O encontro

- Estou dizendo a você, está colocando os pés pelas mãos.

- Que isso, Sandoval estou cansado, fiz duas novelas uma atrás da outra, um curta e uma participação especial nuns capítulos de uma mini série.

- Eu antes de cinco anos atrás, era um simples cidadão que trabalhava em uma floricultura.

- E hoje é um dos atores, mais bem pagos do momento.

- Esse é o caso, fama meu amigo, eu estou cansado.

- Não posso fazer nada, que já tem alguém tirando foto, não posso sair nem com uma amiga, que já vira um caso.

- Tudo mundo quer me fazer par, com todo mundo.

- Eu estou detestando, tudo isso.

- Você é bonitão, boa pinta e simpático o partido que todas as mulheres querem.

- Pois eu preferia antes, quando eu era um Zé ninguém.

- Que dava umas cantadas e as mulheres nem me olhavam, pois diziam se é bonito assim, é casado ou tem namorada e daí saiam de perto.

- Você tem uma conversa com o escritor, da próxima novela e ele quer você como o segundo protagonista, o vilão.

- Se eu não estivesse como estou, eu iria.

- Mas eu marquei!

- Porque quis!

- Sou seu empresário, esse é meu trabalho sempre.

Deniel olhou sério, para Sandoval.

Era terceira discussão, entre os dois por causa do mesmo assunto.

Deniel quer férias, mas Sandoval não acha certo ele tirar logo agora, que seu sucesso está no auge.

Deniel estava tão disposto a parar, que já havia tramado sua fuga.

Já havia comprado passagem, para ir a Portugal.

Ele iria passar um tempo, que seria indeterminado no apartamento de seu tio, Raul.

Mas Sandoval, nem imaginava que Deniel fugiria dele, largando tudo.

Ele já havia cumprido, todos seus contratos e agora só pensava em fugir de Sandoval no outro dia.

Deniel era sobrinho de Raul, ele e sua mãe haviam ido para o Brasil, morar quando ele ainda era pequeno.

Sua mãe trabalhava como florista, e aos poucos teve seu próprio negócio, comprando uma lojinha e abrindo uma floricultura.

Deniel aprendeu tudo sobre flores, desde cedo e amava.

E aos seus vinte três anos, foi visto por Sandoval o qual lhe fez uma grande proposta de carreira.

Ele viu como Deniel era com as pessoas, tinha uma boa conversa e seu modo como gravava as coisa rapidamente, o ajudaria muito com textos.

Sandoval conhecendo muitas pessoas, o colocou num teste, e depois dali foi só sucesso.

Além de um rosto e um corpo dos deuses, Deniel era respeitador, carinhoso e de bom caráter.

Rapidamente ele conquistou, muitos em seu trabalho.

A um ano sua mãe faleceu, e foi o que deixou Deniel abalado com o serviço.

Ele viajou indo visitar, seu único tio Raul irmão de sua mãe, quando aconteceu.

Isso porque sua mãe pediu, para ser colocado suas cinzas junto com a vó de Deniel.

A qual descansava em solo Português, onde havia nascido.

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Era cedo, quando Deniel saiu indo para o aeroporto, e de lá fazendo todo o trajeto para Viseu.

Ele morava em Copa Cabana, em um enorme e lindo apartamento.

Ele havia se formado em botânica, e por isso antes de tudo amava seu trabalho com sua mãe.

Ele amava seu tio Raul, pois ele foi quem ajudou sua mãe e a Deniel, a pagar os seus estudos.

Ele usava parte de seus aluguéis, já que era sozinho não tinha com quê se preocupar, pois gastava pouco.

Deniel chegou no horário da tarde, e chovia muito.

Mesmo com o tempo ruim, ele estava feliz afinal havia dado tudo certo, e Sandoval não sabia onde o encontar.

Raul o estava esperando na porta, e quando Deniel chegou ele recebeu o sobrinho com uma enorme sombrinha, na porta do carro de aplicativo.

 Deniel com seu sorriso largo, de felicidade abraça o tio.

- Como está, querido tio?

- Melhor agora! Meu filho.

Os dois entram, e aproveitam para conversar.

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Selena estava entrando, estava toda molhada pois havia esquecido seu guarda chuva.

Ela sempre o deixava na bolsa, mas como havia pouco chovido naquele mês ela o havia tirado e esquecido de coloca-lo de volta.

Ela entra ensopada, pegando parte de seus cabelos em suas mãos e torcendo pra escorrer a água.

Quando se vira para subir as escadas, ainda mexendo em seus cabelos não repara que alguém está descendo, e então ao levantar o rosto já era tarde.

Ela bate com toda força, em Deniel chegando a cambalear pro lado.

Deniel com o reflexo rápido, a pega em seus braços e sorri.

Selena o olha seriamente em espanto, sorrindo rapidamente encarando seus olhos verdes e seu sorriso recebe um calafrio.

Mas rapidamente, seu sorriso some.

