Nota da autora: Antigamente, no século XIX, barbeiros não eram só barbeiros. Parece estranho e ridiculamente exagerado? Mas, acredite, era exatamente assim. Acontece que, até o século XVIII, a profissão dos barbeiros era muito mais próxima da medicina que conhecemos hoje e desde a Idade Média eles eram chamados de barbeiros-cirurgiões ou cirurgiões-barbeiros." No contexto da história um barbeiro também pode passar um remédio. Coloquei só o termo " barbeiro" sem cirurgião. utilizei para soar mais realista.
Deitei ao lado de Thomas na cama. Odeio dividir meu espaço e estou profundamente irritada que o demônio se foi.
O quarto de hóspedes tem uma cama maravilhosa e que era toda minha. Eu gosto de dormir atravessada.
O braço dele envolveu minha cintura. Maldita seja essa criança impetuosa. Seu nariz veio ao meu pescoço e deslizou pela curva. Está bem. Eu não esperava… ele trocou o nariz pelos lábios e chupou a pele do meu pescoço. Isso é bom. Ele mordeu meu pescoço. Ahn… hm…
Os lençóis vermelhos eram tão macios roçando na minha pele e a sua respiração ofegante, não resisti e movi os lábios deixando encontrarem os dele num roçar de lábios que se tornou urgente. Eu puxei seu cabelo, sentindo os fios acetinados e escuros entre meus dedos. Beijei seu queixo e sua boca, ansiosa e selvagem.
— Esposa… — rosnou.
Senti a aspereza do potente membro roçando no meu estômago.
Amo que ele não tenha barba ainda. Sua pele é macia… macia como a minha deveria ser, mas nunca foi. É como cetim, algodão egípcio e seda. Eu amo isso.
— Esposa. — Rosnou com os lábios no meu pescoço. — Onde está a pulseira? Não vai usar, querida?
Beijei mais ele, querendo que esquecesse a questão da maldita pulseira em prol do demônio pelo qual me apaixonei. Eu estou apaixonada pelo ser das trevas que habita o corpo de Thomas, mas Thomas também serve para me saciar. Gosto da mentalidade do demônio. O demônio invadindo o corpo de Thomas… Meu homem ideal física e mentalmente.
Eu não quero um herói. Eu nunca quis um. O que eu quero é um homem que queime o mundo por mim como o demônio fez por Nott.
— A pulseira — Tentou ele contra meus lábios.
Beijar é bom! Quem diria. Eu achava nojento antes, mas Thomas fez ficar agradável.
E o senti roçar seu membro duro em mim também. Os seus lábios macios são como lamber e chupar morangos e apreciar o gosto de sua seiva. É reconfortante e me distraí. Nossos lábios juntos me deixam quente e vulnerável. Me faz esquecer o quão desumana posso ser por pensar em arrancar o coração de Nicolas e por pensar em uma forma de fazer o demônio ficar permanentemente no corpo de Thomas e ser meu.
Ele sobe as mãos pelas minhas coxas subindo minha camisola.
— Sem trajes debaixo… — Observa malicioso.
Eu quero beijar ele e me perder no seu gosto para me distrair da minha nova obsessão. Eu continuo o beijando e levo minha língua ao canto de sua boca. Ele abre a boca e nossas línguas se encontram e ele se roça e força mais em mim.
— Hm… assim… mais — Deixo escapar um gemido.
— Gosta? — Sondou ele sorrindo. — Muito bom para um pirralho, né? — Me provoca.
Acho que eu ter o chamado de "pirralho" o magoou.
Ele puxa meu cabelo do jeito que eu gosto e sela os lábios nos meus muitas vezes. E ele move a cabeça da bela ereção com ponta vermelha e veias contra meu botão de prazer, mas não me penetra, só pincela. Isso… hm ..Quero que ele entre logo em mim e me rasgue.
Eu quero que ele me tome.
— Quer?
— Hm …Sim, querido. Me alivie, por favor! — Implorei, sensível e sem me reconhecer, me esfregando nele como uma meretriz. Dessa vez, eu gostei mesmo, me deixou sem forças.
— Poderia te beijar e te atiçar assim o dia todo para ver essa expressão linda no seu rosto, inferno querida. — Sussurrou maldoso e estremeci toda. — Essa expressão linda que me implora para te amar. Eu quero ser bruto, posso?
— Não… eu… Ainda dói… quando puder, eu digo.
— Fofa. — Deixou escapar respirando fundo como se contesse uma besta em si. — Eu quero te invadir de novo. Quero plantar meu filho no seu ventre, bem fundo.
