Uma tentativa, que acaba machucando

Selena havia saído cedo, ela estava com Pet.

Lívia precisava fazer uma entrevista de emprego, pois o seu não estava ajudando muito com as contas.

Selena tiraria fotos da Sra. Sabrina de Castro uma mulher de idade com os traços belíssimos.

Nos seus sessenta anos, não se via sua idade em seu rosto.

Dona de lindos olhos verdes esmeralda, e um humor encantador.

Sabrina havia pedido, que suas fotos fossem feitas em Vila de Santar.

Era a 39 km de Viseu, por isso Selena havia saído cedo com Pet, pois não seria em seu Studio.

E ela queria imagens lindas, pelo começo da manhã, juntando após o início do fim de tarde.

A paisagem atravessada por terraços em contínuos, tinha 12 quilômetros quadrados de um lindo percurso de jardins, hortas e bosques.

E uma dessas propriedades, era de Sabrina.

Ela queria que suas fotos, fosses feitas em clima do século XV.

Selena levou tudo a uma trama, suas fotos foram tiradas ao jardim da linda casa de Sabrina.

E algumas na paisagem de um lindo rio, próximo no qual Sabrina estaria em uma canoa vestida com trages do século escolhido.

Tudo ficou belíssimo, mostrando o grande potencial de Selena.

Pet faceiro, jogava pedrinhas ao lago e corria atrás dos pássaros que por ali pousavam.

Selena mostra as fotos a Sabrina, que feliz a beija em seu rosto e aperta suas bochechas.

- Você sempre maravilhosa, em seu trabalho Sely.

Selena sorri, aceitando seu apelido falado por Sabrina.

- A cada dia, sou cada vez mais sua fã.

- Você transforma uma simples paisagem em algo belíssimo.

- A senhora que é maravilhosa, Sra, Sabrina.

- Mandarei entregar, os quadros assim que estiverem prontos.

Sabrina abraça Selena, logo após Selena começa a guardar tudo que havia levado.

- Tia Sely, posso brincar mais um pouco?

Selena olha séria para Pet, ele sabia sobre ela não gostar que a chamem pelo apelido.

- Tia Sely?

Selena sorri, e o puxa pela mão abaixando-se em sua frente.

- Eu deixo, se me prometer não me chamar mais de Sely.

- Mas é bonito, e gosto de te chamar assim.

E mamãe sempre a chama assim, pelo menos quando estamos apenas nós em casa.

- Ela diz que além de ser bonito, como seu nome é um jeito carinhoso de chamarmos você, já que te amamos.

Selena sentiu um calor, em seu coração.

- Vocês me amam?

- Claro!

- Tia você cuida de mim, como minha mãe.

- Pra mim, você é como minha segunda mãe.

Selena o abraçou com muita força, e o beijou ao rosto.

- Pode brincar, e apartir de hoje você e sua mãe podem me chamar de Sely, eu deixo.

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Selena chegou parando com o carro, em frente ao prédio

Henrique e Deniel estava novamente sentados a calçada conversando.

Pet desceu, carregando a sua mochila e a sua caixa de brinquedos ele entra no prédio.

Selena sai abrindo o porta malas, começa a retirar no total quatro caixas e vários sacos, os quais tinha materiais usados para as fotos.

Ela as coloca ao chão, Deniel estava falando algo com Henrique quando ele para, e olha para Selena.

Ele levanta rapidamente, indo até ela.

- Precisa de ajuda?

Henrique também, vai em sua direção.

- Podemos ajudar?

- Quero levar ao meu apartamento, se me ajudarem prometo oferecer um café a vocês depois.

Henrique sorri, logo pega uma caixa e coloca sobre outra, e as levanta ao ombro entrando no prédio.

Deniel faz o mesmo, pegando dois sacos ficando mais dois.

Então Selena os pega, e vai indo atrás.

- Saiu cedo hoje, nem cheguei a vê-la

sair.

- Sim!

- Tirei fotos as quais precisavam de lindas peças e complemento, pois o senário já era belíssimo.

- Então escolhi tudo cedo, e indo com Pet ele me ajudou muito.

- Ficaram belíssimas!

- Qualquer dia, poderia me mostrar seu trabalho.

- E você, o seu para mim.

Ao escutar Deniel sorri, Selena subindo atrás nem viu.

Henrique já esperava parado a porta, com as caixas ao chão.

- Vocês demoraram!

- Está doido, nem demoramos dois minutos, a subir atrás de você.

