Cap _6

— Chega de conversa! — Diz prepotente o general com o rosto coberto pelo elmo.

Ninguém foi poupado, levados com correntes grossas para as masmorras. O Duque ficou em silêncio durante o caminho de cabeça baixa com o olhar feroz.

— Ande! — Um cavaleiro empurra-me, o mesmo que me atingiu várias vezes.

Olhei de canto de olho e logo uma espada atravessou seu corpo. Angela gritava assustada abraçando a mãe aos prantos trêmula. Apenas continuei olhando para os olhos negros admirando o frio olhar daquele sujeito.

Ele ofendido se aproximou em ameaça, colocando sua espada no meu pescoço.

— Não está com medo? — A voz grossa saiu de sua boca como trovões.

— Por que deveria ter medo? — Pergunto encarando seu rosto aproximando meu corpo da espada cuja mão que o segura afasta para não me cortar.

— Está louca?! — Grita.

— Talvez seja melhor morrer nas mãos de um homem com a voz tão bonita.

Ele ficou quieto, vindo seus soldados levarem-me para a carroça onde estão outros criminosos. Os criminosos de dentro queriam tocar meu corpo, porém suas mãos foram cortadas pelo general.

— Quem lhe tocar nas mulheres terá a pior das mortes. — Dá o aviso para todos.

Fico perplexa com poder desse homem, a forma como movimenta sua espada parecendo pluma de ganso, no entanto só de olhar para espada sabe que deve pesar uma tonelada.

Durante o caminho, Angela continua chorando dizendo ser inocente. Sua mãe está irritando os soldados, recusando comer a comida que lhe dão.

Deveria ser grata por ter uma refeição, a comida nem é ruim como ela faz parecer. O pão é o mais macio que provei e a sopa rica do qual sinto vontade de pedir um bocado há mais.

O Duque não reclamou, no entanto não tocou em nenhum prato, sentado reto como uma rocha, sempre calado.

Achei estranho quando ele me deu sua parte, aceitei por ainda estar com fome. Seja qual for suas intenções para o bem ou para o mal não irei recusar comida.

Foi a primeira vez que vi as ruas e as vilas cheias de camponeses e comidas exóticas. Queria tanto provar um pouco, por isso fiquei encarando tudo com curiosidade.

Passamos por uma montanha que fala ter um duende cujo concede desejos. O lugar é tão bonito e o ar puro do qual não estou acostumada.

Estava adorando como se estivesse num passeio de escola, admirando o máximo do local. Incomodando a nobre mãe de Angela que sentiu ofendida por estar desfrutando do momento.

— Como pode estar animada nessas condições? — Fala cheia de rancor.

Olhei para seu rumo revirando os olhos.

— VOCÊ NÃO SENTE ARREPENDIMENTO? CONDENOU TODOS POR SEU PRÓPRIO EGOÍSMO!

— Foi o mesmo que fizeram comigo, não vejo qual é o problema. — Respondo friamente.

Os soldados próximos observavam a conversa sem se interferir. Deve ser por estar acostumada que simplesmente não me importa como me vejam ou tratam. Sempre estive sozinha, nessa e na outra vida, só dependendo de mim mesma.

— MULHER MALDITA! COBRA Peçonhenta!— Faz um escândalo.

Os soldados interferiram para mandar ficar quieta, parando a marcha para lhe conter.

— O que está acontecendo aqui? — Pergunta o general.

— As duas estavam discutindo, meu senhor. — Fala respeitosamente curvado com uma das mãos no peito.

— Parece que vocês acham que essa viagem é um passeio turístico, não se deram conta que podem morrer a qualquer momento? — Diz friamente em autoridade.

Dou de ombros, irritando Angela que tenta me acertar, mas é empurrada para trás.

— Você parece gostar de causar problemas. — O príncipe olha para meu rumo com raiva. — Tirem -na da carroça! — Ordena aos soldados que obedecem. — A partir de agora vai caminhando.

Amarrada no seu cavalo foi forçada a caminhar no ritmo de seus soldados. O cansaço bateu junto com a sede e o calor não ajudou muito, tropeçando diversas vezes, machucando os joelhos.

Nenhum ofereceu ajuda, entretanto não houve deboche, seguiram como se não estivessem vendo minha dificuldade.

Quando pararam finalmente perto do rio pude descansar um pouco, doendo abaixo dos ossos onde fica o pulmão. Até a respiração era dolorosa, mas esforcei um pouco querendo beber água.

O rio estava à frente então não pensei caminhando no seu rumo, o que fez o cavalo andar derrubando seu dono. Fui derrubada pela corrente que me prendia caindo em toda a velocidade, batendo forte a cabeça no chão perdendo a consciência.

Vivo perdendo a consciência.

Dessa vez acordei numa boa cama com lençóis macios, num ambiente cálido. Tentei levantar a perceber que estava presa por correntes nas pernas e braços, vindo uma onda de dor de cabeça.

A porta do quarto foi aberta entrando uma bela dama com uma bandeja com faixas e ataduras para serem trocadas.

— Lady está acordada! — Grita cheia de entusiasmo saindo correndo chamando o médico.

— Aí. — Reclamo de dor, tentando tocar na cabeça por causa da dor.

— Está doendo a cabeça? — Voz masculino pergunta.

— Está é a pergunta mais idiota que ouvi. — Respondo sem paciência devido a dor está aumentando.

— Realmente não foi uma boa pergunta, dado seu modo atrevido de responder para alguém que pode lhe matar.

Olhei para frente, entretanto minha visão desapareceu, tudo escureceu.

— Não consigo ver, não consigo ver! — Começo entrar em pânico. — Não consigo... Não consigo...— O pânico faz tremer de uma maneira insuportável.

Sempre tive um trauma muito grande pela escuridão, não sei como surgiu o trauma.

— Ei? Acalme-se! Ei! — Tenta me tranquilizar.

Continuo entrando em pânico tentando quebrar as correntes que me prendam, machucando meus pulsos.

Ouço pedirem para parar, entretanto tenho muito medo, preciso sair dessa escuridão. Meus braços são soltos e a primeira coisa que tento fazer é tirar essa escuridão quase perfurando meus olhos sem ter conhecimento.

— DISSE PRA SE ACALMAR! — Segura meu punho com força quase quebrando.

Reclamo de dor sendo solta meu braço, tremendo enquanto mordo os meus lábios.

— Por que demorou tanto? — O homem briga com alguém.

— Desculpe, meu senhor. — Ouço outra voz masculina.

— Verifica os olhos dela, parece não estar enxergando. — Diz meio aflito.

Percebi que se tratava de um médico no local e meu desespero tornou-se em esperança.

— Doutor, por favor me ajude.

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Comments

Jéh C. Kta

Jéh C. Kta

essa pobi só sofre. 😔

2024-03-18

5

New Biana

New Biana

acho que vai ficar com o general

2024-03-04

2

Sophya Amparo ramos

Sophya Amparo ramos

shippo ela com o general

2024-01-17

2

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