Se ele soubesse o abismo profundo e obscuro que eu sou. Se ele soubesse os meus planos de fazer ele sumir e apenas o demônio ficar…
— Entra em mim logo!— Peço antes de sentir culpa.
Quero o esquecimento do prazer.
Ele me penetrou ainda desajeitado, mas carinhoso,o que tornou até bonito o que é bem sujo e nojento. Gritamos juntos de dor e prazer na penetração. Ele foi gentil e quando arranhei suas costas como um sinal de que poderia ser cruel, tirou e colocou com força e me colocou de quatro, agarrando os paus da cabeceira da cama. Acabou me puxando pelo cabelo e movendo meus quadris como homens fazem com uma puta.
— Minha. — Rosnou ele beijando minha coluna e apalpando meus seios. — Só minha… Eu sou o único homem que pode te ver assim. Se qualquer outro tocar em você, eu o mato. Hm… Tem ideia do qual delicioso é dentro de você? É como chegar no céu. Uma doce morte.
Me sinto estranha, mesmo na fornicação perversa e dele ter me colocado de quatro, eu me sinto só uma menina inocente de novo e que ele é o meu protetor sombrio. Não gosto disso. Não gosto nada disso. Eu matei aquela versão minha porque ela era fraca e eu sabia que só eu podia me salvar.
Dessa vez, ele segurou seu prazer por cinco eficazes e maravilhosos minutos e eu também senti prazer quando enfiou sua bela espada de carne no alvo sensível que, estimulou com o polegar no clitóris, e estremeci gemendo descontrolada e rouca. Mordi o travesseiro porque os gritos dariam de serem ouvidos por minha sogra.
Ele veio dentro de mim uma última vez, urrando, e derramou seu líquido dentro e deixou escorrer entre minhas pernas. Se eu engravidar será um problema.
Ele cortou a conexão com um tapa na minha nádega e tirou seu delicioso membro de mim.
— Minha. Amo quando abre as pernas para mim. Quero meu bebê em você. — Rosnou.
Quando me virei de frente para ele, ele me beijou descontrolado e febril, mordendo meus lábios e usando a língua, me enchendo de saliva, mas foi como se eu estivesse acordando de um transe.
— O que foi, querida? — Perguntou porque lágrimas desciam de meus olhos. Ele as enxugou, desesperado. — Eu fui muito bruto… foi a posição? Se sentiu humilhada?
Humilhada por uma posição? Não. Não era bem isso.
Por que eu choro? Humilhante. Fraco. patético. Eu me proíbo de chorar. Se ao menos Nicolas não fosse um maldito doente, se o meu pai não me explorasse, se tudo fosse diferente e eu… e eu pudesse ser normal.
Mas pessoas normais não tem essa visão de mundo que eu tenho. Contudo, o preço a ser pago pelo saber é terrível. É como o deus Nórdico Odin que para acessar a sabedoria teve que ceder um dos olhos. Ou como Eva que foi expulsa do paraíso por comer a maça e despertar da inocência. A realidade é que sempre que se vai atrás da sabedoria se deve abrir mão de algum tipo de paraíso ou fazer um sacrifício a um Deus sádico. Para acessar a sabedoria e liberdade espiritual tive que perder minha dignidade, meus sentimentos, minha liberdade física e inocência.
Ele ficou amoroso:
— É a bruxa, meu amor? Está com medo, querida… Eu vou dar um jeito. Prometo.
Não gosto disso. Essa gentileza. Eu quis gritar. Não ouse fingir que gosta de mim, que não quer algo além de me tomar. Não ouse ser bom para mim. Eu quero um carrasco. Não um príncipe. Eu posso lidar com violência e posso suportar que me tome como uma vadia. Mas com palavras doces não. Eu quero o demônio, um demônio que destrói dinastias por mim e não um garoto com palavras doces e mentirosas. Eu…
— Nada. Só me veio uma enxaqueca…— Inventei.
— minha mãe também tem fortes enxaquecas. Ela fica até de cama. Ela tem remédio passado por um barbeiro. Posso ir buscar para…
Por que ele está agindo atencioso assim? É por que foi meu primeiro? Isso mexeu tanto assim com a mente dele?
Por que ele mudou do nada? Eu não entendo porque ele age assim quando é mais que evidente que só se casou comigo para eu morrer e ele poder ficar com a mulher do falecido irmão.
— Nada. Só… Vai passar. — O impedi de ir incomodar a mãe dele.
— Certo. Eu fui melhor agora? — Perguntou tímido. — Saciei você sem te machucar?
— Sim. Foi muito melhor agora. — Garanti.