- Crianças, parem de brigar.

Selena vai até a porta, a abre entrando e segurando para que Henrique e Deniel entrasse com as caixas.

Selena larga os sacos ao chão, e logo pega os outros que estavam com Deniel.

- Coloquem as caixas no canto, meninos.

- Sentem-se, que irei colocar o café na cafeteria.

Os dois sentam, e Selena vai a cozinha preparando a cafeteira.

 Ao voltar passa pelos dois, e vai direto ao seu quarto.

Ela fecha a porta, retira rapidamente seu tênis, regata e jeans.

Vai ao armário e pega um shorts preto, e uma blusinha de alças branca.

As vestir volta a sala descalça, soltando seu cabelo que estava preso em um rabo de cavalo.

Eles estavam quietos, ela passa reto e abrindo a porta sai.

Ela vai até o apartamento de Lívia e aperta a campainha.

- Pet amor, você vai tomar café comigo ou quer o lanche que sua mãe fez?

Pet abre a porta, e sorri para Selena.

- Tia quero comer, com a senhora!

- Então venha!

Pet sai correndo em direção, ao apartamento de Selena sorrindo.

Ao entrar dá de cara ,com Deniel e Henrique.

- Tia Sely, o que eles fazem aqui?

Selena entra, e encara Pet

- Peterson!

- Que coisa feia, você entrou carregando sua caixa e mochila.

- Esquecendo de mim, e minhas coisas.

- Eles foram cavalheiros, e me ajudaram.

Pet os olhou sério, apertando os olhos, aponta com os dedos dos seus olhos para os dois.

- Estou de olho, em vocês.

- Minha tia Sely, não é pro bico de nenhum dos dois.

- Pet!

- Tia!

Henrique e Deniel, começam a rir.

- Não se preocupe Pet, sua tia não olha para nenhum de nós.

Selena engole a saliva em seco, pelas palavras de Deniel e vai para a cozinha.

Pet se senta no sofá, em meio aos dois e pega o controle da tv e procura o canal de desenhos.

Henrique e Deniel se olham, loucos para rirem mas se olham e apenas fazem caretas de risos entre eles.

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Selena arruma a mesa, ela coloca torradas as quais torrou no forno na mesma hora.

Geléia de morango, manteiga, queijo, leite e café.

Arrumando os cinco lugares da mesa, ela se senta na poltrona ao lado do sofá.

Pet Lívia já está próxima, iremos todos tomar café juntos.

- Todos tia?

- Sim!

Pet olhou para Deniel e Henrique, seriamente brabo.

- Não estou gostando, nem um pouco.

- Pet meu amor, o que está acontecendo com você?

- Nunca foi um menino malcriado, isso não é do jeito que Lívia o cria.

Pet abaixa a cabeça.

- Desculpe tia!

Selena levanta, e pega em sua mão e o leva para a cozinha.

- Vamos preparar um chocolate, bem quentinho pra você.

- A tia Sely, tem chocolate pra raspar e pôr em cima com canela.

Pet passa a mão, sobre a barriga passando a língua aos lábios.

- Que gostoso tia, Sely!

Ele a abraça, forte.

- Eu te amo, tia Sely!

Henrique e Deniel observam a sena de longe, e se encaram.

Agora eles entendem, o porque do ciúmes.

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Lívia chegou em cinco minutos, todos se sentaram a mesa.

Em pouco tempo todos conversavam e riam, das trakinagens de Henrique e Daniel que contavam sobre a infância deles no bairro.

Menos Pet.

- Pet não está gostando, das histórias meu filho?

Pergunta Lívia, rindo muito.

- Nem um pouco, mãe eu não acho graça.

- E porque Pet?

Pergunta Deniel.

- Eu escutei mamãe, falando com tia Sely.

- Elas falavam muito, de vocês.

Deniel olha para Henrique, e sorri.

- Então nós fale garotão, o que essas duas gatas falaram.

- Minha mãe disse que você é um homem bonito, que apesar de ser doce e carinhoso pode ter quem quiser aos seus pés.

- E por isso, jamais olharia nenhuma delas como se deve.

Pet fazendo careta ao falar bonito, repete as palavras encarando Deniel.

Logo olha, para Henrique.

- E você, é o moço das bebidas.

- E daí Pet?

- Você dá em cima, de minha tia Sely e eu sei o que os moço das bebidas fazem?

- E o que fazemos?

- Pare Pet!

- Não mãe!

