08

Maria Fernanda

– Maria ?.- a minha irmã ri.

– odeio que me chamem por esse nome, mas ele é o meu chefe.- falo e ela revira os olhos.

– então é melhor se acostumar, Maria.- ela diz e chego ao meu ponto. – até mais tarde.- ela diz e eu dou um beijo na testa dela e saio rápido do ônibus.

Atravesso a rua correndo, pra não ser atropelada e logo estou no meu local de trabalho fazendo o café sem açúcar do meu chefe.

E é só eu chegar do lado da mesa que o elevador se abre e ele entra.

– bom dia, senhor Castro.- falo e ele me olha feio. – estamos em horário e ambiente de trabalho.- falo e ele sorri fraco.

Ele tá com a expressão triste, alguma coisa deve ter acontecido.

– sem açúcar?.- ele pega a xícara da minha mão.

– sem açúcar.- falo e pego o tablete e vou seguindo ele até a sala dele.

– o que eu tenho que fazer hoje?.- ele pergunta e eu passo tudo que ele tem que fazer hoje.

– e a noite, a festa da empresa.- falo por fim.

– você pode sair uma hora mais cedo, eu também vou sair na mesma hora, te levo em casa de novo.- ele diz e eu nego.

– não precisa, dessa vez não vou perder o ônibus ao ponto de ficar mais tempo do que o necessário esperando.- falo e a expressão dele se fecha. – tá bom, pode levar.- falo e ele sorri falso.

– pode ir, Maria.- ele fala agora colocando a postura de chefe sério.

Assim que levanto da cadeira acabo batendo num copinho cheio de lápis e caneta e cai tudo no chão.

– merda.- resmungo mas logo me reprovo por falar esse tipo de coisa na presença do meu chefe.

Me abaixo pra pega na mesma hora que ele e acabamos batendo a cabeça uma na outra sem querer.

– porra.- falamos ao mesmo tempo e levamos a mão pra testa.

Capaz da gente ter trocado de cérebro.

– desculpa, não foi a minha intenção.- falo e ele concorda.

Começo a pegar os lápis e as canetas e ele me ajuda, assim que terminamos ele me ajuda a levanta e segura a minha cintura.

– Licença?.- escuto uma voz feminina e olhamos os dois pra porta vendo a liz parada olhando nós dois.

– Oi, liz.- o Thomaz fala e eu me afasto um pouco dele.

– eu vou voltar pra minha mesa, se precisar de mim é só me chamar.- falo e ele concorda.

– coloca gelo, vai melhorar e não vai ficar inchado.- ele fala mas a frase sai em duplo sentido. – a testa, Maria, a testa.- ele fala e eu concordo e saio de lá fechando a porta.

Vou até um espelho e vejo minha teste um pouco vermelha. Vou atrás de um gelo e fico segurando por alguns minutos até achar que é o suficiente.

Volto pra minha mesa no mesmo momento em que a liz sai da sala do Thomaz. Ela me olha de cima a baixo mas não fala nada, apenas vai embora.

O resto do dia acontece tranquilamente, almoço com o Heitor e uma hora antes eu estou largando.

Estou do lado de fora do prédio mexendo no celular esperando pelo Thomaz, que disse que seu for embora sem ele, ele iria ficar puto.

Nunca imaginei que iria criar um tipo de amizade com um chefe meu, e logo um chefe desse porte.

Meu foco vai pra uma mensagem de um número desconhecido, no qual assim que entro na mensagem sei de quem se trata.

Mas como eu não respondo ele liga e eu atendo.

– o que caralho você quer?.- falo irritada. – você não vai desistir nunca?.- falo arrumando o cabelo.

– pra quem disse que amava já me substituiu bem rápido.- ele diz e eu reviro os olhos.

– pra quem disse que amava, você traiu.- falo irônica.

– agora arrumou um bom partido, um carro daqueles só pode ser um filhinho de papai.- ele diz como se isso fosse uma ofensa.

– Ricardo, vai a merda, você é ex, com quem eu fico ou deixo de ficar não é da tua conta, me esquece.- falo e desligo a chamada e bloqueio o número.

– Dr com ex uma hora dessas.- me assusto com a voz do Thomaz e me viro pra ele. – está se envolvendo com alguém?.- ele fala e eu arqueio levemente a sobrancelha. – se a gente for fazer aquilo, acho que você estar envolvida com alguém não pegaria muito bem pra ambas as partes.- ele diz e eu concordo.

– relaxa, não estou com ninguém caso contrário nunca teria aceitado fazer isso com você, aliás me diz, o que eu ganho com tudo isso?.- falo seguindo ele.

– você quem sabe, dinheiro, um carro pra você parar de andar de ônibus e eu não ter que socar alguém no rosto.- ele debocha.

– desculpe senhor riquinho, mas eu não nasci em berço de ouro pra ter um carro, sempre andei de ônibus, e obrigada por ter me ajudado, mas não precisa mais socar ninguém.- falo sorrindo e entro no carro junto com ele.

Ele me leva em casa e vai embora, trato de começar a me arrumar pra não chegar atrasada no local.

***

Pego um vestido que a Lívia me emprestou, e coloco no corpo.

– você está digna de uma deusa, se existe uma mulher mais linda que você eu desconheço.- a Livia fala me olhando.

– você acha?.- falo analisando o vestido vermelho justo na cintura e um pouco solto nas pernas com uma abertura bem no lado mostrando minha perna.

– tenho certeza, agora coloca o salto alto e vai embora que você já está atrasada.- ela diz e e vejo a hora e me espanto ao ver que o evento já começou a meia hora. – já chamei o Uber, anda que ele tá chegando.- ela diz e eu pego a minha bolsa e saio correndo pro lado de fora.

– juízo, dona Maria Fernanda.- minha mãe fala antes de eu sair.

Entro no Uber assim que ele chega e vou pro evento.

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Comments

Fatima Vieira

Fatima Vieira

amei

2024-05-04

0

Ana Regina

Ana Regina

concordo plenamente kkkkkl ❤️❤️

2024-04-08

2

zeni

zeni

muito linda história maravilhosa autora estou amando ja

2024-04-05

3

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