MANUELA

Entrei de volta no Uber para ir para casa, mais nervosa do que na ida. Não sei se “nervosa” seria a palavra certa, mas eu estava extasiada, como se uma parte de mim estivesse com muita fome antes, e agora acabava de ser saciada. Pelo menos em partes.

O que foi tudo aquilo meu Deus...?

 Desde quando entrei naquela sala grande e luxuosa, senti uma atmosfera diferente, uma energia pulsou entre nós dois, era como se um fio invisível nos ligasse, me puxando para perto dele. Seu olhar de desejo percorreu meu corpo sem nem disfarçar, me provocando um calor fora do comum. Senti queimar cada pedacinho, como se me acendesse. Ao vivo tudo era mais intenso, e ele era muito mais do que eu imaginava, do que eu via na tela do celular e escutava da boca do Humberto.

Deus, que homem insuportavelmente gostoso, lindo, educado, gentil...

Quando ele passou o dedo no canto da minha boca e o lambeu, senti uma pulsação deliciosa no meio das coxas,

fiquei mole, com vontade de cometer uma loucura, de puxar aquela gravata e arrancar um beijo daquela boca gostosa, de sorriso safado. Parecendo uma intuição, o Humberto apareceu, me fazendo recuperar a sanidade perdida.

Ufa. Eu já estava quase caindo em mim e retornando ao planeta Terra quando aquele executivo resolveu me testar de novo, me provocando, me beijando no canto da boca, passando a língua quente na beiradinha do meu lábio, o rosto colado no meu, seu cheiro era delicioso e indecente, convidava para o sexo. Meu Deus, faltou muito pouco para eu perder a cabeça.

Não entendi ao certo o que ele queria, se era só testar seu poder de me seduzir, de inflar seu ego, ou se ele

era desse jeito ao natural, quente, provocador, macho inundado de testosterona, faminto por reproduzir.

Tentei agir para que não percebesse como havia me afetado, mas foi difícil disfarçar, ele já mexia muito comigo,

desde o primeiro dia, quando o Humberto tocou no seu nome. Eu não acreditava muito nessas coisas de destino, mas naquele momento, foi o que pareceu ter acontecido. Aquele encontro era para existir.

Eu estava obcecada por ele.

 Cheguei em casa sentindo o gosto do beijo dele. O canto da minha boca estava quente, como se eu fosse marcada naquele pedacinho. Passei a língua e mordi, querendo que a sensação gostosa não acabasse nunca mais.

Leandro era muito ousado, atrevido! Se eu tivesse correspondido, não sei o que poderia ter acontecido. Seria coisa da minha cabeça, ou realmente existia um sentimento recíproco da parte dele? Eu não queria saber! O melhor que eu fazia agora era tentar esquecer aquilo tudo. Aquela loucura!

Foi bom. Matei minha curiosidade. Conheci pessoalmente o chefe do meu marido. E ponto final.

Ia ser só isso!

Para distrair a cabeça, vesti uma camiseta velha e liguei o som alto, resolvi fazer o meu dever naquele casamento, antes que o Humberto chegasse e começasse a resmungar - comecei a faxinar o apartamento. Assim que terminei, comi um sanduíche natura e depois do lanche, resolvi dar um cochilo. Hoje não haveria cozinha de almoço para arrumar e nem jantar para servir o rei da casa.

Deitei na cama e peguei o celular para navegar um pouco até que o sono viesse, mas num sobressalto me sentei e

levei a mão à boca. Ali estava o convite do Leandro para me seguir no Instagram.

- Ai Deus\, não! Seu gostoso descarado!

Comecei a rir sozinha.

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Comments

Rita Benedicto

Rita Benedicto

Eita kkkkk

2023-12-05

2

Marta

Marta

E assim começa a aventura!

2023-10-06

5

Ver todos

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