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Maria Fernanda

Dois dias depois...

Dois dias se passaram e dois dias que o meu chefe só falo o básico comigo. Sei que isso foi pelo o que aconteceu na festa, eu faria igual.

Assim que o elevador se abre às oito em ponto ele faz o que fez esses últimos dois dias, pega a xícara de café em minhas mãos e segue pra sala dele, e como sempre eu vou atrás.

– o senhor tem uma reunião hoje as 10, vai almoçar com os gerentes de Pernambuco e São Paulo, as três da tarde outra reunião.- falo e ele concorda.

– eu quero que você leve isso aqui.- ele ergue um envelope. – tem 10 mil reais dentro disso, você vai levar direto pra Liz, não pare no meio do caminho e não deixe solto, depois volte aqui vou precisar de você.- ele diz e eu pego o envelope.

– Sim, senhor.- falo e saio da sala dele levando aquela quantidade enorme de dinheiro.

Por que em dinheiro vivo?

Não é obrigação da liz resolver isso de dinheiro?

Deixo o tablete na minha mesa e chamo o elevador, ele demora um pouco mas logo chega e eu estou indo em direção do andar da liz.

Assim que chego no andar procuro pela sala dela e bato na porta.

– pode entrar.- ela diz e eu abro a porta.

– Bom dia.- falo entrando e fechando a porta.

– bom dia, do que precisa?.- ela diz sem me olhar.

– o senhor Castro me pediu pra lhe entregar esse envelope.- falo mas ela nem me olha.

– é do que se trata?.- ela fala e me olha finalmente.

– ele me disse que era 10 mil reais, e que eu deveria entrar pra senhora.- falo e ela da uma risadinha.

– patético.- ela diz e eu entrego a ela. – conseguiu levar ela pra cama, mas a confiança dele não.- ela fala com o tom de voz irônico.

Mesmo sem entender nada apenas me viro e vou embora.

– o que está fazendo aqui?.- escuto a voz do Heitor e viro pra trás.

– vim a mando do meu chefe.- falo e ele faz uma carinha de malícia.

– da última vez que ele mandou uma secretária dele aqui, foi com um envelope cheio de dinheiro, só pra ver se a garota era confiável.- ele diz e eu ligo os pontos da fala da liz.

– e eu fiz isso.- falo e ele me olha rápido. – ele está me testando pra ver se eu sou ladrona ou confiável?.- falo e ele da de ombros.

– bom eu vou indo, a gente se vê no almoço.- ele diz e vai em outra direção.

Pego o elevador e volto pro meu local de trabalho, bato duas na porta do Thomaz e ele me manda entrar.

– o senhor me pediu pra voltar aqui.- falo e ele concorda.

Entro na sala e me sento na cadeira em sua frente.

Ele tira o olhar do computador e me olha por alguns segundos.

– tá tudo bem?.- ele pergunta e eu apenas concordo com a cabeça.

Confia em mim o suficiente pra me meter em uma brincadeira infantil de fazer ciúmes a ex noiva e mentir pra família dele, mas não confia em mim como funcionaria achando que eu seria capaz de roubar alguém.

Coloque na sua lista, Fernanda.

Não ter amizade com seu chefe, aliás ele é o seu chefe.

– entrou o dinheiro?.- ele pergunta e eu concordo.

– pode ligar pra lá e perguntar.- falo calma mas ele não diz nada. – o que tenho que fazer, senhor Castro?.- digo e vejo a expressão dele se fechar.

– quero que me ajude com esses documentos, eu vou assinar todos eles, você vai juntar todos por ordem e vai direto pro Rh, eles precisam desses documentos pra já.- ele explica e eu concordo.

Faço tudo que devo fazer em um completo silêncio, toda vez que ele tentava puxar um assunto que não se referia ao trabalho, eu fazia o favor de responder o básico e ele entendeu e parou de conversar.

– pronto, esse é o último.- ele diz me entregando um último papel. – pode levar.- ele diz e eu concordo.

Me levanto rápido e vou em direção da porta.

– Maria?.- ele me chama e eu olho pra trás. – você está realmente bem?.- ele pergunta e eu concordo com a cabeça e saio da sala.

***

Eu tenho que comprar uma moto, nem que seja uma velha, so pra não ter que pegar mais ônibus.

Me atrasei mais uma vez por conta de todos os e-mais que tive que ler e responder e perdi a hora.

Então meu ônibus já passou e está aquela demora pra passar o próximo.

Pego o meu celular e vejo as horas e as mensagens de meus pais perguntando por que não tinha chegado ainda, respondo explicando e volto a guardar o celular.

– Maria?.- escuto a voz do Thomaz e ergo a cabeça pra olhar. – vamos, te dou uma carona.- ele fala me olhando.

– não, meu ônibus já está chegando mas obrigada.- falo e tiro meu olhar dele.

Escuto a porta do carro se abrir e reviro os olhos, ao sentir ele tirar a minha bolsa de mim e voltar em direção ao carro.

Vou atrás dele e tento pegar a minha bolsa dele.

– entra no carro.- ele diz e eu apenas continuo a tentar pegar a bolsa de um homem de quase 1,80.

– Senhor, eu quero ir de ônibus.- falo e ele joga a minha bolsa dentro do carro.

– me chamar de senhor lá dentro, tudo bem.- ele fala a abre a porta do carro e me espera entrar. – aqui fora é thomaz.- ele fala e eu entro no carro.

Cruzo os braços e espero ele dar partida no carro.

– se eu te perguntar uma coisa você promete não mentir?.- falo e ele concorda. – você confia em mim pra mentir pra sua familia, e fazer a mente da sua ex noiva, mas não confia em mim pra trabalhar com você?.- falo e ele desmancha o sorrisinho na cara.

– não entendi. - ele diz se fazendo de doido.

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