- Quem é você, dá pra me largar por favor?

- Mas agora?

- Sim!

Deniel sem pensar, a solta deixando Selena cair ao chão.

- Seu bruto, seu animal como você pode ter feito isso?

- Eu ia erguê-la, mas a senhorita disse agora, e eu segui sua ordem.

Selena sentada ao chão, faz cara feia.

Deniel estica sua mão, para ajudá-la a levantar mas Selena recusa e levanta sozinha.

Limpando as mãos, o encara.

- Dar minha mão a você, para me jogar longe?

- Você foi a única, culpada de tudo

- Você é um...

Naquele momento Raul desce as escadas, e fica olhando com espanto.

- O que aconteceu, minha querida?

- Esbarrei nesse homem, e ele me segurou só que depois me largou de um modo que fui ao chão.

- Deniel!

- Ela pediu, meu tio.

- Pedi que me soltasse, mas não precisaria ter sido dessa forma grossa e estúpida.

Raul olha o sobrinho, com desaprovação.

- Me desculpe, você tem razão.

- Era apenas eu ter a levantado, e que depois a soltasse.

- Fui um grosso, e sem respeito.

- Ok, desculpas aceitas!

Selena fala, e sobe as escada na maior pose.

- Deniel porque a soltou, dessa forma?

- Não imaginou que a machucaria?

- Tio ela falou com tanta convicção, que na hora era como se ela não iria cair, me perdoe.

- Selena é uma menina doce, não merece ser tratada com maldade.

- A propósito, todas as mulheres merecem respeito e carinho.

- Eu sei, meu tio.

- Que bom, pois foi assim que eu o criei.

,- Agora vamos, a padaria.

Raul sai a frente, e Deniel o segue olhando para cima das escadas.

Ele olha, e sorri lembrando do sorriso e o rosto de espanto de Selena ao pegá-la em seus braços.

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Selena estava colocando a chave na fechadura, quando Lívia chega com Pet.

- Menina! Você está ensopada quer que eu a ajude em algo?

- Entre quero te contar, o que acaba de me acontecer.

- Enquanto Pet brincava, pois já tinha alguns brinquedos seus no apartamento de Selena, ela falava com Lívia enquanto se trocava.

- E foi o que aconteceu, ele teve coragem de me soltar de qualquer jeito.

- Selena desculpe, mas você pediu.

- Mas não precisava ser de qualquer jeito, afinal ele tinha de me soltar em algum momento.

- Deniel é lindo, não achou?

- Ele mora lá no Brasil é ator, faz novelas.

- Soube que fez um curta e participou de mini série.

- Não o conheço, tem certeza?

- Ele fez sucesso, depois que você já estava aqui.

- E mesmo se fosse agora, você é uma mulher das cavernas.

- Não se atualiza, em nada.

- Não gosto de tv, ver novelas atuais e jornais que só mostram violência tô fora.

- Mas gosto de séries, amo uns doramas e umas novelas antigas.

- Você parece uma senhora, e suas músicas só Jesus.

Selena dá um sorrisinho, e mostra a língua pra Lívia sentando ao seu lado no sofá.

- Achei ele sem modos, sem um pingo de educação.

- Quem, Deniel?

- Sim!

- Deniel é um cavalheiro, além de lindo.

- Pois eu me casei com um assim, e olha no que deu.

- Pelo que disse de sua história, são completamente diferentes.

- Deniel não nasceu rico, sempre trabalhou com sua mãe.

- E isso desde pequeno, até que com suor dos dois sua mãe conseguiu abrir sua pequena floricultura.

- Deniel sempre esteve ao seu lado, até que conheceu um empresário.

- O apresentou a quem deveria, e Deniel ficou famoso.

- E sua mãe?

- Faleceu ano passado, foi aí que o conheci.

- Ele passou por aqui rapidinho, você não estava por aqui pois estava fazendo o book do cachorrinho feio da senhora indinheirada da esquina.

- Ele veio buscar o S. Raul para levarem as cinzas, da mãe dele para o Jazigo da família.

- Que triste!

-Sei como é, hoje já não tenho nem minha mãe e nem meu pai.

Lívia ficou com pena, ao olhar Selena.

- Ele pode ser um cavalheiro, mas comigo foi grosso.

Lívia a ouviu falar, e riu.

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- Filho tem certeza, que quer ficar por aqui?

- Vou sim, e ficarei por tempo indeterminado.

- Estou para viajar, em algumas semanas.

- Tenho que ver, como anda os outros alugueis.

- Pode ir tio, eu cuido de tudo.

- Qualquer B.O eu arrumo, não precisarei ligar para aquele seu amigo que arruma tudo pro senhor.

- Ainda bem, que a maioria dos moradores são velhos e idosos.

- Só temos Lívia e Selena, de inquilinas jovens.

- Porquê?

- Imagina você de jeans e regata, arrumando algum chuveiro, ou cano quebrado?

