09

Maria Fernanda

Assim que chego do lado de fora do evento vejo a movimentação de jornalistas. O que me deixa um pouco nervosa mesmo sabendo que ninguém ali vai me olhar.

– obrigada.- falo pro motorista e saio do carro, caminho até o local e uma mulher que deve ficar pegando os nomes das pessoas pra liberar a passagem me olha.

– boa noite.- falo e ela sorri fraco.

– boa noite, seu nome por favor?.- ela diz e eu falo meu nome.

Logo estou entrando no evento e várias pessoas estavam andando pra lá e pra cá, outras se divertindo e dançando com a música alta.

Bem diferente do que eu achei que seria, e de fato é mais parecido com o que o Heitor disse.

Vou passando pelas pessoas atrás do Heitor, e quando acho ele estava dançando sozinho com um copo de bebida colorida dentro.

– cheguei.- falo e ele me olha e abre a boca em espanto.

– minha nossa senhora das calcinhas, se eu não fosse gay juro que te pegava, talvez eu tenha que reconsiderar a minha opção sexual.- ele diz e me abraça.

– você fica ainda mais lindo de terno.- falo por que ele não usa terno apenas uma camisa social.

– você acha?.- ele diz olhando pra si mesmo.

– o que você tá bebendo?.- falo e ele pega um copo de bebidas que um garçom estava servindo e me dá. – obrigada.- falo e tomo um gole sentindo o gosto de álcool.

– olha lá nosso chefe, ele perguntou se você iria vim.- ele fala e eu olho pra trás vendo o Thomaz conversar com dois homens incrivelmente bonitos. – aquele mais alto e bastante sério se chama Giovanni Castro, é o irmão do Thomaz, o outro que está rindo agora é o Vitor Castro, primo dos dois.- ele fala e eu só consigo pensar na genética perfeita dessa família.

Por que os três são os homens mais bonitos que já vi na minha vida, só perdem pro jensen ackles.

– eu sei, meu paü fica duro só de olhar pra eles.- o Heitor fala e eu olho assustada pra ele. – é o álcool fazendo efeito.- ele diz e eu dou risada.

Olho de novo pro Thomaz vendo ele todo engravatado, é um copo do que acho ser whisky na mão.

O homem consegue ser perfeito com tudo, se bem que nunca vi ele sem estar todo engravatado ou camisa social.

Ele arrasta o olhar pelas pessoas até o olhar dele parar em mim. Ele fala alguma coisas para os dois homens que também me olham e logo ele vem na minha direção.

– você tá atrasada.- ele diz de forma séria.

– um pouco.- falo e ele nega.

– quase uma hora.- ele corrige. – mas tudo bem, tá perdoada.- ele fala mas a minha atenção vai pra uma pessoa que acabou de entrar no local.

Liz.....

Mas de mãos dadas com outro homem, e que homem....

– Thomaz, acho que não vai gostar do que vai ver se olhar pra trás.- falo e ele se vira pra trás.

Vejo o maxilar dele mudar, nem precisei ver o rosto dele pra saber que ele estava com muito ódio.

– ela trouxe o amante dela pra festa da minha empresa, sendo que nenhum funcionário sabia do meu rompimento com ela?.- ela fala olhando pra mim.

– Thomaz.- o irmão dele chega perto de nós dois.

– eu já vi Giovanni.- ele diz entre dentes.

Parece que todos os olhares se voltam pro Thomaz e pra liz com seu novo companheiro.

– não é isso, é que o nosso pai.- o Giovanni fala e um senhor chega perto de nós.

– espero que com essa vergonha você aprenda.- o homem fala e eu olho pro Thomaz, que parece estar perdido em seus próprios pensamentos. – espero que não chore na frente dos seus funcionários, tem pessoas importantes aqui.- o homem fala e o Thomaz me olha.

– por que eu choraria?.- ele volta a olhar pro homem. – ela terminou e seguiu em frente e eu também.- ele fala se segura a minha cintura.

Fico tão nervosa que preciso segura nele pra não cair do salto.

– como assim?.- o homem olha pra mim de cima abaixo.

– eu já estou conhecendo outra pessoa, pai, essa é a Maria Fernanda, Maria, esse é o meu pai Raul Castro.- ele me apresenta ao homem que nos olha com certa surpresa e curiosidade.

O mesmo olhar era do seu irmão e seu primo, e com toda certeza do Heitor.

– é um prazer conhecer o senhor.- estendo a minha mão e ele me cumprimenta.

Educado comigo, mas um grosso com o filho...

– depois conversaremos sobre isso.- o homem fala pro Thomaz mas eu escuto.

Vejo a liz caminhar na nossa direção com o homem é o pai do Thomaz sai antes que eles cheguem.

O olhar da mulher vai do Thomaz até mim, e a mão dele na minha cintura.

– Thomaz.- ela fala ao chegar perto de nós.

– Liz.- ele fala formalmente.

– esse é o Nick, um... amigo.- ela fala mas é lógico que não são apenas amigos.

– Oi.- o Thomaz cumprimenta o homem que fala em inglês.

– é um prazer conhecer você, espero que não tenhamos problemas.- o homem fala em inglês mas eu entendo tudo.

– Não temos o por que ter inimizade.- o Thomaz fala respondendo em inglês.

– sei que foi muito rápido, ela era sua noiva, mas..- ele não consegue terminar de falar por que o Thomaz o interrompe.

– eu não me importo, eu estou acompanhado.- ele diz e o homem me olha.

Olho de lado pra liz que me olhava com certa cara de raiva ou desdém, ou as duas coisas juntas.

Logo os dois saem e eu me viro pro Thomaz.

– você está bem?.- pergunto e ele concorda sem me olhar nos olhos. – pensei que fosse dar um soco nele quando ele falou aquilo.- digo e ele sorri.

– não estava no seu currículo que sabia falar inglês.- ele diz.

– e eu não sei, mas entendo tudo que falam.- explico.

Os dois homens chama a atenção dele e eu me viro pro Heitor.

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