Thomas sorriu tão lindamente que foi como se na noite eterna da minha alma, por um minuto o sol aparecesse. Mas não faz diferença. O sol nunca foi para mim. E a noite é sempre cativante e misteriosa. O sol expõe tudo. A escuridão torna o feio bonito e o insuportável, suportável. Eu preciso da escuridão.
— Vamos nos lavar de novo e dormir.
— Podemos fazer isso juntos. A banheira só não vai ter água quente, mas…
— Tudo bem. — Acatei. — Vamos.
…
Dessa vez, no sonho, eu conseguia me mexer. Não é uma paralisia. E há um lindo cenário. Sinto que esse é um bom sonho.
Eu a vi sentada sobre uma pedra na beira do lago e caminhei até ela. As flores à nossa volta eram amarelas. A lua cheia era espelhada no lago de águas escuras e turvas, mas bonitas. Ela usa uma camisola branca suave. Suas formas evidentes.
Ela sorriu para mim. Linda. Seu rosto em formato de coração, seu cabelo longo até a cintura com fios ruivos. Seu corpo de passarinho fragil como o de Elizabeth. Sem pegar fogo dessa vez. Meu coração se encheu de um amor inexplicável que era carnal, era espiritual e fraterno.
Eu senti meu ar se desfazer. A atração por uma mulher, não me é algo novo. Mas nunca me aprofundei muito nesses pensamentos até vê-la. E ela brilha.
— Ele não te machucou. — Disse ela aliviada.
Meus olhos se encheram de lágrimas porque eu consigo sentir todo o sentimento por trás de simples palavras . As primeiras palavras dela para mim depois do aviso são como uma declaração de amor.
— Não, não machucou. Eu fiiz um acordo com ele. Ele não vai me matar. Fique tranquila.
— Que bom, Evangelina. — Respondeu fungando e limpando as lágrimas do rostinho infantil. — Eu não quero mais nada disso. Ele não entende. Posso trabalhar para ele no plano espiritual e ajudar as almas que temos que ajudar… Não quero mais ficar presa aos Bloodmoon.
— Ele te ama. —Contei ciumenta por ele e por ela ao mesmo tempo. Não entendi. — Ele quer destruir tudo por você. Eu gostaria de alguém assim.
Ela sorriu melancolicamente.
— Eu não o amo e nem o desejo mais como você o deseja. Ele é a encarnação da vingança, eu já encontrei a paz. Não estamos mais na mesma sintonia mortífera que você e ele estão. — Respondeu ela como se lesse meu intento. — Pode ficar com ele, eu não sinto o que você sente por ele ou correspondo a obsessão que ele sente por mim. Aquilo não é amor é obsessão.
— Nott… — Chamei o nome dela.
Ela ficou visivelmente agitada.
— Desculpa, eu… — Pedi. Senti um aperto no peito.
— Depois de ser chamada de bruxa por tanto tempo, ouvir meu nome dito por alguém que eu amo me acalenta e encanta, Evangelina.
— Nott, eu queria ter vivido… — Tentei dizer. Eu não consegui. — eu… Oh Nott… Eu acho que te amo… Sei que soa louco, mas...
Essa conexão que tenho com ela me destrói.
— Amo você também. Eu te avisei porque te amo. Sei o que sente, não precisa tentar explicar. Somos bruxas. Nossas almas se reconhecem. — Declarou ela me tranquilizando como um anjo. Tocou meu rosto e selou os lábios nos meus Tremi. Ela sabe? .— amo profundamente e sinto a ligação antiga que sente, nossas almas já se encontraram antes. Eu sei. Eu te amo por ser quem você é Evangelina. Eu sei que queria ter me conhecido e protegido, mas não precisa sofrer minha dor. Por favor, não sinta isso. Aceite a sua dor, aceite o seu sofrimento e esqueça os dos outros. Só pode ajudar alguém se estiver curada e tiver primeiro ajudado a si. Seu dom é lindo, mas te destruirá como me destruiu se não souber usar. Use seu poder em coisas que ainda podem ser salvas em si mesma. Mas se quiser me encontrar vez ou outra aqui não vou reclamar.
Não quero deixá-la nunca. Ela é como um pedaço meu. A parte inocente de mim que assassinei. Eu fiquei com o rosto próximo do dela e nossas testas coladas.
Acordei com o chamado dele.
— Teve um pesadelo? — Indagou. — Está chorando. — Pontuou Thomas.
— Na verdade, esse foi o melhor sonho que tive em tempos.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 41
Comments
Rosária 234 Fonseca
que sonho lindo acho q ela poderá ficar com os dois
2023-09-03
5