Depois que ela saiu da minha sala furiosa, tudo o que ficou na minha mente foram as palavras de que ela não mentiu sobre ser solteira, mas quem será que era aquele cara? Um amigo, irmão?
Estou na sala de reuniões, olhando para ela e sua equipe se preparando para começar. Peças de roupas, esboço, desenhos, moldes e mais moldes espalhados pela mesa.
Enquanto ela vai nos explicando a tendência para o lançamento desse outono/inverno, tudo o que imagino é ela, sentada em cima da mesa com aquele vestido daquela noite na boate, que me deixou de pau duro, o mesmo sapato que está usando atualmente nos explicando os seus croquis, enquanto meus olhos viajam para as suas pernas longas e macias, ombros, clavículas, o vale entre os seus seios. Todos os caminhos que as minhas mãos, boca e língua poderiam estar tocando se ela aceitasse o maldito acordo.
— Senhor Laquintinie, está me ouvindo? — pisco duas vezes antes de pigarrear e voltar a minha atenção para o que está acontecendo aqui agora, agora.
Encontro ela do meu lado e não em cima da mesa, usando um vestido, mas sim um macacão de seda que lhe cai muito bem.
— Perdão o que disse? — ela revira os olhos para mim e começa a falar novamente sobre as peças que desenhou, olho para ela, na sua boca que está sendo usando um batom vermelho, se momento com as suas falas, me aproximo mais, sentindo o seu perfume, doce e critico.
— O senhor está prestando atenção? — ela me olha com fogos nos olhos.
— Com você assim tão perto de mim, fica meio difícil.
Ela se afasta se levantando e começa a recolher as suas coisas. Droga, acabei de dizer isso em voz alta pelo jeito.
— Me desculpe — digo segurando o seu braço, e me afastando logo em seguida, me sentando na outra ponta da mesa, deixando ela fazer o seu trabalho — Estou focado agora.
Ela me dá uma última olhada, antes de se sentar novamente e começar a sua reunião comigo do zero. Desta vez ouço tudo o que ela diz e avalio todos os seus desenhos, gostando bastante. Ela tem talento. Apesar de ter visto alguns ainda incompletos, eles ainda assim me parecem ótimos.
— Então senhor Laquintinie, estão do seu agrado? Apesar da correria para está reunião de última hora, deu para juntar os melhores croquis — ela me pergunta audaciosa.
Gosto disso, mas querida, eu irei quebrá-la.
Para uma equipe que preparou tudo em cinco minutos, eles foram rápidos e bons.
— As roupas que desenhou são incríveis, mais básicas de mais. Achei que fosse encontrar algo mais impactante — digo só para irritar ela um pouquinho mais.
Mas uma vez ela revira os olhos para mim.
A querida, você não sabe o que quero fazer com você todas às vezes que revira esses olhos para mim. As fantasias que passam pela minha mente.
— Talvez se tivesse mais tempo para está reunião eu tivesse feito algo mais elaborado — ela sinaliza para a sua equipe que lhe ajuda a recolher tudo e guardar, pronta para ir embora.
Deixo todos eles saírem, menos ela. Paro atrás dela com a minha mão na porta impedindo a sua saída.
— O que você está fazendo? — ela não se vira, continuando a ficar de costas para mim. Me aproximo mais, colando o meu peito em suas costas.
— Se não tem ninguém, o que te impede de aceitar o meu acordo? Nós dois gostamos de sexo, e estamos solteiros… — digo bem perto do seu ouvido — O que te impede Elizabeth?
— O que aconteceu agora a pouco, a reunião de última hora, não te diz algo? Um erro. Você antecipou a reunião que era para acontecer daqui a cinco dias porque achou que eu estava mentindo para você, sendo que nem tínhamos nada ainda, nenhum acordo — dessa vez ela se vira para mim, ficando com o seu rosto bem próximo do meu — O que acontecerá se eu aceitar este acordo e depois você vê ou descobrir, ou até mesmo achar algo, vai me demitir? Terminar tudo e tornar a minha vida aqui um inferno.
— Sei que agi imaturamente e peço desculpa por isso. E sobre as roupas que desenhou, elas realmente eram incríveis, mais do que eu realmente esperava — passo as mãos pelos cabelos nervoso — Só me dê uma chance.
