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Maria Fernanda

– e eu achei que te contratando você iria se envolver com o chefe, foi rápida, queria ter essa sorte.- ele diz em tom de brincadeira.

Uma mulher chama ele e sai puxando ele sem ele ter a oportunidade de se recusar.

Saio de perto dos três homens e vou até um bar e me sento em uma das cadeiras.

– pode me dar outro desses por favor?.- falo virando todo o líquido que estava em meu copo.

– não achei que o Thomaz iria se envolver com uma funcionária.- escuto a voz da liz do meu lado. – o mesmo que o dela.- ela pede pro homem que apenas concorda.

– é.- falo ficando nervosa.

– você foi bem rápida, é apenas o seu segundo dia na empresa, e já está se envolvendo com o chefe, você tem talento.- ela diz e eu me viro pra ela e dou um sorrisinho forçado.

– aonde quer chegar?.- falo e ela da de ombros.

– é evidente que você é uma das várias mulheres interesseiras, isso não vai durar, o Thomaz ainda gosta de mim, não se esquece um relacionamento de dois anos tão rápido.- ela diz e eu dou um sorrisinho irônico.

– mas você esqueceu não é?.- falo e ela fecha ainda mais a cara.

– olha como fala comigo, posso te colocar no olho na rua.- ela fala pegando a bebida que deveria ser minha e sai indo em direção aonde o Thomaz estava.

Só que ele estava com o nick, e eles pareciam estar querendo se bater.

O irmão e o primo do Thomaz apenas segura ele assim que ele da um passo à frente e ele sai de lá quase pegando fogo.

Pego a minha bebida e vou calmamente atrás do Thomaz.

Assim que entro pela porta onde ele entrou vejo que o único caminho é a escada e o elevador. Mas ele não está no elevador por que ela tá parado no oitavo andar.

Subo três lances de escada até encontrar ele sentado de cabeça baixa.

– eu tô sentindo o seu perfume Maria.- ele diz e ergue a cabeça pra me olhar.

– decorou o cheiro do meu perfume ?.- pergunto sentando ao lado dele.

– é doce e forte, impossível não decorar.- ele fala. – aliás, precisa trocar, em apenas três dias que te vejo fico enjoado.- ele fala e eu olho pra ele ofendida.

– eu vim te ajudar e você ofende até a décima geração do meu perfume?.- falo e ele ri.

– por que veio atrás de mim?.- ele fala depois de um tempo em silêncio.

– bom, você deu um soco num cara pra me ajudar, achei que estivesse precisando de ajuda agora, apenas uma troca de ajudas.- falo e ele concorda.

– ele fica me provocando, e o pior é que eu não posso simplesmente expulsar ele por que ele é um investidor.- ele diz com certa raiva na voz.

– bom eu não te conheço direito, na verdade eu não te conheço, mas como estamos acho que virando amigos de certa forma, tenho um conselho a te dar.- falo e ele presta atenção em mim. – deixe ele provocar o quanto quiser, deixe ela passar com ele na sua frente milhões de vezes, demostrar raiva ou incômodo faz o ego dela aumentar e o dele também ao achar que está afetando você.- falo e ele concorda.

– tem razão.- ele diz passando a mão sobre os cabelos.

– e eu estou aqui, pra você fazer ciúmes nela, ela foi atrás de mim e falou com toda certeza de que eu era interesseira, e que você gostava dela.- digo rindo.

Escuto uma voz feminina e outra masculina subindo as escadas.

– os dois estão aqui, e eu quero saber se eles estão juntos mesmo, o Thomaz nunca apareceu com mulher nenhuma em público, só comigo, e agora aparece com essa secretariazinha.- escuto a voz da liz.

– merda.- falo me levantando e o Thomaz se levanta também.

Tento abrir a porta na nossa frente mas está fechada, subimos mais um lances de escadas e tento abrir a outra porta que se abre e entramos nela.

Um incrível escuro, mas ainda conseguia ver ele por conta da placa em neon em cima de nós.

Era um quartinho de limpeza?

– a outra porta estava fechada, essa é de limpeza deve tá aberta, vamos abrir.- escuto a voz do homem mas eu não conhecia a voz dele.

– deixa pra me bater depois.- o Thomaz fala e sou surpreendida com um beijo na boca.

De único eu não me mexo mas quando lembro que isso é por conta da mulher que deve abrir essa porta eu o beijo de volta.

Ele segura firme a minha cintura e me encosta contra a parede gelada. Sua mãos desce pra pra minha pernas e logo estou com as duas pernas em volta no quadril dele e ele me pressiona contra a parede sem parar o beijo por um segundo.

Talvez esse seja o melhor beijo que eu já recebi na vida. Mas a pegada que esse homem tem eu tenho certeza de que é a melhor.

Escuto a porta se abrir mas ele não para o beijo, apenas continua mas eu paro o beijo e olho rápido em direção a porta e ele olha também.

Vejo a liz e um homem nos olhando, e ela com uma cara de surpresa.

– desculpa não sabíamos que vocês estavam aí.- o homem fala e tenta fechar a porta mas a liz não deixa.

Ela olha por mais uns segundos antes de ir embora e a porta se fechar.

Olho pro Thomaz que me olha e só aí percebo que ainda estou nos braços dele. Mas algo mais chamativo que isso me chama a atenção.

O pau dele tá duro?

– acho que já pode me colocar no chão.- falo baixinho e ele concorda e me coloca no chão.

– desculpa, eu não pensei direito antes de fazer, te tocar sem seu consentimento não estava em meus planos.- ele diz e eu concordo e abaixo a cabeça.

– eu vou descer, é melhor.- falo e ele concorda.

– vai na frente, depois eu vou.- ele diz e eu prendo o risinho por saber o motivo.

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