Selena estava juntando umas coisas de seu apartamento, e as colocando em uma caixa.
Ela iria tirar umas fotos, do S. Selson e seu buldogue francês Calby.
S. Selson queria fotos, que lembrasse que Calby era um filhotinho e para ele seu filhinho.
Selena então resolveu levar, alguns brinquedos de Pet que estavam por ali e fazer um cenário bem elaborado.
Ao sair, ela estava um pouco destrambelhada pois carregava sua bolsa e a caixa junto.
Para fechar a porta, estava um pouco difícil.
De repente ela olha para o lado, e ali estava Deniel.
Estava numa escada, arrumando a lâmpada que ficava em frente ao apartamento de Lívia.
Ela estava queimada, e já se fazia uma semana.
Raul tinha seus setenta anos, era perigoso para ele subir em escadas altas, apesar de ter seu amigo Luigi que sempre o ajudava.
Só que já fazia um mês, que ele não aparecia, pois havia se acidentado ao cair de uma escada alta, ao colocá-la numa árvore para pegar um gatinho.
Quando Deniel viu Selena sair ela ainda não o havia visto, então ele sorriu ficando sério rapidamente ao perceber que ela virou em sua direção.
Selena com dificuldade, ficou a resmungar por não conseguir fechar a porta.
Deniel ri, sai da escada e se aproxima pegando a caixa dos braços de Selena.
Ela o olha séria, e fecha rapidamente a porta.
- Obrigado!
- Mas será por quanto tempo, que serei obrigada a dar de cara com você nos corredores desde cedo?
- Desculpe se a encomodo, mas o tempo é indeterminado.
Selena arrumando sua bolsa ao ombro, tenta pegar a caixa mas Deniel sorri.
- Vamos descendo, eu a ajudo levar até seu carro não lhe custará nada.
Selena respira fundo, e revirando os olhos confirma com a cabeça.
Deniel ri, achando engraçado.
- E como o amigo de meu tio, está acidentado eu aproveito para ajudar no que posso.
- E meu tio Raul irá viajar, por motivos de negócios e eu ficarei cuidando de tudo para ele.
- Então qualquer coisa, pode me chamar.
Selena não disse nada, em nenhum momento apenas desce as escadas.
Ao abrir a porta do prédio, a segura para Deniel e vai abrir seu carro.
- Posso lhe perguntar, algo?
- Pois pergunte.
- Se tem carro, porque chegaste molhada ontem?
- A maioria das vezes ando a pé, ou de bicicleta pois prefiro mais do que o carro.
- Ontem estava a pé.
- Hoje só irei de carro, por causa da caixa e umas coisas que tenho que trazer.
Selena abre a porta, e Deniel coloca a caixa no banco do passageiro.
- Sinceramente me desculpe, por ontem.
Selena o encara, e sorri sacudindo a mão.
- Não foi nada, vamos esquecer tudo, isso é o melhor.
- Juro que esqueço, se você sair comigo.
- Você é doido garoto?
- Quase me mata, mexe comigo e agora só porque carrega uma caixa pra mim, acha que eu sairia com você.
- Vá fazer seus serviços, e para de me deixar atucanada.
Selena entra em seu carro, e vai em direção ao seu Studio.
Deniel ficou parado e sem reação, ao vê-la sair sorri e entra no prédio.
- Baixinha invocada.
- Além de invocada é pirada e doida, eu até que iria deixar pra lá, mas agora que eu a enlouqueço de vez.
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Selena passou a tarde arrumando, seu Studio e com isso tirou maravilhosas fotos de S. Selson e seu dog Calby.
Ela tentava disfarçar, mas o tempo em que ficava sozinha pensava em Deniel.
- Garoto impertinente, como pode agir assim brincando comigo.
- Se ele tentar mais uma vez, qualquer coisa a me importunar eu juro que lhe dou umas palmadas.
No fim de noite ela volta pra casa, ao descer do carro encontra Henrique sentado com Deniel na calçada.
Os dois riam muito, quando ela apareceu Deniel parrou de rir, e sorriu para ela.
Seu sorriso foi tão maroto como de uma criança, e encantador como de um homem sedutor.
Selena se arrepiou, e parou fechando os olhos e respirando fundo.
E logo seus pensamentos, vieram a tona.
- Pare com isso, ele é um garoto, um moleque que é acostumado a ter quem ele deseja em seus braços.
Ao abrir os olhos ela olhou para Henrique e sorriu, ao olhar para Deniel ficou séria e saiu.
Deniel deu um sorrisinho, e apenas a viu passar logo virando a cabeça em negativo.
- Eu não te falei, ela é marrenta como eu lhe disse, toda baixinha é marrenta.
Selena escuta e volta, ela o encara e Henrique louco para rir, coloca a mão a boca se segurando.
