Pela primeira vez eu gostei do que eu vi no espelho. Eu estou muito linda. Acho que no passado minha falta de beleza era falta de cuidado comigo mesma. Hoje o dia fútil que sempre sonhei em ter foi o maior indicativo de que antes eu era apagada porque não tinha dinheiro.
Meu cabelo está hidratado e maravilhoso no coque. Minhas unhas estão com um esmalte escuro. Meus olhos com sombras pesadas, meus lábios rubros. E há o colar de ouro branco e pingentes de rubis no meu pescoço que tem um formato de cacho de uvas. O vestido é vermelho sangue e um novo modelo que vi e com um decote mais fundo. Quando desci a escada, os olhos dele estavam cravados em mim.
Senti calor.
Elizabeth como um anjo etéreo em seu vestido rosado e elegante que a fazia parecer linda e angelical. Eu sou a bruxa. Eu fiz um feitiço de atração no livro de mamãe.
— Inferno. — Escutei ele dizer.
Ele ficou parado, vestido no belo terno preto com capa, me olhando como se eu fosse um ser de outro mundo. No fim da escada, sua boca encontrou a minha e senti seus dedos rápidos e desesperados na minha pele. Hm… Thomas.
— Ficou bom? — Questionei.
— Eu quero esquecer esse maldito baile e te levar para o nosso quarto agora para produzir um herdeiro.
Ele falou isso na frente da mãe dele e dela. Saboreei essas palavras ditas na frente dela.
— Está mesmo muito linda. — Disse Grace com um sorriso e um pouco constrangida pela falta de modos do filho.
— Devemos ir é de mal tom chegarmos atrasados. — Comentou Elizabeth.
…
Elizabeth dançava lindamente com Thomas. Eu me mantive sentada comendo doces e querendo um livro. Dançar não é atraente para mim. E mesmo que me irrite, eu não vou dançar só para reivindicar algo que no papel e na aliança já é meu.
Eu estudei o rapaz loiro que sentou na minha mesa e era irmão de Lilyanna Montegomery, a debutante linda que me lembra Nott pelo cabelo ruivo.
— A senhora continua sem gostar de dançar?
— Desculpe. Eu o conheço? — Falei defensivamente.
Eu acho que sempre sou defensiva quando se trata de homens. O demônio e Thomas são a exceção.
— Acho que não. Mas já a vi em alguns bailes antes. — Comentou comigo afável e parecendo ignorar minha falta de tato. — Seu casamento com Thomas Bloodmoon foi uma surpresa para mim. Eu pensei que quando eu voltasse da América, iria pedir a moça baixinha que não gosta de dançar em casamento. Contudo, lamento que já tenha casado.
— O que? — falei. Pisquei várias vezes.
Ele é um dos solteiros mais disputados. Mais até do que Thomas era.
— Eu tinha o intuito de pedir a sua mão em casamento. É quieta e reservada como eu. Aposto que prefere a companhia de um bom livro a socializar. Eu também sou assim.
Respirei fundo. Que conversa é essa do nada? Acho que esse banho de atração no livro da mamãe funciona mesmo.
— Eu…— Ia falar algo.
— mas agora ela está casada. — Falou Thomas nos interrompendo com Elizabeth ao lado dele. Ela ficou horrorizada como se não o reconhecesse. — E a biblioteca dos Bloodmoon é conhecida por ser a mais completa de Londres. Garanto que ela é feliz.
Thomas me lançou um olhar ressentido e a Daniel Montegomery um olhar assassino. Por algum motivo, eu fiquei excitada. Me levantei da mesa e encostei no meu marido e o abracei enroscando seu pescoço com os braços.
— Te amo. — Deixej.escapar em alto e bom tom.
— Te amo. — Respondeu Thomas me cheirando.
Ele ofegou e tirando meu colar, mordeu meu pescoço na frente do outro rapaz e de Elizabeth. Senti sua mão em minha cintura e os olhos dele estavam sombrios como os do demônio. Mirei sua sombra. Mas não havia os chifres. Merda! É o meu Thomas.
— Senhor Montgomery, Elizabeth precisa de um parceiro de dança. Por que não a convida para dançar? — Sugeriu meu Thomas roçando o nariz no meu pescoço.
— Certamente. — Respondeu o rapaz atordoado. Ele mirou a loira angelical. — me concederia a honra de uma dança, senhora Bloodmoon?
— Sim. — Respondeu Elizabeth encarando Thomas ainda horrorizada.
Ele dois saíram de braços dados.
Senti os dedos de Thomas se fecharem no meu pescoço.
— Eu mal saí e você se ofereceu a ele?
— Ele não me agrada. — Falei sendo sufocada por ele. Meus olhos encontraram os dele. — Gosto dos perigosos como meu lindo marido.
Meu Thomas engoliu em seco e soltou meu pescoço.
— Hm…— Lambeu os lábios. — E o que mais?
— Ele tem os olhos azuis que são como um dia cinzento e mar traiçoeiro. E tem o cabelo preto mais macio do mundo. O rosto dele é lindo e as sobrancelhas perfeitas. Amo que ele não tenha barba. E o jeito que ele faz amor comigo me deixa louca. Ele é desequilibrado como eu. Uma vez apontei um caco contra o pescoço dele e ele me beijou. Acredita?
Ele apertou minha cintura.
— Gosta disso nele ou a assusta?
— Amo.— Mordi meu lábio e tremi ofegante. — Mas não conte ao padre, nobre senhor. Ele vai me punir por gostar de fazer amor levianamente com meu marido sentindo muito prazer também. Meu amado marido me deixa muito quente e me sacia tão bem, eu amo como ele sempre me deixa cheia dele. Impossível não sentir a essência dele entre minhas pernas. Ele quer colocar um filho em mim, mas nada como a igreja manda. Ele me fode como uma prostituta. Terrível, não é? Mas amo sentir ele metendo em mim.
— Ama?
— Amo. Ele me morde e arranha toda. Meu corpo é todo marcado. Eu sou toda dele. E ele é todo meu porque eu também o marco.
— Hm… seu marido soa como uma besta… ele deve ser mais delicado?
— Não. — Respondi. Peguei a mão dele e a beijei rindo. — Eu amo como ele me marca e me possui. Eu quero agora que ele me possua e me deixe cheia dele.
Thomas puxou minha mão me afastando da festa e me guiou até a varanda da casa. Sua boca encontrou a minha e senti suas mordidas no meu pescoço.
— Eu sou seu marido. Seu único marido.
— Hm… sim. — Falei.
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Rosária 234 Fonseca
esses dois me deixa louca kkk no bom sentido da coisa 😈 a paixão esta crecendo entre eles
2023-09-03
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