Após ter passado na Angelina — uma cafeteria aqui de Paris, me deliciando com o Hot Chocolate deles com famoso Mont Blanc & Mille Feiula recomendado pela minha mãe —, agora me encontro no prédio onde fui contratada como a designer deles.
Não é nenhuma Louis Vuitton ou Chanel, Saint Laurent, Gucci. Mas o que isso importa se um dia terei a minha própria marca? No momento estarei trabalhando para a Laquintinie Boutique de Vêtements.
Assim que entro no prédio fico deslumbrada pela beleza do lugar, tudo é muito lindo e limpo e cores claras. Sigo direto até a recepcionista e mostro a ela o meu crachá que recebi ontem para ter o meu acesso.
— Senhorita Hailov, seja bem-vinda a Laquintinie Boutique de Vêtements — olho para o nome em seu crachá: Camille Leblanc e agradeço mentalmente que eles falam inglês, já que o meu francês é péssimo.
— Obrigada — sorrio.
— Me acompanhe, eu lhe mostrarei a sua sala — ela se levanta saindo de trás de sua mesa, me levando para um corredor que nos traz até um elevador.
Quando as portas se abrem, alguém passa por mim ao telefone esbarrando em meu ombro e não é preciso entender francês para saber que ele está xingando a outra pessoa do outro lado da linha.
— Je veux savoir comment elle a réussi à entrer dans monappartement? Je lui ai déjà dit qu'il lui était interdit de mettre les pieds dans mon immeuble, bon sang!
Ele parece puto, embora gostoso. Mas ainda é um mal-educado.
O cara de gravata bem alinhada e terno com o caimento perfeito, para e olha para trás, me encarando entre as portas do elevador, seus olhos castanhos me fuzilam minutos antes das portas se fecharem de vez. Talvez eu tenha deixado as últimas palavras escaparem da minha boca em voz alta. E porra, além de mal-educado ele é lindo e charmoso demais. Seu perfume amadeirado deixou a pequena caixa de metal impregnada com o seu cheiro, forte e amadeirado.
— Quem era aquele? — pergunto para a Camille — Não esquece, prefiro não saber.
Tudo o que eu não preciso agora é me envolver com alguém no meu ambiente de trabalho, ainda mais que ainda nem comecei.
Ela apenas abre um pequeno sorriso e me mostra todo o prédio até chegarmos à minha sala.
— Aqui é o seu mais novo lar, espero que esteja do seu agrado e ali é onde a sua equipe trabalhará em conjunto com a senhorita — ela aponta para a sala através da porta de vidro do outro lado da minha.
— Pode me chamar de Eliza, nada de senhorita, devemos ter mais ou menos a mesma idade. Nada de formalidades. — ela sorri amplamente.
— Tudo bem, Eliza. Vou te apresentar a sua equipe e sua própria secretária que se encontra atrasada mais uma vez.
Assim que saímos da minha sala, uma ruiva de cabelos lisos até a altura dos ombros entra esbaforida, deixando a sua bolsa em cima da mesa perto da porta da minha sala.
— Amélie, esta é a senhorita Hailov — Camille diz, olhando para a ruiva, que tem o rosto corado — Espero que seus atrasos, a partir de agora, tenham acabado.
— Perdão pelo atraso, meu ônibus quebrou — ela me estende a sua mão em um comprimento — É um prazer ter a senhorita a nossa empresa. — sorri para mim calorosamente.
— Só Eliza, por favor — sorrio para ela apertando sua mão suada.
— Me desculpa por isso — ela seca as mãos em suas roupas.
Sou apresentada a toda a equipe no decorrer da manhã. Uma equipe bastante energética e animada, me fazendo me dar bem com todos eles e ficar ansiosa para começar a trabalhar aqui.
Chego em casa e encontro minhas irmãs jogando no sofá, comendo um dos meus salgadinhos. Reviro os olhos. As duas sempre foram o caos. Cabelos tão escuros e olhos de azul intensos quantos o do meu pai, Nathaniel. As duas arrasam corações por onde andam.
— E aí, como foi o seu primeiro dia? — Alice me segue até a parte da cozinha se sentando no banquinho de frente para a bancada.
— Nada de mais, hoje foi mesmo só para conhecer a empresa e a minha equipe — vou até a geladeira procurar por algo para comer.
— E não tinha nenhum gatinho por lá? Adoro homens de ternos. — Yelena diz do sofá.
— Não tive muito tempo para reparar nisso, não caço homens e sim a trabalhar — digo pegando alguns ingredientes para fazer um sanduíche para mim.
— Cara, você precisa transar — ela diz — Qual foi a última vez que você transou? Não vai me dizer que foi com o seu ex, aquele idiota?
Sim, foi com o meu ex, aquele idiota. Exatamente há seis meses. Minhas irmãs de apenas dezoito anos têm a vida sexual mais ativa do que a minha.
Não respondo, apenas reviro os olhos para as duas.
— Ah, não! Eu não acredito nisso, Darya — Alice me olha perplexa.
— Precisamos dar um jeito nisso! — Yelena diz se levantando do sofá e se aproximando de nós duas — Hoje é noite de sexta-feira e você só começa oficialmente na segunda não é? Então que tal se sairmos para curtir e conhecer os bares e boates aqui de Paris, conhecer alguns franceses charmosos e ter uma noite claud?
— O quê é claud? — pergunto.
— Liza você precisar aprender mais francês, ainda mais morando aqui. Eu quis dizer uma noite caliente, quente, fogosa…
— Já entendi — corto ela, antes dela continuar sua descrição de como uma noite hoje pode terminar. Apesar de eu não estar muito no clima para uma saída hoje, é melhor ter elas comigo nas ruas de Paris do que elas aqui dentro, destruindo o meu apartamento e comendo todos os meus salgadinhos favoritos — Tudo bem. Aproveitamos nossa noite de sexta-feira.
— É isso aí — Alice diz batendo na mão aberta de sua gêmea.
— Agora precisamos ver o que você irá vestir, embora entenda de moda e se vista bem, suas roupas são muito comportadas para o que pretendemos hoje, a qual é…
— Ter uma noite caliente — Yelena completa e as duas trocam olhares.
Estou ferrada.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Ester
não colou a tradução ainda mulher esqueceu que o brasileiro mal sabe o português kkkkkkkkkk
2025-03-28
0
Marilene Cabral
Kkk kkk kkk essas irmãs são uma comédia
São muito fofas
2025-02-10
0
corrinha
seria tão bom se eu soubesse francês 🤣🤣🤣🤣
2024-08-12
1