Cap_15

Não foi fácil as aulas.

Tive muitas frustrações no começo, aprender nova forma de linguagem é sempre um desafio.

Com o tempo consegui evoluir, lendo vários livros por dia. Consegui fazer contas básicas e identificar o peso das moedas nas mãos.

Conferir a balança na hora do pagamento semelhante a evitar cair em golpes. Nesse tempo estou aprendendo e errando, as minhas habilidades com as facas ficaram poderosas.

Não sei usar magia, mas sei o suficiente para me defender. Meses passaram-se e a guerra continuava avançando para as terras.

Meu pai está na linha de frente contra o imperador, mas sei que está foi uma linha temporal do qual mudei. A batalha final será contra o Rei dos demônios. Aquele ao qual meu novo amigo quer me enviar na torre dos magos.

A igreja com o novo imperador, cujo é o príncipe herdeiro, vai unir forças para expulsar os demônios que a torre insiste em proteger.

Sei disso, pois li esse livro diversas vezes. O livro foi muito popular, admirava a minha meia irmã por fazer uma obra tão maravilhosa e cheia de detalhes do qual não consigo.

— Como é a torre dos magos? — Pergunto para lorde Hélio.

— Só uma palavra descreve aquele lugar: perigoso. Todo tipo de mago trabalha e estuda no mesmo ambiente, o próprio castelo parece ser vivo. Somente os gênios têm permissão de entrar na biblioteca, cada aluno tem seu próprio laboratório para realizar suas pesquisas. São excêntricos, desacreditam em deuses, confiam na sua ciência e admiram as estrelas.

— Quais chances de poder entrar na torre sem a sua ajuda?

— Nenhuma. Magos são excelentes em matemática e história, a sua pior matéria.

— Posso ser péssima, mas você insistiu em me ajudar, deve ter algo em mim que faça ser uma grande maga.

— Só tive pena de você.

— Mentira, tenho quantidade de magia maior.

— Todos os magos têm, não é nada diferente.

— Meu poder é ilimitado.

— Sim, o meu também.

— Consigo conectar com a terra, enxergo a alma das pessoas.

— Por que acha que ando descalço?

— Irritante.

Hélio começa a rir, tocando minha cabeça bagunçando meu cabelo.

— Todo mago tem conexão com a árvore da vida, somos descendentes indiretos dos elfos. Depois da mistura de espécies, os poderes foram distribuídos entre as descendências.

— Onde fica a árvore da vida?

— Ninguém sabe sua localização, porém sempre que estamos à beira da morte ou precisamos de ajuda conseguimos nos conectar. Mestres da magia consideram que a árvore é apenas uma ligação insistente.

Discutimos vários assuntos diferentes durante nosso curto tempo. Tudo chega ao fim depois de várias perdas do ducado com a rendição do imperador.

Houve uma enorme comemoração nas ruas, o príncipe herdeiro desfilando ao lado de sua prometida recebendo flores. Meu pai atrás com os prisioneiros chamado de herói e o noivo com a cabeça do homem que defendia os portões do palácio imperial.

Os jornais distribuíram páginas e páginas da sangrenta guerra, como os preparativos para coroar o novo imperador estava ficando bonito e a nova imperatriz que contém o poder da luz.

Fui obrigada a ir ao evento para prestigiar " heróis", ficando o tempo todo no canto evitando chamar atenção. Todavia, para a princesa ex-prometida do novo imperador estava fora de questão.

O segundo príncipe desistiu de ser coroado a poucos segundos depois de ganharem a guerra, Voltando para o palácio antes de todos para organizar nosso casamento às pressas.

Se não fosse pelo Sir. Hélio estaria casada.

Meu pai parecia feliz pois minha irmã está na cadeira mais alta da casa. Sua mãe sorri satisfeita com todo o trabalho feito.

Porém, queriam me humilhar, envergonhar na frente da corte com sua descortês elegância em pedir desculpas por amar meu ex.

Comecei a rir da situação, jamais tive olhos para o príncipe herdeiro e era conhecimento de todos, deixando o homem furioso com o desprezo.

— Não esperava menos de alguém com o coração frio como o seu.

— Seja feliz, imperador.

As pessoas pararam para olhar, sussurrando como o novo imperador parecia ridículo perto da sua ex.

— Noiva, está na hora de irmos embora. — Oferece a mão o segundo príncipe.

Olhei com desgosto para a mão, fazendo todos dar gargalhadas.

— Segura minha mão. — Diz em ameaça.

— Precisa ameaçar uma jovem dama para que seja sua esposa?! — Sai um homem de máscara da plateia. — Achei que os servidores dos Deuses tivessem uma conduta sobre cuidar de suas mulheres. Parece que todas as escrituras dos sacerdotes são mentiras.

Os príncipes arregalaram os olhos na direção do homem mascarado que está com outros do seu lado de capuzes.

— Identifique-se! — Grita o segundo príncipe com a sua espada invocadora das almas.

— Sou Wells, jovem aprendiz do supremo mago das Torres. Vim pra dar condolências à noiva. — Fala se curvando com o braço esquerdo esticando no rumo do coração.

— Não é condolências, idiota. — Fala uma voz femina do lado direito lhe chutando.

— Ops! Perdão, não são condolências. Vim trazer esperança para a noiva, tem várias poções que podem ajudar, venenos potentes. — Fala alegremente.

A mulher mascarada pisa no pé dele.

— Aí! Aí! Por que fez isso? — pulando de um pé só.

— Peço desculpas, sol do império, imperador dos reinos...

— Poupe-me da bajulação. Não irei aceitar a rendição do seu povo. — Grita o novo imperador Antônio.

— Não viemos pedir por rendição. — Viram para meu rumo. — Lady Elizabeth, está na hora.

Sir. Hélio sempre me alertou sobre seus amigos que um dia viriam me buscar. Caminhei até eles sem pensar em nada, ouvindo os gritos para voltar imediatamente do meu noivo.

— Lady Elizabeth, foi prometida ao nosso povo, viemos levar nossa prenda. — Diz o homem arrogante.

— SOLTE-A! — Grita o segundo príncipe.

— É melhor que solte sua espada, meu mestre é bastante ciumento com seu harém.

— Elizabeth, filha, vem aqui. — Grita o duque.

— O imbecil ainda está vivo? — O homem vira para seus companheiros mascarados. — Duque de Camis Lanvald, sua cabeça é o maior desejo, não bastava matar a filha do meu mestre, tinha de ferir sua neta? Te matarei sem precisar de nenhum pagamento, será um prazer.

— Não viemos para isso! — Grita a voz da mulher máscara segurando seu braço.

Ele olhou para mim e colocou debaixo da sua capa.

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