Cap_2

Como na minha outra vida pareço sempre estar fadada a sofrer pelas mãos dos outros. No mundo criado pela minha irmã que me traiu qual seria a chance de sobreviver?

Não quero continuar indo pra um caminho onde sei que serei machucada. Caso seja obrigada a viver em traição, prefiro abandonar meus sentimentos vivendo como um fantasma afim de ter pelo menos o que comer.

— Soltem minha menina! — Grito alto poderoso como raio cheio de raiva.

Olhei em lágrimas para o lado e lá estava o Duque com sua guarda. Os soldados em cima do meu corpo assustados saíram correndo. Coloquei a mão no rosto para tampar as lágrimas que saíram descontroladas do rosto.

Quantas vezes Elizabeth passou por isso? Quantas vezes abusaram do seu corpo? Só consigo imaginar o desespero dela para sair desse castelo, onde todos lhe desprezam e fazem o que querem.

O Duque utilizou sua capa para cobrir meu corpo enquanto seus guardas pessoais pegaram os soldados encubidos para me proteger.

Ainda com o braço tampando meu rosto, só conseguia sentir ódio, tanto pelo meu passado como pelo presente e levantei pegando a espada da cintura de meu pai acertando a garganta do único na sala que fez tudo isso acontecer.

Conde Massalon estava morto sobre a mesa e os outros vassalos imploraram por suas vidas. O sangue escorria na espada enquanto a loucura corrompe meu coração.

— Elizabeth, minha querida, deixe isso comigo. — O Duque pede com gentileza.

Sua aproxima faz reagir de modo violento sendo bloqueada a espada que está na minha mão por um dos seus cavaleiros que utiliza a magia de repelir, devolvendo o ataque cujo causa danos internos fazendo vomitar sangue.

— O que você fez?! — O Duque grita com seu subordinado o pegando pelo pescoço.

Entre o pânico de acabar morta saí correndo ferida, tentando encontrar a saída do castelo, todos em volta eram figuras assustadoras que para mim queriam me matar.

Ataquei todos que tentaram me segurar, correndo sem rumo descalço parando no alto do castelo cercado pelos guardas do castelo. Sem jeito de escapar, a única saída seria pular do castelo pelo menos daquele modo não seria estrupada.

— Lady Elizabeth, se afaste da ponte! — Ordena o cavaleiro Leonard.

Olhei para trás e para a queda.

Uma longa queda até tocar o chão.

— Lady Elizabeth, suas criancices estão indo longe demais. — Diz outro cavaleiro Sir. Alff.

Nem quis desperdiçar palavras, me jogando da ponta sentindo meu braço ser pego pelas mãos do Duque.

— ME SOLTE! NÃO IREI VIVER! NÃO VAI ME FERIR! ME SOLTE! ME SOLTE! — Se debatendo obrigando a soltar.

Outro cavaleiro conseguiu me pegar em segurança acabando com a esperança de escapar da miserável vida de Elizabeth. Chutei o cavaleiro e bati sem parar para que me soltasse, no entanto ele conseguiu me trazer para cima lançando uma magia na minha mente obrigando a dormir.

Pude ouvir as empregadas limpando o meu corpo com água congelada, sem cuidado algum, cheias de desprezo, reclamando de ter que fazer esse categoria de trabalho.

Ouvi meu pai andando pelo quarto, cobrindo com uma manta grossa e pedindo desculpas. E finalmente pude abrir os olhos no quarto dia, a doce senhora estava ao meu lado segurando minha mão com força nas longas noites que passou comigo.

Não havia comida por perto ou qualquer rastro de que nesse tempo outras pessoas vieram ajudar.

— Senhora, por favor, vá descansar. — toco sua mão carinhosamente.

— Lady Elizabeth, finalmente está acordada. Oh, meu Deus! Finalmente... Finalmente...! — Chora de alegria.

— Parece ser a única que nesse lugar se preocupa comigo. — Falo meus pensamentos em voz alta.

— Oh, não! Minha Lady, o duque esteve aqui o tempo todo cuidando da senhorita, só saiu para castigar aqueles crápulas. — Diz eufórica cheia de raiva.

— Só estou nessa situação por causa das suspeitas do seu senhor. — Respondo quase engasgando no peso dessas palavras.

Na entrada do quarto, o duque aparece com expressão sombria, fazendo sinal para que a velha senhora saia do quarto.

— Nunca quis te magoar. Peço desculpas por tudo que tem passado, juro que vou lhe recompensar por todo o sofrimento. — Fala friamente enquanto olha meus pulsos machucados.

Confesso que deixei o coração de Elizabeth falar, tudo que passou no livro foi por culpa desse homem que fechou os olhos para seu sofrimento. Talvez tivesse o mesmo destino caso apenas gastasse em vestidos e jóias como ela tentou fazer para escapar desse lugar.

— Se realmente sente muito, deixe-me ir. — Digo com a voz branda com o toque de machucado.

— Farei tudo para que seja feliz, por isso descanse. — Diz virando de costas para sair do quarto.

— Você nunca foi um pai, mesmo depois de ver o que seus vassalos e nobres soldados estavam fazendo com sua única filha, ficou quieto. Não espero nada de você, imundo.

Seu nobre cavaleiro entrou dentro do quarto lançando magia no meu rumo que foi anulada pelo poder do duque. Ainda que por pouco o poder atingiu novamente o rumo do coração, ocorrendo novamente o desmaio.

Nenhuma dessas pessoas me vêem como a Lady do castelo, sou apenas uma filha ilegítima que está aqui contra a vontade do duque.

Acordei na escuridão e nenhum guarda estava me protegendo, esse é a maneira dele dizer que devo obedecer-lhe mesmo que todos me odeiam.

Desde que acordei tenho vivido um inferno, gritar ou bater de frente não vai mudar o destino que me aguarda. A confirmação veio ao ver o príncipe herdeiro no jardim que estava para acalmar minha mente.

Exatamente como descreve no livro, ele gentilmente veio com um lenço para enxergar minhas lágrimas. Com uma fala mansa consolou meu sofrimento, entendo o porquê Elizabeth estava determinada em conquistar seu amor.

Ele deu esperança para que pudesse esperar mais, do que uma vida de servidão e então lhe deixou por outra mulher novamente empurrando para o buraco da onde custou sair.

— Não quero sua piedade. — Franzi o rosto empurrando de volta seu lenço.

— Desculpa minha ofensa, só.... — gesticulando com as mãos , sem saber o que fazer.

Furiosa, peguei pela sua camiseta empurrando-o no chão.

— Fique longe de mim, verme. — Falo com a voz enojada, indo embora em seguida, deixando confuso o príncipe.

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Comments

Saionara Alves de Melo

Saionara Alves de Melo

mano o começo da história é sobre violência contra a mulher dentro de casa com a própria família eu não sei se começou bem ou se começou mal mas vou continuar lendo/Sweat/

2024-08-14

0

Angela S Silva

Angela S Silva

Está muito confusa essa história

2024-03-09

3

New Biana

New Biana

Não consigo entender essa história é muito complexa.

2024-03-04

2

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