- Todos apartamentos iriam ter algo, para ser arrumado.

Deniel e Raul riram.

-Como está Lívia?

- Lembro quando me falou dela, e de seu filho.

- O porcaria do pai, resolveu assumir o menino?

- Não!

- Dá nojo, desse tipo de homem.

- Com toda certeza meu filho, com toda certeza.

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Era noite, Selena havia resolvido ir ao centro

Havia convidado Lívia, mas Pet estava enjoado e havia vomitado três vezes, então resolveu ir só.

Quando ela desce devagar, no saguão do prédio estava Deniel.

Estava de costas, ussndo bermuda e chinelos apenas, parafusando a caixa de fuziveis extra do prédio.

Pois estava com a tampa, já caindo.

Selena o olha, dos pés a cabeça e não podia negar como Lívia havia dito, ele era um homem lindo.

De rosto, corpo e até a voz dele era sedutora.

Ela aumenta o passo, e passa reto.

Deniel a vê, e dá um sorrisinho pra si mesmo ao parafusar o parafuso.

- Boa noite, Sely.

Selena o escuta, e volta indignada.

- Como você me chamou?

Deniel termina, e colocando a chave de fenda no bolso fecha a tampa da caixa, e a olha sorrindo.

- Sely!

- Meu nome é Selena, e não o conheço para me chamar assim.

- Com licença!

Selena sai braba, achando um desaforo tanta intimidade, sendo que nem Rafael a chamava desse jeito.

Deniel a vê sair, e ri muito ao ver que ela se foi de vez.

Ele entra rindo, ao apartamento do tio.

- O que foi, garoto?

- Mexi com a moça da tarde, a Selena.

- A chamei de Sely, a moça só faltou me pegar pelo pescoço tio.

- Pois a deixe Deniel, ela é uma boa moça.

- Não fiz nada, de errado tio.

Deniel faz uma cara de inocente para Raul, que joga uma almofada do sofá no sobrinho.

- Eu ti conheço garoto, sei das tuas trakinagens por isso faça o favor, de não enlouquecer essa menina.

- Prometo que não tio, eu prometo.

Deniel faz o sinal da cruz pro tio, como um garotinho colocando a outra mão nas costas fazendo figa.

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Selena caminha com raiva, ela resmungava sobre a impetulância de Deniel.

- Abusado, onde se viu.

- Nem me conhece, quase me quebra a tarde e agora me trata como se fosse íntimo de mim.

- Era só o que me faltava, agora ter que aguentar brincadeiras de um garoto de vinte oito anos.

Ela passa por uma cademia, e fica olhando as moças fitnes pelo vidro.

- Tão magrinhas, em dizer que um dia eu fui.

Selena se olha, e fica triste.

Ela ainda tinha em sua cabeça, as palavras de Rafael.

Ela havia feito um regime, e conseguido emagrecer um pouco com exercícios e caminhada.

Mas não o suficiente, ela queria voltar a ser a Selena magra de antes.

É muito fácil engordar, mas a voltar o peso de antes estava sendo difícil.

Ela segue em frente, e entra em um barzinho.

Ela vai até o barman, e se senta em sua frente.

- Como você está hoje, Henrique?

Henrique sorri, pegando uma taça e logo prepara uma bebida para Selena a servindo.

- Estou bem, minha gata!

- E então, alguma novidade?

- Somente que o sobrinho de S. Raul, está de volta e algo me diz que vai me enlouquecer.

- Deniel voltou?

- Você o conhece?

- Brincávamos muito, na infância ele sempre era o pior.

- Mas todo mundo adorava ele, sempre educado.

- Entendi, o que você quis dizer.

- Acho que vou indo, vim só para dar uma caminhada, ver você e beber algo.

- E quando você vai aceitar sair, comigo Selena?

Selena olhou Henrique, e deu um sorriso afinal ele era bonito.

Um homem alto, forte e simpático mas o problema estava no coração de Selena que não se achava mais boa o suficiente para ninguém.

- Não estou preparada Henrique, não estou bem para ser companhia boa.

Ela lhe paga, e manda um beijo no ar, ação o qual faz Henrique sorrir.

Selena volta pra casa, toma um banho e vai pra sala.

pega o celular em sua bolsa, e conecta o fone de ouvido escolhendo uma de suas músicas para dançar um pouco.

Isso já era seu ritual, toda noite antes de dormir escutava uma boa música e a escolha era sempre animada assim dormia de bom astral para acordar melhor.

Ela escolhe, e colocando o fone ao ouvido apenas de lingerie começa a dançar, com os olhos fechados pede pra Deus que seu próximo dia seja melhor.

Enquanto ao andar de baixo, Deniel deitado fica a olhar o teto do quarto.

Pensando na garota baixinha, que segurou em seus braços.

A qual teve prazer em provocar, pois ao segura-la nem percebeu mas acabou se apaixonando por seu sorriso, e seus grandes olhos escuros.

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