Deny reencontra os amigos, e Luzia

 - Só se faz duas semanas que Deny se foi, e você já sofre por sua causa.

- Estou com saudades, Livi.

- E como está você e Henrique?

- Não acredito que ainda estamos brigados, tudo por causa de Luzia.

- Deixe de ser boba, logo vocês estarão bem de novo.

- E você pretende ir quando, visitar Deny?

- Eu não sei!

- Ele mal chegou, e começando as gravações já estão a checar sua vida.

- Você viu tamanhas perseguições, na vida dele?

- A internet toda falando, da tal Meg que faz o papel da moçinha na novela.

- Que ela é linda... maravilhosa! faz um bonito par com ele dentro e fora da novela.

- Sem falar nessa manhã, que um jornalista postou que descobriu sobre a gravidez de Luzia.

- Não fique assim Sely!

- Ele só não comentou nada sobre você, isso porque você pediu.

- E para quê?

- Para eu acordar, e desde sedo dar de cara com repórteres na minha porta?

- Para me seguirem e mostrarem toda minha vida, a pessoas que nem conheço,.

- Para darem palpites de minha vida, como se soubessem o que passo ou já passei.

- Não!

- Isso eu não quero!

- Mas pretendo logo ir vê-lo, estou com saudades.

- E assim vejo meu tio, e mato minha saudade com Luana.

- Sinto muita saudade dela, ela é minha melhor amiga por lá.

- Assim como você, por aqui.

Livi ao escutar sorriu.

- Mas não irei, enquanto você e Henrique não voltarem.

- Pois se depender de mim, você não irá nunca.

- Lívia!

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- Você tem que entender Deniel, que Sandoval foi quem assinou os papéis.

- E por isso ele ainda te representa, pelo menos aqui, nesse trabalho.

- Eu já o demiti, e esse foi o maior motivo.

- Ter me comprometido, nesse papel o qual já havia dito que não havia aceito.

- Eu já havia perdido minha mãe, perdi meu tio e agora estou afastado de quem amo, por causa desse emprego.

- Nós soubemos de sua perda, lamentamos por seu tio.

- Mas querendo ou não, você havia dado carta branca á Sandoval.

- E o que aconteceu depois, é problema de ambos.

Deny engole sua saliva em seco, seu ódio foi tanto que fechando sua mão, sentiu suas pequenas unhas lhe cravar, a ponto de se enxergar sangue.

Então com o punho fechado, ele dá um soco na mesa á sua frente.

- Porra! Porra! Porra!

Levantando ele sai da sala do diretor, com tamanho ódio.

Naquele mesmo instante, ele encontra Sandoval que sorri para Deny.

Deny fecha com tanta força a mesma mão, a qual a pouco esmurrava a mesa do diretor, voltando a machucar-se.

E acerta o rosto de Sandoval, o fazendo cair com força ao chão.

Mesmo saindo sangue do canto de seus lábios, Sandoval limpa e olha em sua mão a quantidade e sorri.

- É assim que dá boas vindas, a um antigo amigo Deniel?

- Vá para o Inferno, fodá-se! (grito)

Deny sai dali, sua raiva era tanta que ele vai para casa abandonando tudo.

Sem se importar com as consequências que viriam, por abandonar as gravações.

Quando Sandoval levanta com um sorriso sínico em seu rosto, ele logo fica sério ao ver que a porta do diretor se abre.

- Que bom que é você Sandoval, precisamos ter uma longa conversa.

Sandoval Fica sério, e logo entra na sala em silêncio.

- Sente-se!

- E antes que você fale algo, quero saber toda essa história.

- De você se aproveitar de um deslize, e fazer o que fez.

- Pois agora estou com um homem, que se sente obrigado a trabalhar por não ter assinado nada, mesmo depois de lhe dizer que não queria isso.

- Sandoval se mexe na cadeira inquieto, ele engole a saliva em seco.

- André sei que estamos brigados, Deniel e eu.

- Mas quando assinei pensei em sua carreira, em não acabar assim do nada.

- E ele sempre sonhou, com esse tipo de papel juro que não fiz por mal.

- Juro que pensei que gostaria!

- Mesmo ele ter afirmado que não queria mais, mesmo depois de ter ido para Portugal, você assinou tudo em seu nome.

- Sim eu sei!

