Capítulo 18 - Parece que isso não vai acontecer…

Não consigo manter minhas mãos muito longe dela e a última vez que a toquei foi há dois dias.

Arrumando um pretexto de que estou dando apenas uma volta pela minha empresa, apareço em sua sala. Seus colegas de equipe me olham nervosos, e pessoal começa a se agitar, andando apressados de lado para o outro se esbarrando um nos outros.

— O que você está fazendo aqui, senhor Laquintinie? — ela arquea uma de suas sobrancelhas para me perguntar.

— Eu não posso andar pela minha empresa? — paro perto dela, colando minhas mãos nos bolsos da minha calça.

— Se isso for um hábito costumeiro e de rotina do senhor em sua empresa, onde seus funcionários já estão acostumados, não vejo problema nenhum, mas aparentemente este não é o caso. — aponta para a sua equipe agitada.

— Só pensei em vir dar uma olhada — me aproximo ainda mais dela.

— Alain — ela sibila quando fico muito próximo dela, como um aviso.

— O quê? — dou a volta pela mesa na qual ela trabalha com os seus desenhos e paro ao lado dela me debruçando sobre os seus croquis, fingindo avaliar os mesmos, quando, na verdade, uso a desculpa para sentir o cheiro do seu shampoo de ameixas nos seus cabelos, lindos e macios.

— Alain, o que você está fazendo aqui? — ela está soltando um pequeno rosnado para mim, o que me excita me deixando duro na mesma hora.

— Eu só queria ver se está tudo bem por aqui — digo dando de ombros e pego um dos seus desenhos — Gostei bastante deste, mas e se mudarmos o colarinho dele e a manga, fazendo uma altera… — Liza se levanta e vai até a porta da sua sala e a fecha, depois baixa as persianas nos deixando no escuro e longe dos olhares de sua equipe.

— Isso não vai dar certo, se você ficar aparecendo aqui de surpresa na minha sala sem nenhum aviso e ficar me cercando, Alain. E este foi apenas o primeiro final de semana que passamos juntos — ela se vira para mim e cruza os seus braços me olhando com raiva — Então se você não tiver realmente um motivo concreto para estar aqui, deixe eu e minha equipe trabalharmos em paz.

— Não posso simplesmente sair assim, Elizabeth — aponto para a barraca em minhas calças — Estou duro.

Ela olha para a minha ereção e morde os lábios.

— Tem um banheiro atrás daquela porta, pode usar se quiser — me diz ainda se mantendo a um metro de distância de mim. Não era a reação que eu esperava ou imaginava — E vai fazer isso sozinho — diz como se tivesse lido os meus pensamentos — Levo muito a sério o meu trabalho Alain.

Achei que conseguiria em algum momento anular a regra de nada de sexo aqui na empresa. Desde o final de semana que passamos juntos, tudo o que consigo imaginar é ela debruçada sobre a minha mesa, enquanto a fodo por trás. E isso não tem me deixado trabalhar direito.

Parece que isso não acontecerá…

— Me desculpe, não vou te atrapalhar mais — me encaminho até ela lentamente, colocando a mão nos bolsos e ajustando o meu pau de uma forma que a minha ereção não fique muito visível. Passo por ela indo até a porta atrás dela e antes de eu sair me viro para Elizabeth — Um carro vai estar te esperando às 19h em frente ao seu prédio para o nosso primeiro jantar semanal.

E agradeço por hoje enfim ser quarta-feira e termos um compromisso, um tempo fora da empresa onde poderei tocá-la.

Ela apenas assente, antes de fechar a porta atrás de mim. Sua equipe me olha apreensiva e passo por eles sem encarar ninguém.

Assim que chego até a minha sala, encontro Antoine tomando uma doce do meu melhor whisky sentando no meu sofá lateral.

— O que faz aqui? — me sento atrás da minha mesa — Você não deveria estar bebendo em serviço, o que, aliás, é isso que deveria estar fazendo atualmente, trabalhando na nova linha de joias, para o lançamento daqui a três meses.

— Vim atrás de você para lhe mostra a minha ideia para a nova linha, mas quando entrei não estava aqui, então resolvi lhe esperar, enquanto me sirvo, além disso, qual é sentido de você ter um mine bar em sua sala se não podemos beber? — arqueio uma sobrancelha para ele — Fiquei esperando você voltar da sua tentativa falha de uma transa escondida — ele balança o copo com o restante da sua bebida antes de tomar todo o conteúdo de uma só vez.

Reviro os olhos para ele e peço ao mesmo tablete que estava ao seu lado do sofá com gesto de mão.

— Vamos trabalhar — bufo contrariado e tento me distrair com o trabalho e esquecer por um momento a loira que rouba os meus pensamentos, não querendo dar o gostinho a satisfação para ele, sobre como as coisas andam entre nós dois. Estou muito ansioso para meu jantar de mais tarde com ela.

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Passo a dia inteiro preso em reuniões com o Antoine e a sua equipe.

As horas parecem correr lentamente.

Quando todas as reuniões do dia se encerram já são 18h. Saio da sala feliz para enfim poder encontrar ela, como se eu já não tivesse visto ela hoje mais cedo. Subo direto para o meu apartamento, contando os segundos para poder enfim ir vê-la. Mas assim que entro no meu apartamento, meu telefone toca com uma mensagem dela.

📩 Liza (18:15):

Desculpe, Alain, houve um imprevisto e não poderei ir jantar com você hoje.

Merda!

Ligo para ela para saber mais, mas a ligação só cai na caixa de mensagem.

Será que fui eu que estraguei tudo, indo atrás dela na sua sala, como um cachorro no cio?

Ando de um lado para o outro com as mãos nos cabelos e decido responder a sua mensagem, me mantendo calmo. Foi apenas um imprevisto como ela mesma me disse na mensagem.

✉️ Eu (18:47):

Estou preocupado agora, aconteceu alguma coisa grave? É com os seus desenhos ou algo pessoal? Me liga de volta por favor.

Mando a mensagem. Passa alguns minutos e ela não me responde. Penso em ligar novamente, mas não o faço.

📩Liza (19:00):

Estou bem, apenas surgiu um assunto de família. Não se preocupe.

✉️ Eu (19:00):

Tudo bem, querida. Se precisar de mim, qualquer coisa, é só me ligar. Te vejo na empresa amanhã.

Ela não me respondeu mais, mas ainda assim me mantenho preocupado e chateado pelos meus planos não terem dado certo hoje.

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