Leandro não conseguiu segurar o gozo e grunhiu, me segurando com força enquanto estocava bem vigoroso e constante. Ele estava tão atordoado que só depois olhou para trás e viu que era o Humberto nos encarando.
- Que inferno! Gritou de cima de mim.
Naquele momento, toda a delícia que eu sentia com aquele homem de repente se transformou em pânico e desespero.
Leandro saiu de dentro de mim depressa e puxou a camisa social para baixo, subiu a calça tentando abotoa-la de qualquer maneira. Fechei as pernas e desci meu vestido, meu coração estava na boca, meu rosto queimava de vergonha, permaneci de cabeça baixa, com a sensação de que ia desmaiar, o ar me faltava e meu peito subia e descia tentando recuperar o fôlego para não desfalecer.
- Com que direito entrou na minha sala sem bater\, Humberto? Quem autorizou?
Leandro pisou firme caminhando até o meu marido, como se o único errado ali fosse o Humberto, por ter invadido a
sua sala.
- Eu sabia! Sabia que a Manuela ia vir pra cá! Safada! Viram vocês dois hoje saindo do restaurante e me contaram! Acharam que iam ficar de caso me fazendo de idiota?!
- Humberto desculpa\, eu...
- Cala a boca\, Manuela! Vamos embora! Anda!
Eu não tinha forças para levantar, minhas pernas tremiam. Ele me puxou do sofá me apertando pelo braço, e como um pai violento que coloca a filha de castigo, saiu me arrastando.
Leandro levantou a voz e o recriminou.
- Pega leve\, Humberto! Se machucá-la eu chamo a polícia!
- Vá para a puta que te pariu\, Leandro! Não se mete!
Leandro não falou nada. Humberto saiu me puxando pelo braço, irado, cego.
Chegamos na calçada e havia um carro o esperando, ele abriu a porta e me jogou lá para dentro como se eu fosse
um entulho.
- Entra aí! - Me empurrou com força e bateu a porta.
O motorista olhou feio para ele.
- Está olhando o quê? Dirige! Foi pra isso que te paguei!
- Beleza. Só maneira aí com a moça\, se não vai ter problemas.
- Fica caladinho aí\, falou? Cuida do seu serviço.
- Chega\, gente\, por favor! – Minha voz trêmula suplicou.
Fiquei calada durante todo o trajeto, de cabeça baixa, amuada. Humberto também não falou nada, acho que não
queria passar o vexame, não queria que o motorista soubesse o que tinha acabado de acontecer.
Entramos em casa, ele foi tomar um banho, não olhou mais na minha cara. Tirei a roupa, minha maquiagem, prendi o cabelo e tomei um banho depois dele. Quando entrei no quarto ele não estava lá, tinha levado suas coisas para dormir na sala, estava deitado no sofá quando passei por ele para buscar uma água na cozinha. Cheguei perto dele, ajoelhei e comecei a chorar.
- Humberto\, vamos conversar\, por favor!
- Não tenho nada pra conversar com você Manuela\, some da minha frente\, diabo!
Eu não insisti. Temi que fosse violento comigo. Eu saí aos prantos para o quarto e o deixei lá.
Deitei na cama, sem cabeça para pensar em nada, só em como eu estava ferrada, morrendo de medo das
consequências; temi que ele pedisse demissão, que estragasse a sua carreira por minha causa, e o que ele poderia fazer ao Leandro.
Peguei o celular, mais de vinte mensagens do homem com quem eu acabara de ter o sexo mais gostoso da minha vida.
Meu coração doeu de saudade, de paixão, de culpa. Nada do que estava acontecendo era certo.
Não abri nenhuma delas para ler.
Apaguei a luz e fechei os olho. Só sentia as lágrimas escorrendo e assim fiquei nem sei quanto tempo, até adormecer.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 24
Comments
Rita Benedicto
Não dá assistência abre concorrência
2023-12-06
4
ealeleti_1507
EU NAO ESPERAVA QUE ELE DESCOBRISSE MANOOOOOOOO
2023-10-10
3