- Qual é a sua?
- Acha que todos tem que ser adorável, ou amável com você?
- Não existe motivo, nenhum para isso Sely.
Henrique não aguentou, e caiu na gargalhada.
Selena olhou para ele, ao contrário de olhar Deniel seria para Henrique fez cara de decepção.
Respirando fundo, saiu.
- Que porra, Deniel!
Henrique levanta, e sai atrás de Selena.
- Me desculpe, Sely!
- Não me chame de Sely, apenas meu pai me chamava assim, e hoje apenas duas pessoas aceito que me chamem assim.
- Por favor, me desculpe.
Selena coloca as mãos ao rosto, e chora Henrique tenta abraça-la e ela sobe as escadas correndo.
Henrique vai até Deniel, sério.
- Cara pare, com isso!
- Selena não merece, essas suas brincadeiras bestas.
- Mas não faço para machucar, eu apenas...
Deniel ia falar, mas resolveu ficar quieto.
- Vou indo embora, gostei que tenha resolvido ficar por um tempo.
- Mas por favor, pare de fazer isso com Selena ela não merece.
Henrique saiu, dando um aperto ao ombro de Deniel.
Deniel ficou parado, olhando o amigo ir.
Ele não queria machucar Selena, era apenas o jeito dele de querer se aproximar.
Deniel não tinha muito jeito, com as mulheres.
Sempre chamou atenção, com sua aparência e seu jeito meigo, então era fácil elas chegarem e darem em cima.
Mas quando o assunto era ele, dar em cima de alguém ele era um fracasso.
Era como se seu jeito infantil, voltasse a tona e ele só falava e fazia besteira.
- Eu apenas queria me aproximar, e dizer que estou encantado por seu sorriso e seus lindos olhos grandes, que sempre ficam bem abertos quando me olham.
- Eu jamais queria machuca-la, ou fazê-la chorar. (sussurro)
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Selena sobe limpando o rosto, ela entra em seu apartamento braba.
Ela vai até a cozinha, e bebe um copo de água.
Ela está tão irritada, que arremeça o copo a parede.
Se sentando ao sofá, ela chora.
Mas o que abala ela, não são as letrinhas bobas de Deniel, e suas besteiras.
É o fato dela se sentir balançada, por ele.
Para ela um homem lindo, cobiçado e desejado por várias como ele, ela seria apenas um deboche.
No máximo... Uma amiguinha
Mas desejada, cobiçada, olhada como uma mulher sexy jamais.
Rafael sempre dizia que Selena foi sexy, até que se deslexou engordando.
E que até na cama, havia deixado de ser explosiva e fogosa,
Então... Como um homem assim, a desejaria?
Nunca!
Selena levantou, e foi tomar um banho.
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Deniel estava deitado no sofá, seu tio já havia jantado e ido dormir.
Deniel estava sem fome, então ficou apenas deitado olhando para a tv sem prestar atenção.
Estava pensando no quanto havia sido estupido, com Selena.
Ele então dá um pulo do sofá, e sai do apartamento.
Deniel estava apenas de jeans, sem camiseta e descalço.
Ele vai ao segundo andar, e bate a porta de Selena.
Selena após seu banho, coloca sua calcinha e um baby doll verde esmeralda de cetim e renda preta nas postas
Se prepara para dormir, não gosta do uso do sutiã.
Ela se senta, e começa a olhar uma novela antiga comendo sorvete.
Ao terminar, seu pensamento está em escovar os dentes e fazer seu ritual de dançar sua música, para espantar tudo de ruim , que havia passado aquele dia.
Quando escuta, batidas a sua porta.
Ela estranha, pois aquela hora é meio difícil alguém ir ali.
Nem mesmo Lívia, só uma vez em todos esses tempos por causa de Pet, que estava passando mal.
Ao abrir, respira fundo e sente um frio em sua barriga.
Ela olha para Deniel, só de Jeans.
O que faz aqui?
- Podemos conversar?
- Por favor?
- Podemos sentar na escada, se isso te faz se sentir melhor.
Selena fica indecisa, ela omedece seus lábios delicadamente com a língua e morde devagar seu lábio inferior.
Deniel a olha, e aquela sena tão delicada e indefesa acende uma chama em seu corpo.
Naquele momento sua vontade foi de fugir, mas não seria o certo após chamá-la.
- Por favor!
- Ok!
Selena sai, fechando a porta por atrás de si.
Os dois sentam , a escada e Selena se encosta na parede e fica olhando Deniel.
Ele faz o mesmo, do outro lado.
- Quero pedir desculpas, de todo coração.
- E quero lhe dizer, que não sou um tremendo idiota
- Mas tem agido, dessa forma.
- Eu sei!
- É que você é uma pessoa legal, e eu não sou muito bom em mostrar que gosto das pessoas.
