Após escutar aquele forte barulho, Sely se vira apavorada.
Ela vê Deny caído, desmaiado com um galho em cima de seu corpo.
Um galho forte, que mais parecia um tronco.
Ela se abaixa com dificuldade, e tenta puxar o galho.
Imediatamente homens que estavam, a porta do bar saem correndo em baixo da chuva forte, para ajudar Sely.
Um deles pega Sely pelo braço, a fazendo se afastar.
Enquanto os outros, retiram o grande galho de cima de Deny.
Um deles volta ao bar, chamando Henrique que logo chama uma ambulância, e todos correm para rua.
A ambulância não demora a chegar, Sely chorava inconformada se culpando.
Livi a abraça, tentando acalma-la.
- Eu as levo em casa, o resto da turma vai acompanhá-lo ao hospital.
- Obrigado, Luigi !
Henrique se aproxima de Livi, e acaricia seu rosto molhado.
- Agente se fala, mais tarde eu prometo.
Liv sorri, e seguem as duas com Luigi para casa.
Sely se despede dele rapidamente, e sobe as escadas o mais rápido que pode.
- Nos desculpe!
- Eu vou conversar com ela, saber o que aconteceu.
- Os homens que ajudaram, falaram que foi o galho que caiu.
- Ainda mais, com essa chuva forte.
-Eu sei, quero dizer entre Deny e Sely, que só sabe se culpar.
- Quer subir, para se secar um pouco você pode ficar doente
- Deixo pra mais tarde, preciso saber de Deny.
Livi beija Luigi ao rosto, e sobe sorrindo ao novo amigo.
Luigi sorri, e dali vai ao hospital saber de Deny.
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Sely se trancou ao apartamento, não quis atender Lívia de Jeito nenhum.
Liv resolveu deixar pra quando Sely estivesse preparada, caso acontecesse.
No outro dia Sely nem foi trabalhar, pensando caso Deny se machucasse seriamente.
Henrique apareceu em seu apartamento, era quase onze horas da manhã.
Sely atende a porta, e sorri com um sorriso de nervoso.
- Como Deny está?
- A sorte é que, não acertou sua cabeça.
- Acertou parte de suas costas , e de seu ombro direito.
- Que na verdade, o fez quebrar a clavícula.
- Ele foi levado a cirurgia, e agora está cedado.
Sely abaixa a cabeça, e colocando suas mãos ao rosto chora.
Henrique se aproxima, e a abraça a levando ao sofá.
- Tudo bem, gosta dele né?
Sely se afasta, e limpa o rosto.
- Não!
- Sely posso... Te dar um conselho?
- Pode!
- É difícil um homem assumir seus sentimentos, ainda mais alguém como Deny.
- Ele é fechado, e não é de se aproximar das mulheres com gracinhas.
- Ele é especial, o meu amigo.
- Assim... Como você !
- Que já sofreu, por amor.
- Só repense, e não queira comparar qualquer homen com seu ex marido, não samos todos iguais.
- Não?
- Deny... É uma prova disso.
Henrique levanta, beija Sely e sai.
Sely sai do sofá, e vai tomar um banho decidindo ir ao hospital a tarde.
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Ao chegar ao hospital, ela entra ao quarto de Deny.
Ele estava conversando, com Luzia.
Ao ver Sely ele fica sério, e olha para Luzia que levanta e sai do quarto.
Sely o olha, ela se sentia apavorada.
- Como você está?
- Estou como qualquer pós cirúrgico, dói um pouco.
- E ainda meio dopado.
- Mas dá, para sobreviver.
- Quero te pedir desculpas, se não fosse eu o empurrar...
- Eu poderia ter morrido, pois poderia ter caído em minha cabeça.
- Olha esquece Sely, tudo bem !
- Não quero lembrar, de mais nada.
- Não !
- Quer saber... Eu quero, sim !
Uma vez na minha adolescência, eu havia me apaixonado por uma menina linda da escola.
- Só que ela era apaixonada, por seu amigo que havia sofrido um acidente.
- Falavam todos que ele foi bonito, e que mesmo depois de ter tido o rosto destruído por um cachorro, ela ainda assim o amava.
- Eu não entendia, ele estava horrível e porque não eu, que todos diziam ser lindo.
- Minha mãe me mandou sentar, quando comentei a ela.
- Ela foi no quarto, e pegou uma caixa de fotos.
- Nela havia uma foto, de uma menina linda, com cabelos negros e olhos verdes.
- Usava tranças, e estava feliz.
- Uma outra foto me mostrou, de uma menina pálida, magra, com os cabelos iguais só que o rosto só se havia metade.
- E essa parte, era semelhante.
- Não entendi, pois como poderia ser a mesma se parte de seu rosto esquerdo estava dilacerado.
- E essa garota, não é linda?
Minha mãe perguntou.
- Fiquei sem dizer nada.
- Pois essa menina é sua bisa, e é a mesma menina em anos após.
- Sua bisa era judia, em ao holocausto foi agredida por ter o nariz empinado, era metida mesmo.
