capítulo 8

Robert fecha os olhos com muita raiva; o carro chega, e ele a coloca dentro com uma certa força, sentando-se ao seu lado.

— Vamos para casa, vou deixá-la lá e voltar, pois estou envolvido no leilão, e se eu não tiver aqui, o Alberto pode tentar me roubar.

— Sim, senhor. — Alice, que não parava quieta, colocava constantemente a mão em Robert, mas ele a afastava, pois estava muito irritado.

Assim que o carro chega, ele desce, puxando-a consigo, e a leva para o quarto de baixo, onde tiveram sua primeira vez.

— Eu queria que você não estivesse tão embriagada, pois iria sofrer as punições agora. No entanto, sei que você não vai sentir nada, já que sei que seu corpo está todo anestesiado pelo álcool. E não é assim que eu gosto, quero que você sinta toda a dor que merece.

— Ah não, me castigue, me bate, eu quero... quero igual você fez comigo a primeira vez.— Ele estranha o jeito dela, e sabe que a bebida está falando, e não ela. Então, ele a leva até o banheiro, tira toda sua roupa, e a coloca embaixo da água fria.

Alice reclama, mas não para de rir, mais uma vez ela tenta tocar no Robert, que desvia de todas as sua investidas. Depois do banho, ele a seca, mas a deixa pelada e a deita na cama . Pega as mãos dela, e prende nas alguemas que fica presa na cama.

— Amanhã. Pode esperar, pode preparar que eu vou te ensinar como uma mulher deve se comportar. — Alice gargalhava, o que deixava ele mais irritado. — Apesar, que dizem que cü de bêbado não tem dono não é?

— O meu tem Robert, e ele pagou quinhentos mil dólares por ele. Quem paga tão caro por uma mulher só para transar? Só um doente mental mesmo.

Ele fecha as mãos para conter sua raiva, respira fundo e sai do quarto, deixando-a sozinha, acabando em gargalhadas.

Alice tenta puxar a mão, mas não consegue, e começa a chamá-lo para soltá-la.

Robert chama um dos seguranças e pede para ficar na porta do quarto, sem permitir entrada ou saída até o seu retorno. O segurança concorda, e ele volta de carro para o evento.

Justo quando chega, Alberto começa a enviar os convites para os compradores, e ele segue para os fundos junto com os outros. Robert e Alberto ficam em um canto enquanto todos se acomodam nas cadeiras.

O leiloeiro se apresenta e começa a falar sobre as meninas que serão leiloadas. Todas são colocadas no fundo do palco, e uma a uma ele vai apresentando.

O leilão começa em torno de 10 mil dólares e vai subindo de acordo com os lances de cada um. Cada menina ali foi vendida pelos seus parentes. Esse poderia ser o destino de Alice se ela não fosse virgem.

No entanto, já estava começando a passar pela mente de Robert a ideia de colocá-la ali para leiloar, pois ela poderia causar muitos problemas a ele. Ele sabe que precisa manter as bebidas longe dela.

Ao fechar os olhos, o que vem à sua mente é exatamente o momento do beijo. Ele sabia que isso poderia acontecer, e agora aquele simples encosto de lábios perturba sua mente.

O leilão termina com todas as meninas vendidas, e como sempre fazem, ele e Alberto dividem os lucros. Robert pega o carro e vai para casa, estaciona-o na garagem e entra na casa.

Ao subir as escadas para ir para o seu quarto, ele para e olha para o corredor onde Alice está. Uma luta interna surge nele, entre ir lá ou ir para o seu quarto. Se ele for lá, não adiantará corrigi-la agora; será melhor aguardar até amanhã, quando seu corpo estiver com todos os sentidos de volta.

Então, ele sobe para o quarto, toma um banho e veste apenas uma calça do pijama. No entanto, sua noite foi complicada; a imagem de Alice puxando sua gravata não sai da sua cabeça, nem mesmo a primeira vez dos dois, que ele gostou muito, ficou tanto em sua mente quanto esse beijo.

— Merdä, vou ter que liberá-la. Não posso ter sentimentos, não posso sentir isso, droga.

Ele se levanta e percebe que o dia já está clareando. Então, faz sua higiene e desce até o quarto de Alice. Ela ainda está dormindo, com a cabeça apoiada no braço.

Ao ficar de frente para ela, observa a mulher e recorda das palavras de Alberto, quando disse que ela parece uma menina. Realmente, Alice possui traços delicados, como se fosse uma bonequinha de pano. Os cabelos loiros fazem com que ela pareça um anjo.

— Anjo, o anjo que caiu na casa do demônio. Não quero imaginar sua reação quando souber de tudo que eu faço. Vai me chamar de monstro.

Alice se mexe ao ouvir a voz de Robert, e acaba despertando.

— porque você me amarrou, o que foi que eu fiz?

"Ela não se lembra do ocorrido de ontem a noite, ou talvez ela apenas esteja fingindo para não levar as punições que merece." Pensou Robert enquanto olhava para ela.

— Não se lembra de nada? De subir na mesa e dançar para uma plateia enorme?

Alice balança a cabeça negando; realmente, ela não lembrava de nada. A única coisa que se recorda é de virar os copos de uísque, mas não sabia que perderia o controle de sua vida.

— Pois é, você me desobedeceu, e para cada desobediência, gera uma punição. Há regras a serem seguidas, e quando você quebra uma, sofre as consequências.

— Mas eu não fiz nada, não me castigue, por favor..

— Você me perguntou qual era o meu limite, mas essa pergunta sou eu que tenho que fazer para você.

Alice começa a puxar as mãos com medo dele, pois seu rosto se transforma de um jeito assustador.

— Não adianta tentar fugir, não adianta tentar fazer nada. — Ele vai até o armário e pega uma vela e um isqueiro. — Me responda, Alice, qual é o seu limite?

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