- Vocês fazem suas bebidas e dão as moças bonitas, e depois fazem maldade com elas.

- Como meu pai, como o que ele fez com minha mãe.

- Ele era igual a você, aí ele me fez na mamãe e foi embora.

- E eu não quero que você faça isso, com minha tia Sely e nem que aconteça com minha mãe de novo.

- Pet nem todos, samos iguais.

- Minha tia Sely disse pra mamãe que sim, vocês todos são iguais todos os homens.

- Como o Rafael, que machucou minha tia Sely.

- Ele disse que amava ela, e a machucou com Kaira.

- Por isso, eu não vou crescer nunca! (grito)

Pet sai correndo, Lívia abaixa a cabeça e coloca as mãos ao rosto, Selena faz carinho em seu ombro.

- Que vergonha!

Lívia levanta.

- Me desculpem, vou para casa foi bem legal o café.

- Foi bom conhecer, algo a mais de vocês.

- Depois nos falamos, Sely obrigada amiga.

Lívia sai, e os três ficam ali se olhando.

- Podemos... Lhe ajudar, a retirar a mesa?

- Não, obrigado!

- Deny melhor vocês irem, desculpem pelo que aconteceu.

- Pet é só uma criança, e convive com duas mulheres que foram decepcionadas no amor, de várias formas.

- Ele apenas repetiu, momentos em que conversávamos tristes.

Henrique e Deniel levantam, e vão até a porta que Selena a frente deles já havia aberto.

Deniel sai primeiro, e sorri para Selena e sai.

Henrique espera ele ir, e a encara triste.

- Percebi que nada disse, quando Deny a chamou de Sely.

- E que já estão tão íntimos, que o chama de Deny.

- Henrique não fique assim, não é nada que esteja pensando.

- Tudo bem!

- Deny é bonito, e como Pet repetiu pode ter quem quiser aos seus pés.

- Pare com isso Henrique, você também é bonito.

- É amável, sempre me respeitou, é carinhoso.

- Só que o problema, está em mim.

- Rafael destruiu com suas palavras e ações, minha alto estima e amor próprio.

- Você ou qualquer um poderiam gritar ao mundo que me ama e eu não acreditaria.

- Não me vejo digna de amor, de um homem bonito conseguir me amar.

- Me olho ao espelho, e só vejo ruínas do que um dia achei bonito.

Henrique se aproxima de Selena, e acaricia seu rosto.

- Você é linda!

- Gosto de você, como você é.

- Não a conheci antes, então que se foda o que já foi.

- Para mim, só importa o que eu conheci e vejo por agora.

Selena sorri, encostada a porta Henrique se aproxima.

Chegando seu corpo bem próximo de Selena, ele a encara.

- Você é linda!

Henrique acaricia de novo seu rosto, passando o polegar nos lábios de Selena.

Ele sorri, e a beija.

Deniel não havia ido embora, então escondido nos primeiros degraus da escada espiona Selena e Henrique.

Ele vê o amigo a beijando, e volta a se esconder.

Fechando os olhos, ele respira fundo e desce as escadas.

Selena corresponde, o beijo de Henrique.

Ele segura sua cintura, e a puxa para si a apertando em seu corpo.

Selena cruza seus braços em seu pescoço, sente a suavidade de seus lábios, nos dela e sua língua.

Mas de repente, pensa em Deniel e se solta de Henrique.

- Isso não é certo, Henrique.

- Porquê?

- Infelizmente eu ainda não estou preparada, para ficar com ninguém.

- E isso é algo que, vai acontecer aos poucos.

- Por favor, me entenda!

- Você é bonito, um homem cobiçado.

- Pensa que eu não vejo, as meninas dando em cima de você.

Henrique respira fundo, e acaricia o rosto de Selena.

- Tudo bem, eu só queria tentar.

- Percebo as coisas Sely, e sei que Deniel está se tornando o que eu queria.

- Não Henrique, não pense que...

- Eu não preciso pensar, em nada Selena.

- Tudo bem!

Henrique segura a mão de Selena, e a beija.

- Deny é meu amigo, e eu jamais gostaria de me colocar em uma relação dele.

Henrique a beija, no rosto e sorri.

- Até mais Sely, e você beija muito bem!

Selena o vê sair, sorrindo ela fecha a porta e depois a abre.

- Henrique!

- Você também beija, muito bem!

- Pode me chamar, de Sely não me preocupo.

Henrique sorrindo afirma em positivo com a cabeça, e desce as escadas indo embora.

        

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