Leandro estava parado de cabeça baixa aguardando, o braço musculoso e tatuado apoiado na parede, segurando um buquê de rosas na outra mão.
- Só um minuto! – Gritei do outro lado\, buscando fôlego.
Abri a porta antes que eu mesma desistisse.
- Oi\, Leandro. – Falei quase sem ar.
Ele estava especialmente lindo. Tinha um ar diferente, de frescor, de descontração. Mais delicioso do que nunca, bem à vontade de camiseta preta, bermuda e tênis.
Ele me lançou aquele sorriso matador, seus olhos indiscretos conferiram cada pedacinho do meu corpo debaixo da
camisola.
- Você quer me matar com essa camisola?
Por instinto eu me abracei e cruzei os braços, escondendo os seios.
- É... pode entrar\, fique à vontade.
Ele chegou sorrindo de mansinho, beliscou minha cintura, sua boca capturou a minha tão rápido que não deu tempo de me afastar, acabamos nos beijando de língua gostoso. Ele tinha uma pegada forte de homem que imobilizava qualquer mulher, mas não pela força. Era o tesão insuportável que dava senti-lo. Ele era delicioso.
Leandro apertou e massageou minha bunda, eu caí em mim e o empurrei. Se o Humberto nos visse, estaria tudo
acabado de vez, e eu não queria cometer o erro novamente.
- Leandro\, você enlouqueceu?!
- Oi\, meu bem... Olha o que eu trouxe pra você... – ele cheirou o buquê e me entregou.
Meu coração ia parar.
- Pra mim? – Sorri igual uma boba\, mergulhando o nariz no meio das flores. – Obrigada\, são lindas!
- Combinam com você.
- E então... quer entrar?
Leandro riu.
- Não fala assim não Manu\, desse jeito você acaba comigo...
- Leandro... vamos parar com isso... por favor...
Corri para trancar a porta e ele foi entrando para a sala de estar.
- Fala\, Leandro!
Humberto apareceu na sala com os cabelos úmidos, bermuda, camiseta e descalço. O jeito que o cumprimentou pareceu que nunca tinham se desentendido. Olhei de um para o outro sem acreditar.
- Adorei o convite.... – Leandro olhou do Humberto para mim.
- Convite? – Perguntei.
- É. O Leandro vai jantar com a gente hoje. - Humberto respondeu com convicção.
Quase tive que segurar o meu queixo para não cair.
- Ah. – Foi só o que saiu da minha boca perplexa.
- Uhum. Chefe\, fica à vontade. Vou abrir um vinho pra gente!
- Opa\, isso é bom!
- É... com licença\, vou colocar essas flores num vaso.
Fizeram sinal para eu passar na frente e ficaram me olhando, corri para a cozinha.
Quando eu voltei e coloquei a jarra com as flores para enfeitar a nossa mesa foi que me dei conta do meu traje
totalmente inapropriado. Meu rosto queimou de vergonha.
- Vocês me dão licença\, só vou me trocar e volto num instante.
Os dois se calaram, ficaram me olhando, senti um clima no ar, uma tensão.
- Você está linda demais assim\, Manu... – Leandro falou\, me secando.
- Fica assim\, Manuela. – Humberto concordou\, me olhando com paixão.
Eu achei que ia derreter tamanha a onda de calor que atravessou o meu corpo. Concordei e virei-me de costas, jogando o cabelo solto para trás. Puxei uma cadeira para me sentar logo, porque os dois não tiravam os olhos de mim.
Começamos a beber, e o Leandro nem disfarçava, me comia com os olhos. Puxou uma cadeira e sentou do meu lado, na maior cara de pau.
Eu ficava mais e mais nervosa com a ousadia dele.
- Leandro\, deixa o Humberto sentar aqui\, senta lá no outro canto\, se não ele vai ficar enciumado... – Aproveitei
que o meu marido foi até a cozinha e cochichei.
- Não vai ficar não... – Ele se aproximou e me deu um beijo carinhoso no rosto. Humberto chegou na sala com a
garrafa de vinho bem na hora e olhou para nós dois, mas não falou nada.
Droga.
- É... Beto\, senta aqui perto do Leandro\, eu sento na outra ponta. – Levantei correndo\, mas os dois me
censuraram.
- Fica aí\, Manu\, relaxa. – Ele disse\, enchendo as taças de vinho e água gelada.
- Isso\, Manu. Pertinho de mim... – Leandro aproximou e me deu mais um beijo\, dessa vez perto da boca.
Ai meu Deus. Meu Deus. Meu Deus.
Brindamos e recomeçamos a beber.
- Delícia\, Humberto. Bom gosto.
- De vinho eu entendo! – Ele deu uma risada alegre. Estava todo solto\, relaxado. Fazia tempo que eu não via meu
marido desse jeito.
- Você tem bom gosto pra tudo\, cara... – Leandro virou-se para mim e deslizou o dorso da mão pelo meu rosto\, piscou pra mim.
Humberto riu enquanto virava um gole do vinho, de olho em nós dois.
Eu disfarcei, fingi que não entendi. Já estava um pouco leve, descontraída.
Queria aproveitar daquela noite, por mais estranha que pudesse ser. Tudo havia sido preparado com muito carinho
e capricho, e eu estava em companhia de pessoas muito agradáveis.
Peguei uma amora e já estava com ela na boca quando meu marido chamou a minha atenção.
- Espera!
- O que foi?
- Dá um pedacinho aqui. Me deixa pegar – ele chegou perto e mordeu uma pontinha da fruta. Engoli o resto e ele atacou minha boca\, me deu beijo tão gostoso como eu nunca tinha ganhado dele antes. Meu corpo retesou todo\, meus mamilos ficaram durinhos. Fiquei constrangida por ser na frente do Leandro\, e quando acabamos de nos beijar\, ele estava nos olhando de boca aberta\, bem de perto.
- Agora é sua vez\, Leandro.
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Atualizado até capítulo 24
Comments
Michele Gomes
eita
2024-03-04
0
Rosangela Gomes Martins
tô amandooooo
2023-11-25
2
Marta
Tô bege! Me surpreendi, não positivamente com o Humberto. Não conseguiria viver essa situação, sou possessiva demais para isso. O casamento desfeito em instantes. Não recrimino quem gosta, só não aceitaria comigo.
2023-10-09
2