Capítulo Treze

Porto Seguro, Brasil.

Jean havia viajado para São Paulo na companhia do seu tio, Leônidas. Ele seria empossado como CEO do Private Bank. Kaity e Adam não foram junto. O menino tinha um campeonato para participar na escola.

Adam — Mamãe, você vem-me buscar né?

Kaity — Claro meu amor. No horário e lugar de sempre. Boa sorte. Te amo!

Adam — Eu também te amo.

Kaity como de costume deixou Adam na escola e voltou para casa. Ela arrumou tudo e começou a preparar o almoço. As treze horas iria buscar o filho na escola.

O advogado de Flora ligou para Kaity naquela manhã e disse que os bens haviam sido transferidos assim como os recursos deixados em conta. Kaity não sabia como reagir, mas sentiu-se agradecida por ser lembrada por Flora.

Jean ligou para ela e disse que a cerimônia já havia sido concluída. Ele retornaria para Porto Seguro no final da tarde em um jatinho particular. O tio, Leônidas cuidaria de tudo como previamente fora acordado.

A garota então já preparara tudo. Assou coxas de frango, fez um macarrão ao molho sugo e deixou pronta uma belíssima salada de folhas verdes.

Antes das treze horas ela saiu e foi até a escola buscar Adam. Quando chegou lá esperou no lugar que eles sempre se encontravam. Era na frente da escola numa barraca que vendia doces.

Os minutos foram passando e nada do garoto sair. Geralmente ele era um dos primeiros. Kaity estranhou mas mesmo assim aguardou por alguns instantes.

Quando dez minutos haviam passado, Kaity foi até a escola. Estava quase vazia. Os alunos já tinha saído. Ela então perguntou ao rapaz que ficava no portão sobre Adam, mas ele não sabia dizer.

Ela entrou e foi até a sala de aula falar com a professora Roseli. Para sua surpresa, a resposta da professora foi fulminante.

Kaity — Olá, Rose. Onde está o Adam?

Roseli — Kaity... O Adam já foi. Vieram buscar ele há algumas horas. Disseram que era você.

Kaity — O que? Como assim?

Kaity ficou desesperada. Ela sentiu o chão desabar.

Roseli — Sim. Disseram que você estava lá fora esperando pelo Adam. Isso faz duas horas.

Kaity — Meu Deus! Levaram meu filho... Jesus.

Roseli — Calma Kaity. Deve haver alguma explicação.

As duas foram até a sala da diretora. Lá pediram para checar a câmera, pois, Kaity não havia ido pegar o filho na escola.

A diretora mostrou as imagens e uma mulher com um óculos e um lenço na cabeça com a mesma estatura de Kaity e porte físico havia saído com Adam. Nas imagens o garoto parecia ter reconhecido que não era a mãe. Ele tentou voltar para a escola mas a mulher o segurou com força e o colocou dentro de um carro.

Kaity — Como voces entregaram meu filho para outra pessoa? Chamem a polícia.

A diretoria Magali rapidamente chamou a polícia e em alguns instantes os agentes da lei chegaram até a escola.

Magali — Bom, a mulher entregou o documento como de costume e nele havia sua foto e e ela se parecia com você, Kaity. Os óculos e lenço disfarçaram bem.

Delegado Barbosa — Bom, irei acionar a polícia civil. Isso é claramente um caso de sequestro. Iremos para a delegacia e abriremos o inquérito. Em paralelo quero que todas as viaturas da cidade procurem o carro da imagem. Deve estar na região.

Kaity estava desesperada. Como o seu filho fora levado debaixo do seu nariz? Onde estaria Adam. Ela chorava descontroladamente.

Kaity — Deixaram o meu filho ser levado. Isso é uma loucura. Eu quero o Adam... Eu quero o Adam agora!

Delegado Barbosa — Senhorita Brown, iremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. Por favor, precisamos que mantenha a calma.

Kaity foi para a delegacia com os policiais e com os funcionários da escola envolvidos na liberação do garoto. O tempo parecia correr e Jean chegou rapidamente em Porto Seguro.

Kaity já avisara o rapaz que foi direto para a delegacia. Ele acionou o seu tio Leônidas que de São Paulo contratou investigadores particulares para procurarem o garoto.

Jean e Kaity se encontraram e ela abraçou o marido. Chorou muito nos seus braços.

Kaity — Levaram ele... Levaram o meu filho.

Jean — Nós vamos acha-lo. Vamos recuperar o nosso filho.

O delegado então pediu que todos fossem para suas casas. A polícia estava a fazer buscas, mas não iria adiantar ficarem na delegacia.

Kaity e Jean foram para casa. Uma viatura de polícia estava na porta da sua casa. Afinal de contas, ninguém sabia qual o intuito do sequestro. Jean acreditava ser por dinheiro e estava disposto a pagar o valor que fosse pelo menino.

O primeiro dia passou. Kaity passou a noite em claro aguardando por novas informações, mas nada. Ninguém sabia do paradeiro de Adam. O garoto havia evaporado. Como poderia ter sumido dessa forma?

Jean falou com a polícia e os investigadores também não faziam a menor ideia de onde o menino poderia estar. Resolveram continuar a procurar e aguardar o telefonema do sequestrador. Geralmente esse era o próximo passo.

Kaity estava se culpando. Sabia que não deveria ter denunciado o maldito Brian Ashford. Tinha certeza que o garoto ter sumido era obra dele. Mas o que ele queria?

Mais um dia se passou. Não houve nenhum telefonema e o Adam continuava desaparecido. A polícia civil assumiu o caso e as buscas se intensificaram. A influência de Jean era absurda e em horas a polícia federal também estava no caso.

Kaity temia pelo pior. Não conseguia dormir ou comer. Tinha pesadelos acordada. Seu filho era seu maior bem. Onde o menino poderia estar?

Jean resolveu sair e ajudar a polícia a procurar de algum modo. Alugou helicópteros e vasculhou toda a região. Ninguém sabia de nada. Ninguém tinha visto nada. Era como se ele tivesse sido engolido por um buraco e desaparecido da terra.

Kaity estava sozinha e chorando muito quando o telefone tocou. Era seu celular. O número era estranho. Muitos dígitos. A ligação parecia ser internacional. Ela prontamente atendeu.

Kaity — Alô, quem é?

Uma estática tomou conta da ligação. Em seguida uma risada cruel e sarcástica.

Brian — Olá, senhorita Brown. Feliz em ouvir minha voz?

O sangue de Kaity congelou. Não imaginava ouvir a voz de Brian. Mesmo suspeitando que fosse ele por trás do sequestro do filho, queria não acreditar.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***