Cap_17

A magia nesse mundo funciona de maneira complexa. Basicamente transformando a natureza com o controle de manipular o mana.

O mana são elementos que complementam a vida: Fogo, água, ar, terra. Ao conseguir controlar outros elementos nascem com a junção de dois ou três elementos principais.

Água é o elemento da cura, usada com o elemento terra , assim como vários outros tipos de elementos são utilizados neste mundo pelos seus usuários.

Já o poder sagrado vem do poder mistério da fé, cujo não interfere com o equilíbrio da vida. No meu corpo existem os dois poderes, portanto sou considerada uma berração para ambos os lados.

Tenho poder ilimitado, mas não sei utilizar da maneira correta. Este poder é a chave para a vitória contra a batalha final no original do livro.

O controle entre as duas fontes de poder cujo será o milagre feito no monastério pela minha meia irmã. Faz sentido a causa da morte de Elizabeth ter sido tão cruel no livro.

Ouve tantos comentários comemorando o final trágico da sua vida, mas não conseguia pensar da mesma maneira.

Elizabeth algum dia foi amada? Sua vida foi feita apenas para que sugam o seu poder. Como deveria ter se sentido quando todos lhe abandonaram? Quanto medo ela sentiu?

— Quer mesmo saber? — Voz da alma de Elizabeth.

— Está aqui? Isso é possível?— Pergunto tentar compreender o que está acontecendo.

— Seu corpo está bastante ferido, é difícil respirar, seus pais sempre vêm visitar com um ramo de flores. Sua irmã tentou lhe matar diversas vezes, mas tem uma pessoa que está ali para nos proteger. — Ela fala contente. — Ele está o tempo todo preocupado, as poucas vezes que abro os olhos sinto o quanto é feliz.

— Quem se importa tanto comigo? — Pergunto incrédula.

Ela abaixa a cabeça triste e depois me encara com um sorriso.

— Ele é maravilhoso, estou feliz por ter alguém que lhe ama. Por isso me perdoe por roubar sua oportunidade de ser feliz. — Fala desaparecendo.

— Espere! Conte-me mais! Espere! — Corro atrás dela.

Uma luz cega meus olhos desaparecendo completamente a alma de Elizabeth. Abro os olhos e estou com o meu professor lendo as anotações que fiz.

— Finalmente acordou. Excesso de trabalho pode matar, vai ficar por uns dias descansando. — Fecha o diário, colocando debaixo do seu casaco.

— Onde pensa que vai com meu trabalho? — Digo zangada.

— Esqueça esses métodos. — Responde levantando da cadeira que estava ao lado da cama.

— Não pode simplesmente pegar algo que o meu! Devolva! — Grito queimando em febre.

Ele colocou a mão na minha testa utilizando a sua magia para diminuir minha temperatura.

— Está nesse estado por praticar magia proibida. Tenho ordens de lhe manter segura, por favor não complica meu trabalho.

— Quem é você? Por que sempre utiliza máscara?

— Não precisa saber quem sou.

— E como devo confiar se não sei quem és?

— Daria a minha vida pela sua, confie nisso.

Ele saiu do grupo logo depois das últimas palavras com o livro em mãos. As empregadas logo em seguida trouxeram refrescos, ajudando ficar sentada.

No dia seguinte voltei para treinar com a espada, dessa vez o meu treinador é diferente. A máscara pode ser igual, mas aprendi identificar cada movimento automático do mestre.

— Quem és? — Pergunto ameaçando com a espada.

Do outro lado não há respostas, avançando os ataques brutalmente. Percebi que não é mais um treino com passos de outros em volta. Alguém enviou assassinos para me matar.

— Quem lhes enviou? — Grito procurando brecha entre os ataques.

Os homens grunhiu em dor, porém não respondem as minhas perguntas. Sinto a presença de outros aproximando do local, sei que ficará perigoso continuar lutando sozinha.

Criei uma abertura para fugir, não esperando que utilizassem flechas. Foi um erro fugir daquela maneira, resultando com uma flecha no ombro.

— Ahhhhhhhhh! — Gritei largando a espada devido à dor.

— Abaixe, Elizabeth! — Ouço a voz do mestre.

Obedeci suas ordens, sentindo o vento da sua arma passar pelos fios do meu cabelo. Poucos metros um homem grita espirrando sangue no meu rosto.

— COMO OUÇAM?! — Seu mana sufoca o ambiente, comprimindo o ar.

— Meu senhor, Lady Elizabeth está... — Grita um cavaleiro.

— Eu sei! — Trinca os dentes. — Tirem-na daqui!

As espadas cruzam com assassinos que insistem na perseguição. Os guardas do local fazem de tudo para proteger minha vida.

Meu mestre está lutando com moderação para não ser atingida pelo seu poder. No meio de toda essa luta, penso em Elizabeth, será que se ela soubesse que está sendo protegida voltaria para casa?

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