04

Maria Fernanda

– amanhã meus pais vão fazer um churrasco, por que quer beber hoje?.- falo enquanto estou entrando no Uber. – aliás, onde está me levando?.- pergunto e ela entra no carro.

– aquele bar que a gente ia.- ela diz e olha pro motorista. – boa noite.- ela diz e o homem responde com um boa noite e confirma o endereço.

– aquele que se paga quase 20 reais num drink colorido e com gosto horrível?.- falo e ela concorda rindo.

– lá tem cerveja, e não se preocupa vou comprar aquela torre de cerveja.- ela diz e eu apenas concordo.

Assim que chegamos lá tinha algumas pessoas dançando uma música de pagode.

A Livia pede a cerveja e eu fico sentada em uma das mesas do lado de fora.

– e pedi o rodízio de carne por que tá muito cheirosa.- a Livia fala ao chegar e senta na cadeira a minha frente.

– então dá tempo de ir no banheiro, já volto fica com a minha bolsa.- falo e pego apenas o celular antes de ir na direção do banheiro.

– terminar?.- escuto uma voz grossa que conheço bem.

É o meu novo chefe?

Diminuo os passos apenas pra escutar.

– É, Thomaz, eu quero terminar.- uma mulher fala sem paciência.

– você quer terminar um relacionamento de dois anos, estamos noivos liz.- ele fala e eu vejo que já estou chegando perto de onde eles estão.

– eu sei, mas não tá dando mais, não estamos dando certo eu sinto muito mas acabou.- a tal liz fala e eu apareço e os dois me olham e param de conversar.

O meu chefe parece não me conhecer então eu entro no banheiro feminino e deixo a vida dos outros pra lá.

Quando eu saio eles já não estão mais lá e eu volto pra onde deixei a Livia.

A cerveja já estava lá e já tinha carne na mesa.

– eu vi o seu novo chefe passando indo atrás de uma mulher, ele parecia desesperado.- ela diz e eu arqueio a sobrancelha.

– eu escutei a conversa dos dois, ela terminou o noivado com ele.- falo e ela me olha surpresa.

– ele era noivo?.- ela pergunta e eu concordo.

– ela disse que não estava mais dando certo então terminou o noivado.- falo enchendo meu copo com cerveja.

– como que termina um noivado com um gostoso daqueles?.- ela diz colocando um pedaço de carne na boca.

Dou de ombros e mudo logo de assunto, Livia e eu conseguimos ser bastante fofoqueiras quando queremos. Qualquer coisinha é motivo da gente estar falando mal da vida alheia e depois falar que não somos ninguém pra julgar.

Passamos a noite naquele bar nos divertindo com o pagode que estava tocando até decidirmos ir pra casa.

***

– Fernanda, você colocou o sal nas carnes?.- a minha mãe pergunta quando me ver comendo o mousse de morango.

– já é está ali na geladeira esperando o papai colocar fogo na churrasqueira.- falo e encho a minha boca com a última colher de mousse.

– tia, cheguei.- escuto a voz da Lívia e olho pra ela que entrou em casa com um fardo de cerveja.

– não precisava trazer nada, já te disse isso mil vezes.- a minha mãe fala pegando a cerveja da mão dela.

– e as mil vezes eu sempre trouxe alguma coisa, agora fica quietinha e coloca na geladeira.- a Livia diz e a minha mãe revira os olhos.

– não gosto dela.- minha mãe diz olhando pra mim.

Deixo as duas lá e vou pro quintal onde estava o meu pai tentando acender o fogo, minha irmã arrumando a mesa e a Luci andando de um lado pro outro atrás de comida.

***

Segunda-feira, acordar às seis da manhã pra ir trabalhar.

Estou aqui tomando meu café da manhã junto com a minha irmã e meus pais.

– espero que seu primeiro dia lá seja incrível.- minha mãe diz me dando um beijo no topo da cabeça.

– também espero, bom.- falo me levantando depois de comer tudo. – vou escovar os dentes eu vou indo, uma das coisas que ele falou era que odiava atrasos e eu não vou me atrasar no meu primeiro dia de trabalho.- falo e vou pro banheiro, escovo os dentes e logo estou saindo de casa junto com a minha irmã.

O ônibus demora um pouco pra chegar mas assim que chega entramos e vamos o caminho todo em pé.

Eu descia primeiro que a minha irmã então assim que chego no meu ponto me despeço dela e desço do ônibus.

Olho pro prédio enorme do outro lado da rua e a empresa onde a Livia trabalha, sei que ela já está lá por que ela pega mais cedo.

Atravesso a rua e entro no prédio, vou até a mesma mulher da última vez e ela dessa vez sorri fraco porém gentil.

– pontual, gostei.- escuto a voz do Heitor atrás de mim e me viro na direção dele.

– ele me disse que não gostava de atrasos.- falo dando de ombros.

– e de fato não gosta.- ele diz e pega o crachá dele e coloca no leitor da catraca e logo ele passa.

– aqui está o seu, é só passar no leitor e passar, é nessa catraca que você bate o ponto, mas a do intervalo é lá em cima na sua mesa.- a mulher explica e eu pego o meu crachá com a minha foto.

– obrigada.- falo e passo pela catraca.

– vamos lá, meu andar é o de baixo do seu, se no intervalo você quiser almoçar comigo eu vou amar.- o Heitor diz.

Subimos pelo elevador, ele fica no andar dele e eu vou pro meu.

Vejo o horário pelo relógio em meu pulso, então começo a preparar toda a agenda e pegas os recados pro senhor Castro e quando vejo que já está chegando a hora dele chegar vou fazer o café dele, sem açúcar e bastante quente como ele mesmo pediu.

Assim que chego na minha mesa vejo a hora e é exatamente oito da manhã quando a porta do elevador se abre.

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Comments

Fatima Vieira

Fatima Vieira

eu adoro pontualidade tb

2024-05-04

0

Ana Regina

Ana Regina

verdade kkkkkl ❤️

2024-04-08

5

Giulia Pereira

Giulia Pereira

ela é ótima. pq é bem realista a personagem. 🤣🤣🤣🤣🤣🤣

2024-03-24

2

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