- Mas conheço Deny, e sei que trabalho é tudo, ou pelo menos era.

- Mas ele mudou, por conhecer aquela garota.

- Deny está apaixonado, então?

- Sim!

André coçou o queixo, e sentando-se a sua cadeira pegou o celular.

- Pode ir Sandoval, verei o que posso fazer.

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Deny chega em frente ao seu apartamento, ele entrega a chave do carro pro seu amigo Lúcio o porteiro.

- Lúcio coloque meu carro em minha vaga, por favor.

- Irei um pouco á praia, preciso pensar.

Deny tira o tênis, e a calça ali mesmo pois por baixo já havia se preparado posto uma sunga.

Havia decidido ir a praia, mas iria após as gravações a noite

Retira a camiseta, e do banco de trás pega seu par de chinelos, óculos escuros, não esquecendo seu celular que estava no banco da frente.

- Sim senhor Deniel, é um prazer!

- Deny Lúcio... Deny, és meu amigo e assim deves me chamar.

Lúcio sorriu, entrando no carro de Deny o levando para a sua vaga.

Deny coloca o óculos e o chinelo, respira fundo e atravessa em direção ao calçadão.

Ele atravessa e á vista de longe, seus amigos de condomínio.

Deny morde o lábio inferior e Respira fundo, tudo o que menos queria era conversar, ou se divertir pois estavam jogando vôlei.

Ele então aproveita que não o viram, e caminha mais a frente uma parte mais afastada e se senta ao de grau do calçadão, olhando o mar.

Seu celular toca, Deny Respira fundo e vê que era André.

- Oi André!

- Antes de lhe dar uma bronca, quero dizer que conversei com Sandoval e entendo toda sua frustração.

- E que entendo pelas suas perdas, sua mãe e tio.

- E agora a única pessoa a qual estava próximo, alguém que ama e que lhe retribui esse amor esta longe.

- E toda enrolação que está passando, mas tente entender meu lado.

- Você escolheu esse tipo de trabalho, e sei o quanto és profissional, pois entende também que não temos nada a vê, com o que o filha da puta do Sandoval lhe aprontou.

- Peço que entenda nosso lado, e que não o seguindo sabe que terá consequências as quais podem o prejudicar no futuro.

- Sei que pretende largar, mas o amanhã só a Deus pertence.

- Quero lhe dizer que o apoio, no que for preciso estarei ao seu lado.

- Mas mesmo não querendo, peço que cumpra esse papel como deve, e mostrando o quanto profissional e especial você é.

- Não foi a toa que foi escolhido para esse papel, você sabe que é o melhor para ele.

- Então coloque tudo que está acontecendo de lado, e aja como sempre foi, o homem especial o qual apostei tudo como quando foi me apresentado.

Deny fechou os olhos, e retirou o óculos apertando o cando deles com as pontas dos dedos.

Respirando fundo, o colocou de volta.

- Tudo bem André, e lhe peço desculpas pelas minhas atitudes.

- Prometo não o envergonhar com minhas atitudes, que às vezes são infantis.

- Bom lhe dou os parabéns, pelo soco em Sandoval.

- Lhe repreendo por deixar as gravações, assim como um não profissional.

- Deixou seus colegas na mão, e a mim.

- Sorte que sua sena de hoje, ser tão pequena que não fará falta, e nem dará problemas em ser feita amanhã.

- Mas amanhã o quero aqui, fazendo seu trabalho como deve ser feito.

- Obrigado André!

- Lhe agradeço a paciência, e me desculpe de coração.

- E amanhã estarei como deve ser, o profissional que sempre fui.

- Está certo garoto!

André desliga o celular, e sorri.

Apesar de ser três anos apenas mais velho que Deny, o chama de garoto desde que se conheceram.

E mesmo não parecendo, se tornaram grandes amigos, mas com a vida corrida pouco se viam apesar.

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Deny sorri olhando o mar, ele levanta e volta o seu caminho indo até seus amigos.

Lá estavam : Fabrício seu vizinho de porta, Camila do quinto andar ( ex casinho de Deny), Luigi, Layel, Makau e Júlio, que haviam ido a Portugal.

Deles somente Luigi era vizinho de Deny, morando no décimo segundo andar, quando Deny morava na cobertura, no vigésimo andar.

Eles que já moraram em Portugual, e antes moravam todos distantes agora moravam perto um do outro.