— Gosto daqui, da minha equipe e não quero jogar tudo fora. Se envolver com alguém do trabalho nunca acaba bem. Imagina com o CEO da empresa.
— Deixaremos isso fora da empresa. É um contrato de exclusividade, e confidencialidade, sem cobrança emocional ou pessoal. Eu só te peço que seja minha, enquanto o nosso contrato durar. Apenas minha.
Ela morde os lábios pensativa.
— E este contrato duraria quanto tempo?
— O tempo que você quiser.
— Um mês, então?
— Um ano.
— Achei ter ouvido você dizer que seria o tempo que eu quisesse.
Merda. Passo as mãos pelos meus cabelos novamente.
— O.k. Um mês e se eu te provar que isso pode dar certo, renovamos para um ano — ela morde os lábios novamente.
— E se eu quiser romper o contrato antes.
— Eu só preciso de um mês e se depois não estiver disposta a continuar, deixarei você em paz — digo torcendo para que ela aceite a minha proposta e terei um mês para fazer com que ela queira mais, a mim, por mais tempo.
— E se eu me apaixonar — me pergunta, seus olhos indo dos meus aos meus lábios.
— Por mim? — ela assente.
— Se eu querer mais do que apenas um sexo casual sem compromisso. Ser algo a mais? — engulo em seco, porque eu não sei o que lhe responder.
— Você quer isso? — pergunto me afastando dela.
Isto é a única coisa que não pode acontecer. Não posso deixar você entrar, ir mais além. Você não gostará do meu passado baby.
— Não. Mas e “se”? Muitas coisas podem dar errado Laquintinie, e se apaixonar é uma delas.
— Isso não vai acontecer — digo sem ter certeza das minhas palavras.
— É sério? Isto é tão clichê? Nunca assistiu filmes ou leu livros, como Amizade Colorida ou Cinquenta Tons de Cinza? Até o Christian Grey todo sádico se apaixonou e todos disseram o mesmo, que isso nunca iria acontecer. Então eu lhe pergunto mais uma vez e se eu me apaixonar, vai me afastar, quebrar o contrato, me demitir? — passo a língua pelos meus lábios, minha boca ficando seca.
— Por que tudo com você tem que ser preto no branco? — começo a andar pela sala, respirando fundo — Não podemos só curtir e aproveitar a atração que temos um pelo outro sem nos preocuparmos com o que irá ou não acontecer depois?
— Acho melhor eu ir — ela diz se virando para porta.
Não deixarei ela sair sem me dar uma resposta. Esta mulher está me deixando doido. Volto de presa até ela, a impedindo de sair da sala novamente.
— Se isso e “se” acontecer, veremos o que será melhor para nós dois e como seguiremos em seguida, mas no momento não estamos apaixonados um pelo, outro e não vejo porque não aproveitarmos dessa atração que sentimos. Enquanto não tivermos reciprocamente, Elizabeth… — mordisco o lóbulo de sua orelha, vendo a sua pele se arrepiar, após tirar os seus cabelos da minha frente, jogando eles para o outro ombro — Ela só aumentará e aí sim isso pode nos atrapalhar aqui dentro, nosso tesão um pelo outro só se acumulará e a tensão nas próximas reuniões se tornar pior, fazendo com que seus colegas de equipe percebam haver algo entre nós. É isso mesmo que você quer?
Sua garganta se move enquanto ela engole em seco antes de morder os seus lábios. Ela vira seu rosto para mim, seu olhar encontrando o meu.
— Um mês e se não der certo, você me deixa em paz Laquintinie — sorrio. Pego seu queixo entre os meus dedos, trazendo seus lábios para os meus. Meus lábios roçam os seus, mas ela se afasta, abrindo a porta e saindo.
— Elizabeth… — a chamo e ela se vira para mim, mordendo os seus lábios novamente, tão vermelhos pelo batom, que eu estava doido para testar se ele era irresistível ou não.
— Ainda precisamos de um contrato e sexo aqui na empresa está fora de cogitação — me diz.
— Preciso do seu número…
— Você conseguiu descobrir o meu nome sem que eu lhe dissesse — pisca para mim antes de se virar e ir embora.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
corrinha
tá judiando de mais
2024-08-19
2
corrinha
ela agora encurralou ele 😁😁
2024-08-19
2
Fafa
Esse aí se lascou kkkk! Vai comer na mão dela feito um cachorrinho 😂😂😂😂
2024-05-29
5