Maria Fernanda
Assim que ela para de me olhar ele vai na direção da sala dele e eu pego o tablete e vou atrás.
– você tem uma reunião com..- ele me interrompe.
– depois você me passa isso tudo.- ele diz e eu concordo. – feche a porta e senta.- ela fala tirando o terno.
Vou fechar a porta e me sento na cadeira na frente dele.
– ok, se considere fora do seu horário de trabalho, temos que ter uma conversa mais íntima.- ele diz e eu concordo colocando o tablete em cima da mesa.
– pode falar.- digo cruzando as pernas e vejo o olhar dele vacilar pra elas mas ele logo tira o olhar.
– primeiro, você se lembra do que aconteceu na boate?.- ele pergunta e eu apenas balanço a cabeça em concordância. – olha, eu...- ele ia me pedir desculpas mas eu reviro os olhos e o interrompo.
– não vai me pedir desculpas em relação a isso, Thomaz.- fala e ele se senta. – estávamos um pouco bebados, deu vontade e aconteceu, isso não significa que vamos casar e ter dois filhos, e não precisa acontecer de novo.- falo e ele abaixa a cabeça concordando.
– eu não estava babado.- ele fala me pegando de surpresa.
– e qual foi o motivo de você ter ficado comigo no banheiro de uma boate, se sua ex não estava lá?.- pergunto cruzando os braços.
– você é atraente, e confesso que depois do beijo na sala de limpeza eu comecei a sentir atração por você, e bom, aconteceu.- ele fala dando de ombros. – mas fica tranquila, não vou mais te beijar do nada, claro que se você pedir isso vai acontecer.- ele diz dando um sorrisinho.
Reviro os olhos e fico olhando ele bater os dedos na mesa.
– você tá muito pensativo, e tenho certeza que não é da noite da boate que você tá pensando.- falo e ele sorri fraco.
– eu tenho um problema, e depende de você pra resolver.- ele diz e eu fico esperando ele falar. – amanhã é o aniversário da minha mãe, um dos dias no qual eu sou obrigado a conviver com o meu pai.- ele fala bufando.
– e você precisa de mim pra que?.- pergunto com certa curiosidade.
– o meu pai falou pra minha mãe sobre você, e ela quer por que quer que você vá na festa, eu não iria te chamar, por que isso vai além de fazer ciúmes pra Liz, mas daí eu descobri que o meu pai a convidou é claro minha mãe também pelo simples fato dela se dar bem com ela.- ele explica.
– muita gente rica e frescurenta em um só lugar, não sei se gosto disso.- falo me fazendo de difícil. – o que eu ganho indo.- pergunto e ele me olha como se fosse óbvio.
– 20 mil?.- ele diz e eu me engasgo com a minha própria saliva.
– não, sem dinheiro.- falo e ele me olha sem entender. – não quero o seu dinheiro, mas eu gosto e comida, e eu quero comer um podrão assim que a gente ir embora.- falo e ele concorda.
– nunca comi isso, as pessoas falam tanto.- ele fala e eu olho pra ele incrédula.
– você é desse mundo?.- pergunto e ele ri.
– eu nasci em berço de ouro, a minha mãe nunca me deixaria comer isso, e quando eu cresci nunca tive de fato vontade em comer.- ele fala e eu faço uma carinha de deboche.
– nasci em berço de ouro.- falo debochando. – só me fala a hora e o local e eu vou.- digo me levantando. – agora eu vou trabalhar e você deveria fazer o mesmo, vou te mandar tudo por e-mail.- falo e saio da sala dele e vou pra minha mesa.
Mas eu não tenho uma roupa adequada pra esse tipo de coisa, o que eles usam mesmo?
Por que você ia insegura, Maria Fernanda?
É uma festa normal, você se veste super bem, usa sua melhor roupa e vai.
Paro de pensar nisso e mudo o meu foco pro trabalho.
***
– você vai mesmo ficar me levando em casa direto?.- pergunto assim que entro no carro do Thomaz.
– sim, não gosto do fato de você ir sempre de ônibus pra casa.- ele fala e eu reviro os olhos. – aliás, você tem que comprar um spray de pimenta, pra quando aquilo acontecer, você descer a pimenta até no rabo desses filhos da putä.- ele fala com raiva e eu dou risada.
– o que a sua mãe gosta?.- pergunto pra pensar em um bom presente, não vou chegar lá de mãos abanando.
– não precisa levar nada.- ele diz concentrado na estrada.
– você não manda em mim, anda fala do que ela gosta.- falo e ele parece pensar.
– plantas, flores essas coisas, se você ver o quintal dela, todo dia ela obriga o meu pai a comprar uma planta nova pra por no quintal.- ele diz sorrindo.
– bom, agora com a nova moradora da minha casa acho difícil uma planta se manter viva em casa.- falo lembrando da Luci.
– sabe, agora que você falou eu não sei de nada sobre você mas você sabe muita coisa de mim.- ele diz me olhando.
– você nunca se interessou em saber.- falo dando de ombros.
– então me diz agora.- ele fala e eu nego.
– teremos outro momento pra falar sobre a minha vida.- digo e ele concorda.
– mas me responde uma única coisa, no primeiro dia que fui te levar em casa, um homem ficou me olhando feio, parecia um psicopata.- ele diz e eu já sei que é o Ricardo.
– deve ser o Ricardo.- falo e ele espera que eu continue. – é o meu ex.- falo e ele concorda.
– por que ele é seu ex?.- ele pergunta curioso.
– bom, ele resolveu me colocar um par de chifres, meio que não gosto quando as pessoas me traem.- debocho da situação.
– ele te traiu?.- ele fala desacreditado. – além de psicopata é burro, como alguém trai alguém como você?.- ele diz olhando pra estrada.
– acredita que também não sei.- falo dando risada, e logo estamos chegando em casa.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Andréa Debossan
A Mafe é super alto astral amei ela! E ele já está caidinho por ela! Tomara que a mãe dele tbm goste dela
2024-05-07
0
Fatima Vieira
estou amando
2024-05-05
0
Domingas Gomes
amando essa história
2024-04-10
1