- Lhe deram uma surra, e jogaram gotas de ácido em seu rosto, bem devagar.
- A deixando se delacerar, aos poucos com muita dor por ser arrogante.
- Quando tudo acabou, ao voltar seu bisa a viu.
- Ele sabia que todas aquelas marcas eram artificiais ao seu coração.
- Para ele ela era, e sempre seria linda.
- Pois sabia que eram marcas do quanto ela era valente, por ter sobrevivido as dores.
- Depois daquilo, eu olhei a foto de minha bisa e a vi como a mulher mais linda que tinha visto em foto.
- Encherguei minha bisa, com os olhos do amor de meu coração.
- Assim como meu bisa que a amou, até sua morte.
- Desde aquele momento, jamais neguei alguém por aparência.
- E se você quer saber, isso que tanto te machuca não chega aos pés de um corpo marcado pela dor.
- Você tem é o ego afetado por falta de respeito.
- Por um ser que nem homem é, por ignorar alguém por aparência.
- E você que deveria se amar, não se suporta se olhar no espelho Sely.
- Você é linda!
- Só que por não aceitar essa Sely de hoje, fica colocando a sua própria cabeça que não é digna de amor.
- Mas digna de pena.
Sely encarou Deny seriamente, de seus olhos lágrimas escorriam.
Ela as limpa, e respira fundo.
- Você tem razão !
- Quando consegui me olhar no espelho, após os chingamentos e humilhações de Rafael meu ego se desmanchou.
- Perdi meu amor por mim, e enxerguei somente o que ele dizia vê.
- E com isso, não consigo sentir que alguém possa me amar, porque nem eu me amo.
- Só que eu me apaixonei por você, e você por mim.
- Mas por causa dessa insistência sua, você colocou tudo a perder.
Sely o olhou dizer essas palavras, e sentiu um aperto ao seu peito.
- Eu me declarei a você, demonstrei minha paixão e você do mesmo jeito que se nega, você me negou.
- Não estou triste pelo acidente, mas por ter batido em meu rosto quando estava lhe entregando meu coração.
- Senti com o tapa, como se estivesse o jogando ao chão e pisoteado em cima dele.
- O quebrando em pedaços.
- E o mais estupido da ironia, foi que eu cai com algo em cima de mim me quebrando.
- Por favor Sely, vá embora.
- Como você vê, estou muito bem !
- Obrigada pela visita, mas não a quero aqui.
Sely chora sem dizer uma palavra, apenas suas lágrimas caem.
Ela as limpa e sai, imediatamente do quarto.
Deny vira o rosto, e sente suas lágrimas também rolarem mas apenas as limpa, fecha os olhos e dorme.
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Sely ao sair, dá de cara com Luzia.
Ela passa rapidamente, mas Luzia lhe dirija a palavra.
- Sabe Selena, você fez tudo que uma menina mimada e burra faria.
- Me entregou Deny, de bandeja.
- Eu o machuquei muito, mas eu soube correr atrás e admitir meus erros.
- Me arrependo, de todos eles.
- E por isso vou lutar, para tê-lo de volta em minha vida.
Sely não se virou, apenas ficou ali de costas para Luzia.
- Boa sorte!
Sely ia sair, mas se virou e encarou Luzia.
- Pois eu sinto pena, de você!
- Vai lutar por alguém que nem se quer a deseja, que quando você o beijar será como ontem.
- Ele poderá até retribuir, mas serão de meus lábios que ele sentirá o gosto.
- Será meu corpo, que ele irá imaginar que estará tocando.
- Eu posso ter o entregue de bandeja a você, mas seu coração é meu.
- E de quê adianta isso tudo, se agora está em cacos?
- Farei o impossível para curá-lo de você, e dele fazer mais belo do que já é.
- Eu sempre amei Deny, e me culpei pelo que fiz até o último momento.
- Então o vi ontem, e ao abraça-lo sei que abalei algo nele.
- E vou lutar, para retirar você de seu coração, e sei que será fácil.
- Afinal eu sou uma mulher, e você não passa de uma menina.
Sely a escutou e saiu, deixando Luzia sorrindo contando vitória.
Sely ao chegar em casa, se sentou se sentindo uma tola.
Como poderia ter chegado a esse ponto, de se odiar tanto que não conseguiu enxergar alguém que gostava dela em sua frente.
- Um homem de verdade, que se apaixonou por ela como ela é.
Sely baixou a cabeça, colocando as mãos ao rosto e chorou.
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Após três semanas, Deny já havia recebido alta.
Raul e Henrique o trouxeram, do hospital.
Sely estava saindo de casa para ir ao seu Studio, quando os encontra.
Sely vestia apenas Jeans, regata branca e uma rasteirinha.
Seus cachos estavam presos, fazia muito calor.
Deny ao entrar e vê-la, descer as escadas e não diz nada.
Mas seu coração batia tão forte, que parecia que ia pular de seu peito.
Ele passa por Sely sério, indo ao apartamento de Raul.
