Francesco havia conseguido contatar um desembargador no Brasil que era suscetível ao pagamento de recursos que poderiam lubrificar as engrenagens da lei. O seu nome era Marcos Gallardo.
Um juiz de segunda instância que não se importava muito com regras, desde que o seu bolso estivesse sempre muito bem alimentado.
Gallardo então pediu que a família Ashford por meio de um advogado entrasse com um pedido de anulação da primeira audiência. O resto seria com ele.
E foi exatamente o que Francesco fez. Acionou o advogado Giuseppe que fez os trâmites legais. O processo foi incorporado aos outros sob jurisdição de Gallardo. Ele prontamente atendeu ao pedido e anulou a decisão da juíza Wilma Hills.
Gallardo alegou que a decisão da juíza foi baseada numa tendenciosa pressão da mídia e portanto, o réu não teve a menor hipótese um julgamento justo. Além disso, mencionou que as provas eram insuficientes para um processo criminal com uma pena tão severa.
Na mesma data o ex-CEO da Red Tower teve a sua liberdade concedida pela justiça. Francesco entrou em contato com Brian e alinhou detalhes sobre a sua ida para a Itália.
Francesco — Senhor Brian. Soube que teve a sua liberdade concedida.
Brian — Ora, Francesco... Então meu pai certamente deve ter me ajudado com isso, não é?
Francesco — O seu pai exige que viaje para Palermo ainda hoje. Um jatinho partirá de uma fazenda no interior de São Paulo. Irá te levar até Buenos Aires e de lá vira num avião particular.
Brian — Certo, Francesco. Prepare-me um banho. Chegarei cansado e precisando relaxar depois de alguns dias na prisão.
Francesco — Senhor Brian, se me permite, no seu lugar eu me preocuparia em criar uma explicação plausível para fornecer ao lorde Abraham quando chegar. Como sabe, ele tem padrões que não aceita serem quebrados e, portanto, agora o senhor não está numa boa situação. Se apresse. Siga as minhas orientações e estará aqui amanhã. Boa viagem.
A ligação então foi encerrada. Brian sabia que se o assistente do seu pai estava a falar com ele dessa forma é que as coisas com certeza estavam muito más.
Ele seguiu as orientações de Francesco e foi até uma fazenda na cidade de Itú. Lá havia um aeroporto pequeno com um jato particular que o aguardava.
Logo o jovem Brian embarcou e seguiu viagem até a Argentina. Três horas depois o pequeno avião pousou em Buenos Aires. Outro avião o aguardava. Ele não teve tempo para descanso. Concluiu a conexão e partiu para a Itália.
Após um pouco mais de quatorze horas de voo, o avião pousou na Itália na cidade de Palermo no aeroporto Falconi Borsellino. Um carro já o aguardava e Francesco estava no banco traseiro da Land Rover.
Brian entrou no veículo e parecia estar cansado da viagem. O assistente Francesco apenas o cumprimentou de forma formal e não disse mais nenhuma palavra durante todo o trajeto.
O veículo chegou na mansão de Abraham em trinta minutos. Quando o carro estacionou, Brian desceu se espreguiçando. Com certeza a viagem foi longa.
Brian — Bom, enfim em casa. O cheiro desse lugar me faz saber que estou no velho continente. A Europa não é um ótimo lugar para viver, Francesco?
Francesco — Certamente hoje sim, senhor. Mas houve épocas sombrias. A Ascenção do fascismo e nazismo mancharam esse continente histórico, assim como o nosso país.
Brian — Não quero uma aula de história, Francesco. Não agora. Eu preciso de um banho e dormir um pouco e ver a minha mãe.
Francesco — O seu pai deseja vê-lo imediatamente, senhor. E sobre a sua mãe, lady Analisee não está. Viajou para uma conferência de moda em Milão. Deve regressar ainda essa semana.
Brian — E onde o lorde Abraham está?
Francesco — Noescritório. Acompanhe-me.
Ambos entraram na casa. Francesco guiou o rapaz até o escritório de Abraham. Abriu a porta e permitiu que o rapaz passasse. Abraham estava sentado na sua grande mesa lendo um livro sobre a Segunda Guerra Mundial.
Francesco — Milorde, aqui está o senhor Brian, como me pediu.
Abraham tirou os olhos do livro e colocou-os em Brian. O garoto parecia ter envelhecido um pouco. Estava diferente do que o pai lembrava.