- As pessoas sempre, que se aproximam de mim.
- Sempre fui isolado, e toda essa mudança em minha vida em tão pouco tempo foi surreal.
- Do nada, uma pessoa que só vivia pro trabalho com sua mãe.
- Um trabalho com a terra, a beleza das flores e sua delicadeza.
- É descoberto pela fama, aí conhecido por muitas pessoas.
- Não sou acostumado, com isso.
- E depois que minha mãe faleceu, fiquei perdido.
- Tenho vinte oito anos, até hoje namorei apenas uma garota na adolescência.
- Não sei me comunicar com as pessoas, começando por mim.
- Quando tento, boto pra fora minhas trakinagens de infância e acabo agindo como um idiota.
- Mas... Porque querer me conhecer?
- Lívia já conheço, e você...
- Desde quando entrei aqui, meu tio Raul só a elogia.
- Para ele você é delicada, carinhosa e uma boa pessoa.
- E eu quis me aproximar, não tenho muitos amigos por aqui.
- Cresci por aqui, mas meus amigos todos foram embora, em excessão de Henrique.
- E eu achei de você tudo que meu tio falou, sem falar conhecer-lhe foi só elogios.
- Então eu só queria, te conhecer melhor.
Selena o olhando falar, foi baixando a guarda.
Aquele homem, não era tão ruim.
Ela sorri, mordendo seu lábio delicadamente de novo.
Sem saber, causando de novo uma enorme chama ao corpo de Deniel.
Ele engole a saliva em seco, e respira fundo.
- Acha que... Podemos recomeçar?
- Se me prometer, não fazer de novo?
- Eu prometo, mas como eu disse às vezes acabo agindo feito idiota.
- Mas prometo fazer o impossível, e se acontecer pode me chamar de idiota e fazer algo para me chamar atenção.
Selena sorri.
- Aceito, sim!
Deniel sorri, oferecendo a mão para Selena que aperta, retribuindo o sorriso.
Uma das alças de seu baby doll, cai sobre o ombro e Deniel o levanta devagar.
Seu suave toque, causa arrepio em Selena.
- Me fale sobre você, Sely!
- Só não me chame, de Sely.
- Porquê?
- É especial, lembra meu pai.
- E só ele me amava o suficiente, a cima de tudo e por isso me chamava assim.
- Entendo!
- Claro que minha melhor amiga, e meu amado tio me chamam também.
- Massa eles, são em excessão.
Selena e Deniel ficaram por três horas, ali sentados conversando.
Deniel respondeu tudo, que Selena quis saber dele.
E Selena... Fez o mesmo.
- Deniel acho que já vou dormir, está tarde.
- Se quiser você pode, me chamar de Deny.
- Meus amigos, me chamam assim.
Elena sorriu, e os dois levantaram.
Selena ao se virar e subir o degrau, em que estava sentada resbalou, ela também estava descalça.
Deniel rapidamente a puxa, com força para si.
E ela o olha assustada, com os olhos arregalados.
Deniel sente seu coração bater forte, e sorri.
- Não adianta, pelo jeito você gosta de ficar entre meus braços.
Ele sobe o degrau, a apertando contra si erguida pela cintura, e a coloca suave o chão.
Selena o solta, e lhe dá um soquinho em seu ombro.
- Au, doeu!
- Esse é pela besteira, que falou.
Depois ela fica na ponta dos pés, segurando-se ao peito nu de Deniel que logo lhe causa arrepio.
E o beija, devagar e suave ao rosto, sorrindo.
E esse é por sua delicadeza, em ser um cavalheiro e me soltando ao chão.
- Do jeito que deveria ter feito quando o conheci.
Ela se vira, e vai em direção a seu apartamento abrindo a porta.
Ela sorri, e abana a Deniel.
- Até amanhã, Deny!
Ela entra, e bate a porta.
Deniel respira fundo, e desce devagar as escadas sorrindo.
- Preciso loucamente, de um banho frio.
Ele olha para sua calça jeans, em direção a seu membro.
- Ainda bem que ela nem reparou, o quanto você está esperto aí, se não acho que ela teria ficado braba.
Ao chegar no apartamento, vai direto ao banho.
Selena fecha a porta, e fica encostada a ela de costas.
Ela fecha os olhos, e sorri.
Respirando fundo, passa seus dedos aos lábios.
Pensando na macie, que sentiu ao beijar rosto de Deniel.
Ela vai até seu celular, que estava no sofá colocando os fones aos ouvidos, ouve sua música de sempre.
Só que naquele momento, escutar e dançar aquela música não é um sinal de espantar a tristeza do dia.
Mas sim pela sua felicidade, que Deniel a fez sentir nesse momento.
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Atualizado até capítulo 32
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