sem minha permissão?

— Vamos ver se não posso.

Beatriz tem um ataque de fúria pegando Mari pelo braço a arrastando para um dos quartos e a trancando em seguida, a jovem bate na mesma sem conseguir uma resposta.

— Abre isso tia, não pode me obrigar a ficar aqui.

Na cozinha, Lúcia apenas escuta a discussão, quando Beatriz retorna tentando se justificar, para evitar problemas decide demitir a empregada.

— Lúcia, queria pedir mil desculpas, por isso, jovens são complicados, minha sobrinha está revoltada pela perda dos pais, falando nisso terei que cancelar seus serviços, pois agora nossa despesa ficará mais alta.

— Não tem problema, senhora eu entendo, mas Mari não me pareceu ser uma jovem complicada, apesar de ter perdido os pais.

— Isso não é problema seu, vou fazer suas contas, assim já pode ir embora.

— Mas…

— Não tem mais.

Mas Lúcia percebeu que Beatriz não a queria por perto e precisava dar um jeito de ajudar Mari, mas ao receber seu dinheiro ela exigiu a chave de volta, então a empregada teve que ir embora, ela caminhou preocupada sem saber como fazer.

Assim que Lúcia passou pelos vapores, um deles perguntou sobre a jovem e elas apenas mudou de assunto, mas não pode evitar a pergunta de Emily que subia na garupa de DG.

— E aí Dona Lúcia, cadê a Mari?

— Aí, menina, a tia dela a trancou no quarto, não tive como ajudá-la

— DG e os pais dela?

— Ela não tem pais, filho, foram assassinados, por isso veio morar com a tia.

— Nossa, por isso não queria ir ao baile.

De volta a casa de Beatriz, Mari tinha já cansado de tanto gritar e pedir socorro, se deitou na cama encolhida e chorou pensando nos pais.

— My God, what do I do? (Oh meu Deus, o que faço?

Beatriz naquele dia passou o dia na sala, nm ao menos levou nada para a sobrinha comer, pois queria mostrar a ela quem mandava.

***Narrado por Mari***

Era noite eu, já tinha pensado em mil formas de sair dali, mas por ser alto nem pular da janela dava, então quando caiu a noite, minha tia abriu a porta, estava com cinto nas mãos.

— Agora quero saber, que conversa é essa de ir morar sozinha?

— Não pode me manter aqui, sei muito bem me defender.

— Pode ir, mas antes quero suas contas bancárias.

— Já disse, meus pais não tinham dinheiro, eu vou morar com uma amiga.

Beatriz parte para cima de Mari com a cinta, mas a mesma consegue se esquivar, mas ao chegar na porta Fred a impede de sair.

— Opa, onde a princesa pensa que vai.

 Ele a segura pelos braços, enquanto Beatriz bate várias vezes nas costas da sobrinha, mas Mari aprendeu algumas formas de defesa e consegue chutar Fred acertando suas partes baixas, ele a solta levando as mão e se encolhendo no chão, em seguida ela pega um vaso e acerta sua tia.

— Sua piranha, eu vou te matar.

Saí do quarto e deixando os dois trancados, desci as escadas correndo, precisava sair dali quanto antes, na portaria, moradores que chegavam, me observavam, na certa vendo minhas roupas sujas de sangue, mas não faziam nada, vejo um táxi e aceno, quando ficando na sua frente implorando que me leve até a comunidade.

— Please, me leve até a comunidade Iporanga.

— Moça não posso entrar lá.

— Eu tenho dinheiro em casa, para te pagar, só me ajuda.

— Estou indo para casa, então te deixo lá perto, tá bom? Não precisa me pagar

— Thanks (obrigada).

***Narradora***

De volta a comunidade, já era noite, DG entra na boca e encontra Chupim, quando ele comenta sobre Mari e o que dona Lúcia contou.

— Vixi, será que essa mina não vai voltar? Ela deixou umas caixas lá por o senhor Pedro foi com ela buscar.

— Aí não sei patrão, mas dona Lúcia estava boladona com isso, ainda mais que os pais foram assassinados.

Os dois conversam e DG conta o que Lúcia falou para ele e Emily, em seguida pega a droga que precisava levar em outro ponto de venda e sai deixando Cupim que fazia a contabilidade do dia, ele se pega pensando em Mari, no que poderia ter acontecido, ao mesmo tempo, sobre ela parecer tão inocente, ainda demostrava ser uma mulher forte. Quando Marcela aparece, os dois haviam combinado de ir na praça a noite.

— E aí gato, já terminou? A galera já está na praça.

Marcela 20 anos

— Bora, já terminei aqui, mas nada de frescura, não quero saber desse papo de você espalhar que temos algo.

— Todo mundo sabe que ficamos, Chupim, deixa de palhaçada.

Os dois saem e ele pega sua moto, para irem onde o grupo se reunia quase todas a noite, pouco tempo depois, Mari é deixada perto da comunidade e ela caminha a pé, logo na entrada um dos vapores vê a moça e oferece ajuda, mas ela recusa.

— Aí princesa foi assaltada, quer carona?

— No, eu estou bem.

Ela começa a subir a pé, um dos rapazes vê marcas de sangue nas costas dela e resolve avisar Chupim, o mesmo estava tomando uma cerveja e fumando um baseado quando o celular toca.

***ligação ON

— Fala, Dão que tá pegando?

— Aí, patrão, aquela gringa acabou de entrar na comunidade e parecia estar machucada.

— Tem certeza?

— Tenho pô.

***Mensagem OFF

Mari se perde um pouco, mas acaba encontrando a casa de Lúcia que se assusta ao ver a jovem que estava exausta.

— Que aconteceu contigo?

— Dona Lúcia, minha tia me agrediu, minhas costas estão doendo muito.

— Entre minha filha, deixa eu olhar como isso está.

Mari entra e vai para um banho, onde Lúcia vê as marcas da surra que levou e fica horrorizada, após o banho, ela se prontifica a fazer um curativo em Mari a se vestir.

— Meu Deus, filha, como sua tia foi capaz de fazer algo assim?

— Ela quer dinheiro, eu não vou entregar nada, mas preciso achar o número da assistente social, meu celular ficou com minha tia.

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Comments

Carmilurdes Gadelha

Carmilurdes Gadelha

A Tia tem que receber o preço dessa surra

2024-05-03

1

Celma Rodrigues

Celma Rodrigues

Espero que Mari consiga se livrar da Tia dela e ser protegida por Chupin. A Tia bateu tanto que saiu sangue.

2024-03-26

0

Deia

Deia

Eu quero matar a tia de Mari

2024-03-15

0

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Atualizado até capítulo 56

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