Abraham — Obrigado Francesco. Pode ir.
Francesco fez uma reverência e saiu, fechando a porta atrás de si. Brian ficou de pé olhando para o pai com um sorriso no rosto.
Brian — Meu pai... Que saud...
Antes que o garoto terminasse de falar o pai fez um gesto para que ele se calasse.
Abraham — O que aconteceu?
Brian — Como assim?
Abraham — Qual parte da minha pergunta não entendeu, moleque? Sente-se, agora!
Brian então sentou-se. Olhou para o pai como uma criança que acaba de ser apanhado fazendo algo errado.
Abraham — Preocupe-me que durante mais de quinze horas de viagem não ter pensado em nada além de "saudades" para me dizer. Foi preso. Acusado de uma série de crimes. Isso não é nada para você?
Brian — O que quer que eu diga? Eu vacilei...
Abraham — Com quem pensa que está falando?
Brian — Pai, eu sei que eu errei. Acabei sendo pego, mas eu fui solto. Estou aqui.
Abraham — Brian, você foi um estúpido. Eu o coloquei como CEO da Red Tower por que ela seria uma grande oportunidade de fazermos aportes e lavarmos dinheiro do grupo. O que o fez pensar que poderia nos expor com a sua libertinagem?
Brian — Mas eu desviei... Fiz aportes.
Abraham — Qual o valor dos aportes que fez?
Brian — 50 milhões. É um excelente dinheiro, pai.
Abraham suspirou e tamborilou os dedos na mesa.
Abraham — Essa casa custa 200 milhões. Eu paguei 30 milhões para o desembargador tirar você daquela prisão. Não me trouxe nenhum lucro. Ao contrário... Colocou a minha organização em risco.
Brian — Não é tão simples como o senhor acredita.
Abraham — Não venha com desculpas. Brian, tem o meu sobrenome e do meu pai. Sendo preso você arrasta ele na lama. Todos pensam que eu não sou tão intocável assim. Se o meu filho pode ser preso, o que mais pode acontecer comigo, rapaz?
Brian — Mas pai...
Abraham — Não levou o trabalho que dei a você a sério. Brincou com essa tarefa. E pior, se deixou ser apanhado... Sabia que a Red Tower agora é dirigida por uma mulher? A tal Evellyn Gallant. A nossa oportunidade lá já era.
Brian — Eu soube. Mas...
Abraham — Eu sinto vergonha de você, garoto. Só não enfio uma bala na sua cara em respeito a sua mãe. Qualquer outro que falhasse dessa maneira comigo com certeza já teria partido. Sorte sua que tem o meu sangue, ainda que eu acredite que não.
Brian tremia. O seu pai era um homem duro e aquelas palavras doíam mais do que uma surra dos capangas do velho mafioso.
Abraham — Eu quero que crie uma estratégia para resolver isso. As pessoas que colocaram você na prisão estão livres enquanto você... Um Ashford, está aqui, na minha frente como um idiota, infeliz e destituído de tudo. Patético.
Brian — Pai... O senhor já acabou?
Abraham — Só termina quando eu quiser. Espero que se lembre de quem eu sou. O seu tempo como CEO da Red Tower te fez esquecer do seu lugar?
Brian — Não senhor. Desculpe.
Abraham — Cala essa boca. Saia da minha frente. E pelo amor de Deus, vá tomar um banho. Está cheirando mal e inundando a minha sala com o seu fedor. Iremos nos falar tarde.
Brian então se levantou e quando iria sair da sala o seu pai chamou-lhe.
Abraham — Reze para meus negócios aqui não terem sido influenciados por seus deslizes. Se algo acontecer, eu vou esquecer que é meu filho.
Brian acenou com a cabeça e saiu. Ele estava derrotado. De volta a casa dos pais sendo humilhado. Só pensava numa única coisa. Se vingar de Kaity Brown.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
ARMINDA
BRIAN FOI PÉSSIMO COMO MAFIOSO ...O PAI ESCULACHA COM ELE.🤭🤭🤭🤭🤭
2024-01-04
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ARMINDA
CARAMBOLAS O CARA NOJENTO VAI QUERER IR ATRÁS DE KSYTE.
2024-01-04
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ARMINDA
EITA O SECRETÁRIO FOI CURTO E GROSSO COM BRIAN .
2024-01-04
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