- O que fazem por aqui?

Diz Deny, que não sabia do porque ainda.

Makau se aproxima, e abraça o amigo.

Pois então, decidimos abrir uma empresa juntos e agora moramos aqui no Rio, e todos perto um do outro.

- E eu ainda comprei um apartamento, e bem no mesmo prédio do seu Deny.

- Que legal Luigi!

Camila sorri, e corre dando um pulo nos braços de Deny, colocando suas pernas sobre seu quadril.

Deny sorri, e ela lhe dá um selinho.

- Deve deixar de fazer isso Mila!

- E porquê?

Deny a coloca no chão devagar, a beijando no rosto e cumprimentando seus amigos lhe apertando as mãos e os abraçando.

- Deny agora está comprometido.

- E quem é ela que não está aqui?

- Ou será Luzia, que soube pelas fofocas que está grávida de você.

- Luzia está apenas carregando um filho meu, que não foi planejado, e mesmo sendo filho dela eu o amarei a cima de tudo.

- Então quem é essa mulher que o robou de mim?

- Mila!

- Não sou seu, nunca fui!

- Apenas rolou algo legal entre nós, e foi muito bom enquanto durou.

- E a diferença que peço para parar com isso, ou qualquer brincadeira é que eu a amo, e de verdade.

Mika sorriu, e se aproximando beija Deny com carinho no rosto.

- Fico feliz por você!

- E o respeitarei mais eu prometo, sem brincadeiras.

Deny sorri e a abraça com força.

- Essa é a Mila que eu quero ver a partir de hoje, e no momento que conhecer meu amor.

- E eu a tratarei com todo respeito.

- Obrigada!

- Tá chega de melação, e vamos a uma partida!

Deny sorri a Layel que estava com a bola, fazendo embaixadinhas.

Os amigos se dividem, e começam a jogar uma partida divertida.

De repente quando Deny estava aproveitando, esquecendo um pouco seus problemas Luzia aparece.

Ela chega sem dizer nada, e se senta próximo a eles, fica sorrindo de frente para Deny, que demora para perceber.

Ele só percebe, quando a bola rola para perto dela, a qual a segura com o pé.

Deny contra o sol, segui para pegá-la ria pois conversava com Camila ao mesmo tempo.

Quando coloca seu olhar de vez em direção a bola, vê que Luzia estava ali.

Seu sorriso some, ele se aproxima e pega a bola, que já estava em mãos de Luzia.

Ele a encara sério, engole a saliva em seco e apenas a comprimenta com o baixar de sua cabeça devagar e sai.

- É desse jeito que irá tratar-me?

- A mãe de seu filho.

Deny para, joga a bola a Makau, e se vira encarando Luzia.

- Sou pai dessa criança, não tenho nenhum vínculo a você, tirando esse fato.

- Não me obrigue a ser grosso, sem nenhum tipo de respeito a você, por favor.

- Quero apenas que me dirija a palavra, somente para dizer-me que está indo ao médico todos os meses.

- Quero acompanhar o pré natal de meu filho, cada batida de seu coração que poderei escutar ao exame que fizer.

- E qualquer coisa que aja de errado, poderá me chamar, que não me importarei onde eu esteja eu virei a você.

- Mas isso só farei caso o assunto se relacione a sua saúde, pois dela meu filho depende e mais nada Luzia.

- Pare de se humilhar e fazer papel de ridícula, eu não quero saber de nada além do meu filho.

- Sabe que sou comprometido, que amo Selena e não à nada, nem ninguém que irá me separar de minha Sely.

- Nem seu filho, nem a distância?

- Meu filho não passará de um inocente, nada que fizer fará mal a meu relacionamento.

- E a distância... não é nada, quando logo se depender de mim a farei minha esposa e ficarei onde ela estiver.

- E se for em Portugal?

- E sou de lá!

- E seu filho que estará aqui?

- O verei tanto, que nem sentirá falta de mim.

Deny deu as costas a Luzia, quando percebeu que ela iria dizer mais algo.

- Me desculpem mas vou dar um mergulho, deixarei minhas coisas ao ao lado das suas Mila.

- Tranquilo, meu loiro!

Deny caminha em direção ao mar, em beira fecha os olhos e respira fundo.

Os abrindo em seguida, caminha devagar em direção as ondas, que ao senti-las á cintura mergulha.

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