Sely sentiu tristeza, mas respirou fundo e comprimentou Henrique e Raul.
- Bom dia, Raul !
- Bom dia, Henrique!
Ela os eija, e sorri não querendo demostrar sua vontade de sair chorando.
Mas seu rosto, deixou bem transparente.
- É uma pena, tenho de ir trabalhar e não posso dar atenção a tão lindos homens.
- Tudo bem, Sely tenha um bom dia de trabalho.
- Terei Henrique, eu terei.
Sely sai e mexe na bolsa, pegando a chave do carro.
- Eu não entendo, vocês jovens.
- Porque tio Raul?
- Ela gosta de meu Deny, e ele dela, porque não ficam juntos?
- Porque tem vezes que o amor não é o suficiente.
Raul e Henrique sobem, Henrique deixa Raul em seu apartamento e sobe ao de Livi.
Ele sabia, que ela estaria em casa.
Ao abrir a porta, Lívia sorri.
- Está só?
- Estou!
- Acho que está na hora de conversarmos, e não agirmos como nossos amigos.
- Eu acho o mesmo!
- De verdade?
-Sim!
Henrique sorri, e puxa Livi para si.
Ele a beija, delicadamente.
- Vamos conversar?
- Vamos!
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Deny apesar da alta, teve consultas marcadas e de quatro a seis meses para ficar sem se esforçar.
Nada de trabalho o qual tivesse que usar força, ao braço ou exercícios com ele.
As semanas foram se passando, e Deny não dirigiu uma palavra a Sely.
Ele estava decidido, a isso era o melhor.
Afinal ele havia se declarado, e em troca havia sido rejeitado, mesmo sabendo dos sentimentos dela.
Sely se sentia frustrada, ela sabia que havia agido errado.
- E como você e Henrique estão?
- Eu estou amando, amiga!
- Henrique é especial !
-Ele é sim !
- E... Você e Deny?
- Eu acho que Deny e eu, sempre fomos melhores em sermos amigos.
- Mesmo o coração querendo, outra coisa?
- Sim!
- Agora me abrace, que tenho de ir ao Studio com Pet.
- Venha, meu amor!
Pet levantou do chão, onde brincava com um aviãozinho e um carrinho.
- Posso levá-los, tia Sely?
- Deve!
- Assim pode brincar, enquanto arrumo os meus planejamentos.
Pet desce as escadas correndo, brincando com o avião que estava a sua mão com o braço ao alto.
Sely abraça Liv, e desce atrás rapidamente.
Ela deixa cair sua chave do carro ao chão, e ao levantar esbarra em Deny.
Ela o olha nos olhos, e sente seu corpo tremer por inteiro.
- Me desculpe !
- Tudo bem!
Deny se esquiva para o lado, e sai indo em direção as caixas de correio.
Sely não se contenta, e se aproxima.
- Deny... Como você está ?
Sem a olhar nos olhos, Deny responde.
- Estou melhor, mas ainda não podendo fazer esforço.
- E Luzia tem feito bastante por mim, ela tem sido de muita ajuda.
- Imagino!
Deny sentiu o sarcasmo de Sely, então a encarou.
Ela se sentiu mal, mas não adiantava mais nada pois já havia falado o que não devia.
- Tenho de ir, espero que fique bem !
Sely saiu, e Deny não disse uma palavra.
Luiza entra, no momento em que Sely estava saindo do prédio.
Ela sorriu para Sely, que levantando uma sobrancelha a encarou e seguiu ao carro.
Ela abre o porta malas, e retira a cadeirinha para Pet.
Ela abre a porta do banco de trás, e a coloca a cadeirinha.
- Pet meu amor, pode vir se sentar!
Pet entra em um salto, Sely o prende e entra no carro.
Ela liga o carro e segui, mas parando em três quadras após.
Sely encosta a cabeça no volante, e chora em silêncio.
- Tia Sely, está chorando?
Sely levanta a cabeça, e limpa o rosto com a mão rapidamente.
- Não!
- Meu amor, a tia não está chorando é que entrou um bichinho no olho da tia.
- Mas nós já vamos, não se preocupe.
Sely respira fundo, e sai indo para onde fará suas fotos.
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Deny estava de costas, arrumando algumas coisas no closet do prédio.
Luzia entra, e o abraça pelas costas o segurando a cintura.
Ela o beija ao rosto, e Deny sorri.
- Como está, campeão?
- Estou bem !
- Acabei de encontrar Selena, como sempre não nos batemos bem.
Deny sorriu.
- Luzia !
- Deny eu falei em respeitar seu mal gosto, mas também disse que não forçaria nada com você.
- Mas também disse, que não deixaria de tentar afinal já te provei meu arrependimento.
Deny se vira para ela, e acaricia com as pontas dos dedos seu cabelo, colocando uma mecha atrás da orelha.
- Eu sei!
- E disse que aceito, com agrado.
Luzia sorriu.
- Acha que poça me ajudar, a subir com essas coisas?
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Atualizado até capítulo 32
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