Passei a madrugada toda com os meus irmãos, curtindo, bebendo e nos divertindo, mesmo sabendo estarmos no meio da semana e que eu tinha que ir trabalhar hoje cedo. Uma atitude inconsequente, mas mesmo assim é o nosso dia e eu não deixaria de fazer nada em um dia especial com os meus irmãos aqui em casa.
É por isso que estou aqui agora com um óculos escuro e um copo cheio de café puro e sem açúcar, entrando na empresa e assistindo às pessoas correndo de um lado para o outro em um caos desordenado.
— Eliza, ainda bem que você chegou? — Raul diz aliviado assim que me vê, um dos integrantes da minha equipe.
— O que está acontecendo? — pergunto sem entender o porquê de tudo muito está tão agitado está manhã, logo hoje que achei que teria um dia calmo.
— O CEO adiantou a reunião para hoje daqui a vinte minutos.
— O quê? — pergunto ficando nervosa, deixando a minha bolsa cair, quase derrubando o meu café junto que derrama um pouco na minha mão, me queimando — Merdaaa!
Eu sabia que ele tentaria fazer alguma coisa depois de ontem.
— Não tem como, ainda não estamos prontos — Rachel diz se aproximando de nós dois, passando as mãos no rosto, também nervosa.
— Eu sei, fiquem calmos. Vou dar um jeito nisso — passo por eles entrando na minha sala, Rachel vem atrás de mim me trazendo a minha bolsa — Obrigada — Assim que ela deixa a minha sala, eu pego o telefone da mesa, interfonado para a Sophie esperando que ela já esteja na sua mesa, mas ninguém atende.
Saio da minha sala, deixando as minhas coisas e vou até a minha secretária do lado de fora da minha sala, agradecendo por ela já ter chegado mesmo que um pouco atrasada.
— As coisas parecem estar agitadas hoje, o que está acontecendo? — ignoro a sua pergunta.
— Onde fica a sala de Laquintinie? — pergunto.
— O-oi…
— Onde fica a sala de Laquintinie? — repito a pergunta.
— No décimo andar, por… — não deixo ela terminar e sigo para os elevadores. Respiro fundo ao entrar e apertar o andar dele.
Fico aliviada e tensa quando ninguém mais entra no elevador e ele chega rápido.
Assim que as portas se abrem, tudo o que vejo é uma sala ampla e num andar só dele e o vejo através das paredes de vidro conversando com um amigo, até sua atenção voltar para mim. Seu amigo sussurra algo para ele que eu não consigo ouvir de onde estou, parada na entrada, entre as portas do elevador, que não conseguem se fechar devido a mim.
— Senhorita Hailov, o que devo a honra de sua visita? — ele me pergunta se levantando e ajeitando o seu terno de vinho escuro que caí perfeitamente nele. Dando a volta na sua mesa, deixando seu amigo de lado, ele dá uma olhada no seu relógio de ouro cravejado de diamantes — Não era para você está se preparando para uma reunião presentemente? — ele diz com um sorriso presunçoso na qual quero socar agora.
— Uma reunião que era para acontecer só daqui a uma semana e não hoje — digo revoltada.
Sorrindo ele caminha para mais perto de mim.
— O quê, está com medo do que o que tem não me agrade ou que não seja bom o suficiente? — ele passa a língua pelos lábios e meu olhos acabam seguindo seu gesto malicioso.
— Ah, eu tenho certeza que o que tenho te agrada sim e muito bem — respondo a sua pergunta de duplo sentindo dando um passo para fora do elevador que se fecha atrás de mim — Mas a minha equipe não está preparada para uma reunião em dez minutos que nos pegou desprevenidos e de surpresa.
— Então é melhor a senhorita ir se apressar, agora só tem oito minutos — ele me diz recuando e indo se sentar atrás da sua mesa novamente.
— Me desculpe se eu infligir o seu ego ontem a noite senhor Laquintinie, mas tenho outras pessoas que precisam desse emprego, que trabalham comigo e estão surtando neste exato momento, devido a uma birra de um cara que não teve o que queria! — seu amigo ainda de costas, começa a rir, enquanto ele continua me olhando impassível.
— O tempo está passando, seria melhor a senhorita se apressar, eu odeio atrasos em minhas reuniões, não me faça perder o meu tempo — ele me dá as costas indo se sentar de volta atrás de sua mesa.
— Não acredito que você está descontado em seus funcionários por uma boceta que não conseguiu comer, isso é atitude de pessoa imatura — digo revoltada, ainda de pé, encarando ele.
O cara que ainda se mantém de costas para mim, rir mais uma vez, recebendo um olhar torto dele.
— Seu tempo continua passando… — ele se ajeita em sua cadeira e me ignora.
— Este é um dos motivos para que a minha resposta para a sua “sugestão” seja não. Muito obrigada por confirmar que isso seria um enorme erro — me viro pronta para ir embora.
Ele ri.
— O erro foi meu de ter sugerido isto a você. Por que não me disse que era comprometida antes que eu chegasse perto demais, quando eu lhe perguntei e você negou? Achou divertido zoar com a minha cara? — ele me pergunta e eu permaneço de costas.
— Eu nunca menti, o senhor que saiu deduzindo as coisas erradamente. Agora preciso me apressar para uma reunião de última hora, não planejada! — digo e saio o mais rápido possível sem lhe dar a chance dele me responder.
Não acredito que ele está descontado em mim por achar que Yakov era o meu namorado e que eu estava zombando da cara dele. É por isso que me envolver com ele seria um erro. Não posso deixar isso acontecer, tenho que me manter o mais longe possível.
O que não será fácil para mim, já que estou muito atraída por ele e toda vez que a sua língua passava pelos seus lábios, minha mente viajava para imagens inapropriadas do que ele poderia estar fazendo com ela pelo meu corpo.
Vão ser um ano infernal tendo o chefe do meu chefe gostoso, tentando me levar para cama.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Marilene Cabral
🤗🤗🤗🤗🎁🌹
2025-02-13
0
corrinha
antes que dê certo ainda vai dá muito errado ☺️☺️
2024-08-16
2
corrinha
já pensou um caos no trabalho e você de ressaca? não dá nem pra pensar direito
2024-08-16
2