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Maria Fernanda

– como é que você me convenceu a vim pra cá?.- falo olhando pro Heitor que estava dançado junto com a Lívia e a Maria Isabel.

– bom, vamos dizer que não tenho amigas com quem eu possa sair, e você desde que conheci me trás uma sensação boa, então se acostume, vou te arrastar pra festas direto, e as meninas também por que amei elas.- ele fala e eu dou um sorrisinho.

Começa a tocar um reggaeton e eu começo a dançar.

A música trouxe animação pra festa mais do que estava, por que tava todo mundo dançando. A Livia vem pra trás de mim e segura na minha cintura, começamos a dançar juntas enquanto a Isa dançava animada com o Heitor.

Depois o funk começa a tocar fazendo a gente descer até o chão, e eu e meu sendentarismo me obriga a ir pegar alguma coisa pra beber.

As luzes da balada ficam mais escuras, fazendo apenas as silhuetas das pessoas dançando e gritando pelo fato da luz ter baixado.

Do nada uma luz azul mais pra violeta fica no ambiente e da pra ver algumas pessoas se agarrando, mas ainda tava escuro o suficiente pra não ver direito os rosto.

– cerveja por favor, pode me dar outro balde ?.- pergunto e o moço concorda, pago a ele e ele me dá o baldinho cheio de cerveja e eu levo pra perto das meninas e do Heitor.

– graças a Deus, eu já ia lá buscar.- a Livia fala e abrimos cada um uma cerveja e começamos a beber.

***

Não sei muito bem como eu fiquei tão agitada, cerveja traiçoeira.

– meu amigo tá chamando a gente pra ir pra área vip, vamos lá ?.- o Heitor fala e nós apenas concordamos e seguimos ele.

Se você achou que aqui estaria com menos pessoas você errou feio, por que parece que ainda estamos lá embaixo.

Só que dá pra perceber que as pessoas daqui tem mais dinheiro.

– Oi meninas, olha fiquei a vontade, tudo por conta da casa.- o amigo do Heitor fala e percebo que ele também é gay.

– relaxem, ele é o dono do boate.- o Heitor fala e a gente pega apenas cervejas. – eu vou dar uns beijos ali, não se percam não quero ficar sozinho.- ele diz e sai com o amigo dele.

– pra onde ele foi?.- a isa pergunta.

– ficar com o aquele homem.- falo e ela ri.

Vou até a ponta na área vip onde dava pra ver o movimento lá embaixo.

Do nada o Heitor aparece rindo horrores e eu fico sem entender o por que ele já voltou.

– já voltou?.- pergunto e ele concorda.

– ali tava bem lotado, então vamos voltar pra casa juntos.- ele explica e eu apenas concordo.

Começa a tocar um funk e a gente da gritinhos e começamos a dançar horrores.

Sinto uma mão na minha cintura e me assusto olhando pra trás, vejo um homem desconhecido. Ainda está escuro mas consigo ver o rosto dele pelo fato dele estar bastante perto de mim.

– Licença, pode se afastar um pouco?.- falo mas ele me puxa e tenta me beijar.

– ei, ela mandou se afastar tá surdo?.- o Heitor fala e em segundos o homem é puxado pra trás.

Vejo um homem alto empurrar ele e o cara vai embora.

– não sabia que gostava de beber tanto Maria.- o homem se aproxima o suficiente pra eu ver que ela o Thomaz.

– olha só se não é o meu chefe.- falo rindo e o abraço .

Presto atenção nele e pela primeira vez vejo ele sem aquelas roupas sociais, ele usava uma camisa preta, é uma bermuda branca.

Como pode existir um homem tão lindo e gostoso?

– achei que você só bebia aquelas bebidas coloridas, mas desde que você chegou que está bebendo.- ele diz perto do meu ouvido me fazendo arrepiar pelo tom de voz grosso.

– estava prestando atenção em mim esse tempo todo?.- falo com um sorrisinho de lado.

– estava.- ele admite.

– por que não foi falar comigo?.- pergunto e ele da de ombros.

– você estava se divertindo, aliás eu nem iria vim aqui, já não basta ter que me aturar no trabalho, te atazanar na sua folga é um pouco demais.- ele diz rindo.

– você não é chato, é até legalzinho.- falo e uma pessoa bate com tudo em mim fazendo a bebida da outra pessoa cair na minha blusa. – merda.- falo vendo a pessoa ir embora sem olhar pra trás.

– tem um banheiro ali, vem te levo lá pra você se limpar.- ele fala e segura a minha mão e sai me puxando até o banheiro.

Ele me espera do lado de fora mas assim que entro no banheiro a escuridão e o silêncio me faz ficar procurando a tomada.

– um ano pra acender uma luz.- escuto a voz dele e logo a luz é ligada.

– obrigada.- falo e me olho no espelho. – nossa como é linda.- falo me olhando.

Vejo ele entrando no banheiro e pegar papel pra me entregar.

Ligo a torneira e começo a me limpar pra não ficar grudento.

– caiu na minhas costas também, pode me ajudar?.- peço e ele concorda.

Ele passa água no meu ombro e começa a secar logo depois.

– vou ficar fedendo a bebida.- falo reclamando e olho pra ele pelo espelho que parecia estar bem concentrado em me ajudar a limpar.

Ele me olha na mesma hora e eu não sei o por que mas continuo a olhar pra ele que para de mexer no meu ombro e fica me encarando.

– o quão bebada você está?.- ele pergunta e eu dou de ombros. – ótimo.- ele diz e me vira pra frente com tudo e segura pela minha nuca.

Jesus amado...!!

Sem tempo pra falar alguma coisa ele me puxa pra mais perto pela cintura e me beija.

Sem forças pra me afastar apenas o beijo de volta.

Ele aperta os meus cabelos e eu paro o beijo apenas para respirar direito.

Abro os olhos apenas pra olhar pra ele e ver ele me olhando.

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