Cap _16

— Não pode culpar-me por tudo que a minha esposa passou, tentei proteger as duas! Fiz o melhor que pude! Fiz o melhor...! — Grita em prantos.

— Duque de Camis Lanvald, está se fazendo de tolo ou realmente não sabe o tamanho dos seus crimes? — Fala arrogante.

— Como ousa falar tão desrespeitoso com o pai da imperatriz?! — Grita Angela autoritária.

— Cale essa mulher antes de cortar sua língua! — Fala em ameaça brilhando uma densa escuridão à sua volta. — Lembre-se se estivessem no nosso território, não sairiam disso apenas com um aviso.

Os convidados ficaram chocados vendo nossos corpos desaparecerem como fumaça no ar. Fechei os olhos apertando em medo, abrindo estava na torre diante de Sir. Hélio.

— Senhor Hélio , finalmente poderemos sair...! — Me assustei caindo para trás diante de uma presença esmagadora saindo de trás dele. — Senhor Hélio!

— Está tudo bem, Lady Elizabeth. É bom ver seu rosto pela última vez. — Diz sorrindo, aproximando com as mãos geladas, toca meu rosto com carinho. — Confio sua segurança...— Cospe sangue. — Vai ficar segura na torre dos magos.

Percebo a espada do mascarado pingando sangue.

— O QUE FEZ?! O QUE FEZ COM SIR. HÉLIO? O QUE FEZ?! — Grito como louca.

— Não é culpa dele, por favor não culpe os meus amigos.

— Hélio! — Gritam quando caí sob meus ombros.

Eles pegam seu corpo verificando seu ferimento vendo um símbolo de extração no peito do lado do coração.

— MALDIÇÃO! — Grita um dos mascarados.

— Hélio. — Fala outra mascarada em prantos.

— Chegamos tarde demais...! — Diz outro batendo contra o chão.

— Salvem, Lady Elizabeth. — suas últimas palavras antes da alma partir.

Gritei tentando conectar com a árvore para lhe trazer de volta. Implorando aos prantos para trazer meu amigo de volta à vida.

Só queria de volta pagando qualquer preço que pedissem.

Abracei seu corpo, porém o mascarado pegou pelo meu abdômen, afastando, antes da magia de fogo queimasse. O que sobrou do corpo virou cinzas diante dos meus olhos.

Os mesmos que choram queimam o corpo, tentei impedir, no entanto, sofri um colapso mental ficando preso no vazio.

O grupo escapou do palácio queimando tudo pela frente, os amigos que obtive foram salvos da morte e o restante foram mortos como represália.

Contaram que Sir. Hélio nunca poderia escapar da sua maldição, pois a sua vida está ligada com a mansão. Quando ele disse que passou pela mesma dor, foi a mesma ou pior.

Ele foi o primeiro resultado positivo do segundo príncipe. Manipulando a natureza com o antigo ritual proibido, ligou a alma do meu único amigo no castelo para que ninguém conseguisse entrar.

Como resultado, o palácio virou o próprio corpo, sua mente vagou nessas paredes, até que conseguiu criar um corpo físico para reprimir a dor que sente.

Ele foi o único que entendeu o que passei, portanto quis tirar-me da mansão antes que o louco do príncipe me transformasse numa arma ou algo pior como fez com todos que capturou.

Só não fui completamente absorvida por minha irmã, pelas más intenções do príncipe que perdeu toda a sua bondade após ver o mesmo ocorrer com a sua mãe.

A podridão desse mundo me enoja, entendo porque a verdadeira Elizabeth não quer voltar. Inclusive gostaria de destruir esse lugar imundo.

— Lady Elizabeth, pega a espada. — Joga uma madeira em formato de espada. — Vamos treinar.

Diferente do treino com os criados, dessa vez estou sendo treinada de verdade. Defendendo ataques reais, sofrendo golpes dolorosos, pegando de maneira correta em posição firme ap espada.

Meus pés um pouco separados, meio curvados, mãos firmes mas, ao mesmo tempo, soltos.

Tenho falado pouco com o cavaleiro que me treina, todavia está sempre prestando atenção no meu movimento.

— Repita esse movimento 300 vezes. — Fala bravo.

— Trezentos? — Pergunto incrédula.

— Trezentos e cinquenta. — Responde sentando numa cadeira à frente tomando o seu chá.

— É sério? — Digo tentando compreender o que fiz de errado.

— Valquíria, comece a contar.

— Sim, meu senhor. — Diz curvando em respeito.

Achava Madeleine cruel nos treinos, porém encontrei o verdadeiro monstro. O tempo passa lento nesse lugar, as crianças têm muita curiosidade por mim. As criadas estão sempre caladas fazendo suas obrigações como se não existissem.

Eles não sentem vontade comigo, pois sempre chamo cada um pelo nome. Estou sempre buscando conhecimento e acabei sendo aceita na escola de magia, então descobri que a maior parte dos estudantes são cegos.

Isso foi algo estranho de descobrir.

Os livros dos iniciantes são todos para deficientes visuais. Com o tempo aprendem controlar a magia no corpo conseguindo enxergar novamente.

As aulas feitas em conjunto me fizeram sentir burra, achei que havia dominado tudo, porém estou longe disso.

Todos os professores são rigorosos, como estou atrasada, levo a maior parte da bronca. Sou responsável pelas tarefas difíceis como punição, por sair ruim nas provas.

— Sendo neta ou não, deve conseguir se proteger. — Reganha uma professora.

— Sim, senhora.

Aproxima um aluno da classe.

— Os castigos são para fortalecer seu corpo e a força de vontade, se compreender sua vontade de viver será mais fácil manipular a magia. — Fala ajudando limpar os vidros das janelas.

— Compreender minha vontade de viver. — Resmungo.

— Todos os seres vivos têm algo para lutar, seja por seu amante, sua mãe, para obter poder. As pessoas querem conquistar algo, por isso se esforçam tanto.

— E quem não tem um motivo? Quero dizer: uma pessoa que perdeu tudo e só está agarrada na vida sem nem saber a razão ?

— Seria triste para essa pessoa viver sem motivo, mas basta criar um novo motivo que lhe faça lutar.

— Obrigada por sua ajuda. — Agradeço respeitosamente.

— Serei seu parceiro de treino, não tem o que agradecer.

— Parceiro? Ninguém me falou.

— Alunos fortes com alunos fracos, essa é a regra.

— Não é injusta pro mais fraco.

Ele ri da expressão no meu rosto.

— Devo aprender controlar a força dos meus ataques, você precisa aprender utilizar sua força. Dois iguais não vai haver equilíbrio da magia.

— Entendi.

— Elizabeth! — Chama uma dama de companhia.

Olho para me despedir e o rapaz sumiu como vento.

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Comments

Aninha <3

Aninha <3

essa história só está me fazendo chorar 😢

2024-09-30

0

Aninha <3

Aninha <3

e eu achando q ela tinha parado de sofrer tanto, vê a autora e coloco o hélio para ir em bota da história. fazendo com q eu comecei a chorar 😢

2024-09-30

0

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